
Doar concreto usinado para o Município de Bauru implantar calçadas, uma deficiência urbana de escala. Esta é proposta ofertada por concreteiras, há meses, e que aguarda posição da administração, discutida em reunião da Comissão de Obras, hoje, presidida pelo vereador Manoel Losila.
Paula Zanzeri, representante da Concreteira Ribeiro Alpha, do Distrito Industrial II, defendeu que o objetivo é dar uma destinação às sobras de concreto usinado que ficam nos caminhões betoneiras e, ao mesmo, auxiliar o município, eliminando custos que atravancam a melhoria da infraestrutura urbana por falta de disponibilidade orçamentária.
Nesse sentido, a ideia é que o Distrito Industrial II, que convive com a falta de calçadas, seja o primeiro local a ser atendido. De acordo com Zanzeri, existem cinco concreteiras no Distrito que poderiam ser convidadas formalmente a aderir à ação. Duas, inclusive, já manifestaram interesse. Mas a cidade tem 10 empresas no setor.
Caberia à Prefeitura apenas viabilizar a preparação da base para o despejo do concreto, fornecer mão de obra para esparramar o material de imediato (dentro de um cronograma a ser estabelecido) e construir as guias (e sarjetas).
Durante a reunião, o presidente da Comissão de Obras da Casa de Leis avaliou que a proposta é extremamente favorável para a Administração Municipal. Ele estipulou que, caso as 10 concreteiras da cidade sejam mobilizadas, seriam executados diariamente até 100 metros quadrados de calçamento com espessura de 3 cm. Ou seja, o setor privado estaria ajudando o Poder Público a economizar algo em torno de R$ 600 mil por ano (de material), se considerado o preço praticado no mercado.
Na sequência, o secretário municipal de Negócios Jurídicos, Vitor João de Freitas, disse que não há impedimentos legais para a doação do material. Já o secretário municipal de Serviços Urbanos, Jorge Luís de Souza, expôs que é possível deslocar um pedreiro e dois reeducandos para os pontos de despejo onde serão feitas as calçadas. E a secretária municipal de Infraestrutura, Pérola Zanotto, afirmou que sua equipe pode contribuir com a terraplanagem das áreas e a construção das guias e sarjetas. “É só uma questão de planejamento”, destacou Zanotto.
Presente na reunião, a vereadora Estela Almagro (PT) assinalou que seria importante formalizar e regulamentar a parceria através de um programa, cuja elaboração caberia ao Poder Executivo. Mané Losila pediu ao chefe de Gabinete da prefeita, Leonardo Marcari, que passe a liderar a articulação entre as secretarias e o setor empresarial para alinhavar os detalhes imprescindíveis para a execução do projeto.