Defesa rejeita confissão de Franceschetti e diz que ele ajudou Cláudia da APAE a entregar envelope com dinheiro no Mary Dota

Advogados Lucas Martins, Leandro Pistelli e Vanessa Mangile     (imagem cedida 94 FM/crédito: Vitória Navarro)

A defesa de Roberto Franceschetti Filho se posiciona que o presidente afastado da APAE Bauru não fez confissão informal à Polícia Civil, reforça que ele se apresenta como inocente no caso Cláudia Lobo e considera, até esta fase, o desaparecimento da vítima – apontada em avaliação de ontem da DEIC como assassinada pelo próprio Franceschetti. Já a presidência da APAE voltou a ser acionada hoje para falar das interrogações em relação à gestão, pagamentos e contratação de parentes, mas não se pronunciou.

Pelos advogados de defesa (foto acima), Leandro Pistelli faz apontamentos sobre as declarações das autoridades policiais em coletiva de imprensa ontem. “O Roberto (Franceschetti) não fez confissão, nem informal e o que temos é que foram encontrados fragmentos de ossos humanos mas não sabemos se é da Cláudia Lobo. Estamos aguardando o laudo. E se forem materiais biológicos da Cláudia ai passaria a ser homicídio, mas o Franceschetti continua afirmando que não foi ele o autor do suposto disparo”, aborda.

Sobre o fato da sequência técnica da investigação da DEIC apresentar, entre os elementos probatórios materiais, vídeos tanto da saída de Cláudia Lobo da APAE (na tarde do dia 6 de agosto quando ela sumiu) quanto no encontro com o próprio Franceschetti, no Jd. Pagani (quando câmera da rua identifica ela e Roberto trocando de lugar na van Spin da APAE), além da confissão do funcionário do almoxarifado da Apae (Dilomar Batista), o advogado responde:

“Não tivemos ainda acesso ao depoimento do Dilomar. E soubemos que ele prestou depoimento duas vezes. Sobre os vídeos, não vejo ali ter elementos para afirmar que o disparo foi efetuado naquele local. O Roberto (Franceschetti) já informou em depoimento que levou Cláudia várias vezes para ela entregar dinheiro (em envelope) no Mary Dota. Ela sempre combinava trocar de posição no carro, para ela ir no banco de trás como se fosse um Uber”, alega.

Pistelli menciona que Roberto informa ter realizado a mesma rotina por umas quatro vezes. “Ela (Cláudia) sempre deixava a bolsa e telefone celular na APAE para não ser localizado onde ela ia. Teve rastreador no carro dela. E o Roberto descreve que ia com ela para ela entregar esse dinheiro. O que tinha no envelope que ela levou era dinheiro”, posiciona.

A defesa vai pedir a soltura de Roberto Franceschetti (relaxamento da prisão temporária). A Polícia tem outro inquérito (de possível desvios ou fraudes na APAE) na fase inicial. Como divulgado pela DEIC, além da confissão de Dilomar Batista  (que deixou serviço de frentista de Posto de Combustível para cuidar do Almoxarifado da APAE, contratado por Roberto em abril passado), laudo pericial aponta que a cápsula localizada no Interior do veículo é da arma apreendida de Franceschetti. A defesa trata o caso como desaparecimento de Cláudia até este momento.

Sobre os adiantamentos, a defesa menciona que as retiradas “foram autorizadas pelo presidente da APAE e efetivadas como adiantamento de direitos como férias, salário”. O advogado cita, ainda, que Franceschetti foi com a Polícia até o Mary Dota mostrar onde levava Cláudia para a entrega do dinheiro no envelope (uma praça).

 

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