A prefeita Suéllen Rosim iniciou seu governo com a Emdurb em escalada de resultados negativos. Porém, eles pioraram – e muito – desde janeiro de 2021.
O que não faz sentido – e é irresponsável do ponto de vista de gestão – é que a jovem prefeita realizou o diagnóstico, mas ainda não aplicou as duras (e inevitáveis) medidas para sanear a empresa!
O CONTRAPONTO revelou, há poucos dias, que o déficit de milhões está sendo aumentado à custa do calote nos pagamentos patronais (INSS sobretudo), do sucateamento operacional e da inadimplência com fornecedores também na escala de milhões. (Veja no link ao final)
CORTES DE 25%
Mas o plano de cortes apresentado pela empresa, informado à Comissão de Meio Ambiente também há meses, não saiu.
No plano, na gestão ainda do ex-secretário de Finanças, Éverson Demarchi, a projeção foi de reduzir custos em um total de R$ 1,8 milhão ano.
Isso implica em cortar chefias, gerentes, 1 diretoria (Modais) e encarregados. Não há caixa para pagar essas estruturas. O plano estabelece eliminar 1 diretor, 2 assessores, 4 gerentes, 8 chefes e 14 encvarregados.
A Emdurb também não realizou plano de demissão voluntária, conforme planejado. A previsão seria reduzir o quadro em 10%. O Executivo indica, apenas, a compra de 10 caminhões para gerar novo suspiro à coleta de lixo. A medida, evidentemente, tem muito pouco efeito sobre a amplitude da grave situação financeira e operacional da empresa.
Mas o relatório das contas identifica que esta ação ao menos reduziria o resultado negativo anual – a curto prazo – para no máximo R$ 27 milhões. Valor negativo!
Além dos cortes em estrutura, a Emdurb e a prefeita sabem que os sintomas de insolvência permanecem. Ah! O custo operacional por tonelada de coleta de lixo é R$ 290,00! Mudar para R$ 265,00 para novo contrato não resolve.
Assim, a decisão de adiar cortes mostra que:
– Suéllen tem dificuldade em aplicar medidas saneadoras de gestão
– ignora relatórios do Tribunal de Contas e suas implicações
– ou atua para aprofundar a já real situação de falência para tentar justificar eventual concessão de serviços?
GESTÃO
Em seu último relatório, o TCE reafirmou:
– prejuízos em escalada
– ausência de regras de governança e controles de custos
– não pagamento seguido do INSS (desviando valores para outras despesas, sem cobrir déficits)
– não pagamento de fornecedores (que já passa de R$ 7 milhões no final de 2022, sendo R$ 4 milhões a mais de 90 dias em atraso)
– criação de encarregados sem previsão legal (somente esta função de confiança soma 56 cargos!
– mantém 118 pessoas em cargos de conselho, confiança e função gratificada.
Para 4 diretorias existem 15 gerentes, 29 chefes e 56 encarregados.
Os resultados patrimoniais são péssimos há anos. Mas frisamos, pioraram!
Em 2002, o resultado patrimonial acumulado foi de – R$ 14,7 milhoes. Em 2012, – R$ 16 milhões. Em 2020, último ano de Gazzetta, relatório aponta – R$ 17 milhões.
Veja no link abaixo que o quadro hoje é pior.
NAS CONTAS
Vamos relembrar? Neste link os resultados atualizados até outubro de 2022: