Na terra de arenito da Sem Limites, mesmo em tempo de escassez de área para grandes instalações é possível encontrar “coisa nova”. Na semana passada, o CONTRAPONTO revelou aqui a comercialização de uma gleba no alto da Avenida Nações Unidas Norte, na rotatória de entrada para o Distrito Industrial 3 (veja vídeo a seguir). Por lá, grandes investidores fecharam negócio com corretor local para programar a instalação de uma espécie de home center, reunindo mais de uma marca.
A área tem pelo menos uns 50 mil metros quadrados de tamanho (veja vídeo). Pesquisamos que os interessados são ligados a grandes marcas. Os nomes à frente seriam a Sodimac e o Assaí. Estas redes apostam em atacarejos, ou home center, nas áreas de consumo sobretudo de alimentação, para o último, e grandes lojas de revestimentos, construção civil, para a primeira.
Para negócios de porte, um dos caminhos utilizados pelo segmento é, então, constituir Sociedade de Propósito Específico (SPE) para encaminhar aquisição do espaço e a formulação do investimento, em si. SPE é uma espécie de figura jurídica com tempo e obrigações determinadas. Uma empresa.
Achar a SPE significa dar um passo concreto na informação de que o negócio é quente. Pois bem. A SPE Bauru New Business Administração de Bens Próprios está constituída. Em 26 de setembro de 2022, CNPJ 48.083.608.0001/53, com sede em um prédio na Vila Guarani, em São Paulo (bem perto do Aeroporto de Congonhas). O nome inscrito é o de Solange de Souza Matos Muniz.
Ressaltamos que a constituição de SPE e os passos são os caminhos regulares, naturais, para avançar neste tipo de negócio. Assim que tivermos mais detalhes, atualizados. Sorte ao projeto!
OUTRAS ÁREAS
Em jornalismo, andar, falar e vasculhar costuma “render” algo. E foi assim.,,
Naquela região tem outros “achados”. Pra ser sincero, estávamos em uma produção de matéria sobre falta de infraestrutura básica no Assentamento Precário Piquete, ao lado do MCMV Chácara das Flores. De lá, foi possível avistar um guincho enorme trabalhando em uma área no D3, desmontando algo, bem alto. Procura aqui, pergunta acolá, e lá vem mais notícia. E boa!
Sabe aquela área que foi cedida pela Prefeitura para a Embratel , há muito tempo, e que serviu (ou serviria) a instalação de torres de transmissão, etc.? Um terreno plano, murado, com uma torre de cerâmica (ou cimento), está lá há anos, agora inteiro sem uso. (neste momento está assim). Com a tal torre é claro que o entorno, por lei, fica mesmo ocioso, como proteção.
A curiosidade natural é saber agora, em pleno Distrito Industrial, se a Embratel (ou empresa ligada ao setor) está retirando a tal torre para outro projeto ou assim ficará. O fato é que a subutilização de um espaço daquele tamanho merece discussão.
A informação colhida, entre vizinhos, é de que a torre teria sido comercializada. Pois bem. O fato é que a curiosidade levou à necessidade de indagar qual a função social da gleba de 9 mil m2? Ou qual a ocupação efetiva de área tão significativa?
Diante da informação, a Sedecon retornou que as operações de retirada de instalação da torre no local estão no radar. Uma vistoria técnica vai levantar esta demanda. Abaixo, imagens da área. Mas tem mais coisa, ao lado, colado nela. E boa também! Vamos seguir…?
Ao apurar o que será desta área, com a torre em cimento (ou cerâmica), conversando com a secretária da Sedecon, Gislaine Magrini, levantamos que está sendo liberada uma área de 9 mil metros quadrados do lado desta. Também plana. E ali tem infraestrutura básica. Mas e por que esta área “nova” foi desvendada somente agora?
A ausência de informatização de processos, cadastros, arquivos, explica, em parte o ocorrido. Com processos manuais, os gestores municipais dependem dos calhamaços de papeis, documentos, para averiguar algo como este.
Neste caso, da gleba a ser liberada de mais 9 mil m2, o espaço era tido, no balcão da Seplan e Sedecon, por anos, como sendo reservada para o DAE instalar poço por lá. Ocorre que, recentemente, a autarquia decidiu instalar o poço profundo em uma faixa de terra de 600 m2 no Distrito 3, ao lado da fábrica de placas da Emdurb. Esta outra área estava cedida ao então Jornal Bom Dia. Que fechou há alguns anos.
Como o DAE efetivou o projeto do poço por lá, em área bem menor, esta de 9 mil m2 está liberada. E já vai para a lista, onde poucas têm as mesmas condições, geografia e tamanho.
E assim vai. Vamos continuar “fuçando por ai”…. Vai que a gente encontra algum barracão cedido pra um, mas que na prática está alugado pra outro… (?)
Descobrir ou “desvendar” negócios, áreas, é notícia boa, oras!
uma pena que dentro da Prefeitura Municipal de Bauru e entre a vereança nunca foi colocado o desenvolvimento como prioridade. Instalação de empresas é geração de empregos (e dignidade), é aumento da renda da população, aumento na arrecadação dos impostos. Espero que o atual e os próximos governos passem a ver essa questão como PRIORIDADE !
Questões como aeroporto Moussa Tobias, área da antiga Agroquisa (FUNCRAF), melhora da infraestrutura nos atuais distritos, área do “mega distrito” próximo as penitenciarias (em processo de doação pelo estado) voltado a grandes empresas, a volta dos projetos dos mini-distritos para que pequenas empresas (não poluidoras) dentro da área urbana, lei de incentivo a atração de novas empresas, lei especifica para atração de operadores logísticos (São José dos Campos e Guarulhos são exemplos), lei especifica de incentivos para quem quer criar distritos empresariais particulares (como o LEB e o Bauru Business Park), entre outras.