Emdurb: cortes de 25% em cargos podem reduzir custo em R$ 1,8 milhão/ano. Quando Suéllen vai “arrumar a casa?”

Estrutura da Emdurb está inflada com cargos de gerência, chefias e encarregados; corte em 25% estabelecido em plano não foi feito até agora

A prefeita Suéllen Rosim iniciou seu governo com a Emdurb em escalada de resultados negativos. Porém, eles pioraram – e muito – desde janeiro de 2021.

O que não faz sentido – e é irresponsável do ponto de vista de gestão – é que a jovem prefeita realizou o diagnóstico, mas ainda não aplicou as duras (e inevitáveis) medidas para sanear a empresa!

O CONTRAPONTO revelou, há poucos dias, que o déficit de milhões está sendo aumentado à custa do calote nos pagamentos patronais (INSS sobretudo), do sucateamento operacional e da inadimplência com fornecedores também na escala de milhões. (Veja no link ao final)

CORTES DE 25%

Mas o plano de cortes apresentado pela empresa, informado à Comissão de Meio Ambiente também há meses, não saiu.

No plano, na gestão ainda do ex-secretário de Finanças, Éverson Demarchi, a projeção foi de reduzir custos em um total de R$ 1,8 milhão ano.

Isso implica em cortar chefias, gerentes, 1 diretoria (Modais) e encarregados. Não há caixa para pagar essas estruturas. O plano estabelece eliminar 1 diretor, 2 assessores, 4 gerentes, 8 chefes e 14 encvarregados.

A Emdurb também não realizou plano de demissão voluntária, conforme planejado. A previsão seria reduzir o quadro em 10%. O Executivo indica, apenas, a compra de 10 caminhões para gerar novo suspiro à coleta de lixo. A medida, evidentemente, tem muito pouco efeito sobre a amplitude da grave situação financeira e operacional da empresa.

Mas o relatório das contas identifica que esta ação ao menos reduziria o resultado negativo anual – a curto prazo – para no máximo R$ 27 milhões. Valor negativo!

Além dos cortes em estrutura, a Emdurb e a prefeita sabem que os sintomas de insolvência permanecem. Ah! O custo operacional por tonelada de coleta de lixo é R$ 290,00! Mudar para R$ 265,00 para novo contrato não resolve.

Assim, a decisão de adiar cortes mostra que:

– Suéllen tem dificuldade em aplicar medidas saneadoras de gestão

– ignora relatórios do Tribunal de Contas e suas implicações

– ou atua para aprofundar a já real situação de falência para tentar justificar eventual concessão de serviços?

Suéllen recebeu a Emdurb de Gazzetta com prejuízo elevado, mas ampliou rombo em milhões
GESTÃO

Em seu último relatório, o TCE reafirmou:

prejuízos em escalada

– ausência de regras de governança e controles de custos

– não pagamento seguido do INSS (desviando valores para  outras despesas, sem cobrir déficits)

– não pagamento de fornecedores (que já passa de R$ 7 milhões no final de 2022, sendo R$ 4 milhões a mais de 90 dias em atraso)

– criação de encarregados sem previsão legal (somente esta função de confiança soma 56 cargos!

– mantém 118 pessoas em cargos de conselho, confiança e função gratificada.

Para 4 diretorias existem 15 gerentes, 29 chefes e 56 encarregados.

Os resultados patrimoniais são péssimos há anos. Mas frisamos, pioraram!

Em 2002, o resultado patrimonial acumulado foi de – R$ 14,7 milhoes. Em 2012, – R$ 16 milhões. Em 2020, último ano de Gazzetta, relatório aponta – R$ 17 milhões.

Veja no link abaixo que o quadro hoje é pior.

NAS CONTAS

Vamos relembrar?  Neste link os resultados atualizados até outubro de 2022:

Calote: Emdurb tem déficit de mais de R$ 13 milhões até outubro e não paga mais de R$ 20 milhões ao INSS

 

 

 

 

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