Bauru tem de quadruplicar programa de Saúde da Família

O Município de Bauru tem uma das menores redes do programa Saúde da Família. Durante audiência pública realizada nesta quarta-feira (14/05) na Câmara Municipal foi discutido a necessidade de plano para ampliar, de forma urgente, as equipes: são menos de 20 em 9 postos na cidade, para um protocolo do Ministério da Saúde que exigiria 88 para cobertura da população, sendo até 4.500 pessoas por unidade.

A audiência comandada pela vereadora Estela Almagro (PT) discutiu o papel e execução do Programa Estratégia Saúde da Família (ESF) diante das demandas dos pacientes e os desafios da gestão funcional, administrativa e gerencial das organizações sociais na condução dos serviços de saúde no município de Bauru. Também estiveram presentes os parlamentares: Sandro Bussola (MDB), André Maldonado (PP), Márcio Teixeira (PL), Junior Lokadora (Podemos), Natalino da Pousada (PDT) e Junior Rodrigues (PSD).

Foram convocados para o encontro e compareceram: o secretário municipal de Saúde, Márcio Cidade Gomes, e o secretário de Finanças, Everson Demarchi, assim como representantes da Sorri Bauru, que mantém parceria com a Secretaria Municipal de Saúde na contratação de profissionais para atuarem nas Unidades de Saúde da Família (USF).

A vereadora Estela Almagro apontou que o município precisa urgente avançar na implantação do programa, criado pelo Ministério da Saúde na década de 90 para estruturar a atenção primária no Brasil, buscando ampliar a resolutividade dos serviços públicos de saúde. Um dos gargalos da saúde municipal é a resolução. A parlamentar também demonstrou preocupação com a extinção de uma Coordenadoria específica para a ESF no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde. A medida que integra a reforma administrativa da Prefeitura de Bauru autorizada pelo PL nº 16/2025 (processo nº 39/2025), aprovado pelo plenário da Casa de Leis no último dia 28 de abril.

O secretário municipal de Saúde, Márcio Cidade Gomes, expôs aos vereadores que não considera o modelo adotado a melhor solução para as necessidades de Bauru e afirmou que novas adequações vão vir: “No máximo em uma semana isso estará definido”, disse. Ele se refere a ações que ele pretende implementar no cargo – que assumiu há poucos meses. Márcio é o quarto secretário na atual gestão.

O município conta com apenas nove USFs. Cada posto pode ter mais de uma equipe. Mas a cidade não atingiu nem 1/4 do necessário.

As Unidades estão no Jardim Godoy, Santa Edwiges, Vila São Paulo, Vila Dutra, Núcleo 9 de Julho/Fortunato Rocha Lima, Pousada da Esperança, Nova Bauru, Vargem Limpa e Distrito de Tibiriçá.

Márcio Cidade citou que Bauru solicitou recursos federais através do Novo PAC Saúde para construir uma nova unidade no Parque Roosevelt e para ampliar o prédio da USF do 9 de Julho/ Fortunato Rocha Lima. Não há previsão, nem verba, para acelerar a criação de unidades e reduzir a defasagem.

O diretor da Sorri Bauru, Luis Fernando Maximino Bento, apontou mais de um formato para USFs. Elas podem ter equipes compostas, no mínimo, por médico, enfermeiro, auxiliar/técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde ao custo de R$ 61 mil por mês. Também existem as equipes multidisciplinares (formadas por profissionais como dentistas e nutricionistas ), que representam um acréscimo de R$ 61.919,00 no custeio da unidade/mês.

Líder da prefeita Suéllen Rosim (PSD) na Câmara, Sandro Bussola (MDB) também perguntou ao secretário qual seria o número ideal de USFs para a cidade de Bauru. Márcio Cidade citou que a cidade não cumpre o que é preconizado pelo Ministério da Saúde, mas não soube mencionar o quadro.

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