Dezembro choveu em Bauru apenas 23,42% da média para o último mês do ano (até esta sexta-feira, 29/12/2023), segundo o Departamento de Água e Esgoto (DAE). Foram apenas 82 mm até aqui, contra média de 350 mm para dezembros. Com isso, a produção é reduzida no sistema Batalha, adaptada para o nível de 2,17m de profundidade da Lagoa.
Apesar disso, o presidente do DAE, Leandro Dias Joaquim, conta que manobras operacionais têm suprido a carência em razão do baixo nível da Lagoa do Rio Batalha, na captação, como a que permite o uso de produção de água do poço Chácaras Cardoso com interligação com o reservatório da Praça Portugal.
Porém, com o calorzão e pouca “água caindo do céu”, o consumidor que depende do sistema Batalha, como o Centro e toda a zona Sul, deve economizar o precioso líquido. Apesar disso, mangueiras continuam sendo utilizadas, indiscriminadamente, por usuários como se fossem “vassouras” para jogar a poeira para a rua…
O sistema Batalha responde pelo abastecimento de cerca de 28% da cidade atualmente, segundo o DAE.
INVESTIMENTOS
O DAE abriu licitação para interligação por método não destrutivo (MND – a máquina é um “tatuzinho” que faz perfuração sem destruir benfeitorias na superfície) -, Serão duas grandes obras em 2024 neste segmento, uma na rodovia Bauru-Ipaussu e outra na rodovia Bauru-Marília, conta o presidente do DAE, Leandro Dias Joaquim.
Essas obras integram o cronograma do Plao Diretor de Águas (PDA), fundamental para o ajuste do sistema de abastecimento pelos próximos anos e cujo estudo foi contratado ainda em 2013. Revisado pelo atual governo, o PDA virou lei e assinatura de termo com a Promotoria Pública. Ou seja, é obrigação realiza-lo, com prazos e metas definidos.
As interligações vão permitir, por exemplo, que o poço Alphaville, que abastece condomínio na zona sul com o mesmo nome, possa utilizar os 80% de sua ociosidade para levar água extra à região dos Condomínios Villagio. Por lá tem novos empreendimentos em curso, como o Fazenda da Mata. E mais moradores significa necessidade de mais água…
Do outro lado da cidade, a presidência do DAE cita que 2024 tem no plano de investimentos os poços Mary Dota II e Zona Norte II.
No setor de aumento de faturamento (em razão de troca de medidores velhos), o DAE obteve 36% a mais, em média, de aumento de receita por crescimento de micromedição) na Bela Vista e experimenta índices ainda maiores no Mary Dota, onde novos hidrômetros estão sendo instalados.
O DAE fecha 2023 com pouco mais de R$ 200 milhões em arrecadação.
Uma certa vez eu ouvi uma reportagem falando sobre trazer água do rio Tietê isso seria possível ou não, será que acabaria de uma vez por todas esse problema de abastecimento de água para a nossa sem limites?
Gostaria de sugerir de dar um trato nos afluentes do rio Batalha e do rio Bauru. Percebo que falta placas de identificacão ( na rua que passa sobre o Córrego da Forquilha tem a placa indicando capivara, mas não tem a placa de identificação do córrego ).
Penso que a soma de todos esses afluentes podem colaborar no aumento da produção de água, desde que estejam bem tratados.
Outra sugestão: incluir no plano diretor de criar regras nos cuidados desses afluentes, principalmente não permitir que futuras administração pública canalize os córregos.
Obrigado pela oportunidade.