Caso Apae: ao delegado, oito acusados negam acusações e atribuem ações a Roberto e Cláudia

Delegado Gláucio Stocco, do Seccold Bauru

Os oito investigados de participação nos desvios na Apae Bauru, presos preventivamente, atribuem ao ex-presidente Roberto Franceschetti Filho e à ex-secretária executiva, Cláudia Lobo, o comando e controle de ações que possam apontar para responsabilidades nos crimes depurados pela Polícia Civil.

A informação é do delegado Gláucio Stocco, que preside o inquérito relativo a desfalques na Apae pelo Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold). “Os depoimentos caminham na mesma estratégia de concentrar responsabilidades e controle da gestão por Roberto (Franceschetti Filho) e Cláudia (Lobo). Depois de ouvir todos, vamos prosseguir no detalhamento de outras informações levantadas pelo serviço de inteligência e avançar na análise de individualização das participações”, conta.

O delegado lembra que, de outro lado, o inquérito também busca levantar bens que possam garantir ressarcimento futuro de desvios na entidade. “Das ordens judiciais apreendemos 9 veículos e estamos aguardando relatórios de autorizações de bloqueios de contas bancárias”, amplia.

Roberto Franceschetti ainda tem de ser ouvido neste inquérito. Ele permanece preso. “Nos crimes de colarinho branco temos visto  comportamento de tentativa de distanciamento do crime. Chama a atenção que muitas pessoas alegam que eram voluntárias. Como se fosse uma cegueira até emocional. Não acham que participar ou dar aval a gestão pode implicar em crimes. Como se atuar em entidades que prestam serviços com dinheiro público não gerasse responsabilidade. Este caso pode ajudar a mudar o padrão e forma de gestão de entidades, com efetiva profissionalização e controle. Deixar tudo na mão de um ou outro é um risco que a sociedade não deve mais correr”, comenta.

O Seccold investiga nesta etapa Diamantino Passos Campagnucci Júnior e Ellen Siuza Rocha Lobo, cunhado e irmã de Claudia; a filha da ex-secretária, Letícia da Rocha Lobo Prado; Renato Tadeu de Campos, policial militar aposentado; Maria Lúcia Miranda, coordenadora financeira da Apae; Pérsio de Jesus Prado Júnior, ex-marido de Cláudia – pai de Letícia; Renato Golino, ex-coordenador financeiro e Felipe Figueiredo Simões, empresário.

Como detalhado pelo CONTRAPONTO, movimentações financeiras que somam perto de R$ 8 milhões estão sendo vasculhadas, com localização de apadrinhamento, rachadinha, caixa 2, organização criminosa e outros crimes investigados, nos últimos 5 anos.

Além de ter sido saqueada por esquema comandado por Roberto e Cláudia, conforme a Polícia, os desvios na Apae Bauru contêm cobrança paralela de teste do pezinho por máquina de débito controlada apenas por Roberto, pagamentos ilegais a parentes, bonificações e até valor por produtividade por nota fiscal emitida, assim como fraudes em notas fiscais, segundo a Polícia.

CORPO

Incomoda autoridades e a sociedade a demora no laudo pericial, na Capital, sobre os restos mortais que seriam de Cláudia Lobo, cuja ocultação foi confessada em participação pelo ex-funcionário Dilomar Batista (também preso).

 

TODOS OS DETALHES do inquérito em matéria completa aqui:

Escândalo na Apae compõe assassinato, organização criminosa para desvios do caixa de doações de ao menos R$ 6,5 milhões e crime de peculato

 

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