Emdurb quer ir para prédio da Semma, alugar Terminal e prepara cortes de despesas para estancar déficit mensal de R$ 600 mil

Levi Momesso (diretor), Donizete dos Santos, presidente da Emdurb, e os contadores João Tascin e Sidnei Souza (divulgação)

A direção da Emdurb discute com a prefeita Suéllen Rosim mudar a sede administrativa para o prédio da ferrovia, onde está a Semma, alugar o Terminal Rodoviário e cortar despesas com pessoal para tentar estancar o déficit mensal de R$ 600 mil.

O conjunto de medidas foi anunciado pelo comando da empresa municipal durante audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira, no Legislativo.

A situação financeira da Emdurb é tema entre vários parlamentares. A reunião de hoje foi requerida por Lokadora e presidida por Eduardo Borgo. Ele discutiu as medidas de gestão e a crise da empresa. Em outra frente, Coronel Meira requereu o balanço dos últimos 10 anos.

Na audiência, o presidente Donizete dos Santos anunciou as medidas. “A mudança da sede administrativa para o prédio da ferrovia onde está a Semma abre espaço para que receita de mais R$ 80 mil no Terminal. Estamos com ajuste no processo para aluguel da primeira àrea no térreo, onde funciona o protocolo. Tem mais um setor para locação. O estudo inclui o piso superior”, disse Santos.

Se a mudança for concretizada, o Terminal Rodoviário passaria a ser utilizado como concebido pelo arquiteto Jurandyr Bueno Filho. O piso superior foi projetado para ocupação por lojas.

Aqui entra a segunda parte das medidas. A Semma está indo para prédio alugado. “No prédio ferroviário há serviço de vigilância, pelos barracões da Transfesa, outro custo que deixamos de ter. Empresas rodoviárias têm interesse em ter sala de espera no Terminal. Os espaços superiores foram concebidos para restaurante, lojas ou shopping popular, como no projeto original”, amplia.

Berriel e Borgo na audiência sobre crise da Emdurb, com diretoria da empresa (divulgação)

CORTE DE DESPESAS

A presidência disse, de outro lado, que para estancar o déficit mensal são necessárias outras medidas.

“Estamos conversando com os funcionários (685). Discutimos que a reposição de quadros tem de ser aos poucos. Lançamos o Plano de Demissão Voluntária (12 aderiram até aqui). Vamos agora discutir ajustes no Plano de Cargos (PCCS). Garantir direitos para os atuais e ajustar. A promoção é 15% e o adequado é 6% daqui adiante. Hoje o funcionário tem promoção mesmo que tenha afastamento. Tem de corrigir isso”, citou Donizete.

PLANO DE SAÚDE

O custo do plano de saúde particular tem grande defasagem. São 1.216 beneficiados, mas apenas 500 pagam (funcionários titulares). Os demais 716 são dependentes, parentes dos funcionários.

Assim, o plano particular custa R$ 250 mil mensais para a empresa. Os funcionários pagam R$ 80 mil. Os R$ 170 mil restantes são bancados pela empresa. “O pagamento para dependentes não pode permanecer com a Emdurb para as novas contratações. Temos de resolver isso daqui pr frente”, enfatizou Santos.

Mesmo com a majoração de contratos e aporte de R$ 20 milhões para pagar dívidas, aprovado neste ano, a Emdurb tem receita média mensal de R$ 6,5 milhões e despesa de R$ 7,1 milhões.

O acúmulo de dívidas com encargos, como o INSS, representam R$ 768 mil por mês de parcelamentos. Isso sem contar o recolhimento mensal com INSS e FGTS que soma R$ 1,1 milhão/mês.

Ou seja, o custo Emdurb carrega carrega uma despesa mensal de parcelamentos de estoque de dívidas com encargos sociais que representam mais de 10% da despesa mensal.

O equilíbrio nas contas só virá se a diferença for estancada: corte de despesas.

 

 

 

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