
O ex-presidente da Cohab-Bauru, Gasparini Jr, sua então esposa Isabel Cristina, o ex-diretor da empresa, contador Paulo Gobbi e o ex-funcionário da família Gasparini em propriedades rurais, Cleberson Rocha, foram condenados pelo crime de lavagem de dinheiro na ação penal que derivou da Operação João de Barro. A sentença da 2. Vara Criminal de Bauru desencadeada sobre ação do GAECO iniciada em dezembro de 2019 apontou desvios de R$ 54,8 milhões na boca do caixa da Cohab.
A condenação de quatro por esquema de lavagem de dinheiro também traz a absolvição por organização criminosa denúncia também enfrentada pelo ex-presidente da Cohab, Edison Bastos Gasparini Junior e Izabel Cristina Gonçalves Dias Gasparini.
O juiz definiu pena de sete anos de reclusão, multa e prestação de serviços à comunidade para Gasparini Junior e Izabel no regime semiaberto. O ex-diretor da Cohab, Paulo Gobbi, foi condenado a 5 anos e 10 meses de reclusão, também em regime semiaberto, além de multa. O ex-funcionário da fazenda de Gasparini, Cleberson Rocha Joaquim, recebeu 7 meses de detenção, em regime aberto e multa. A pena foi substituída por prestação de serviços à comunidade.
OUTROS FATOS
Gasparini Jr. e Izabel foram absolvidos de outras três citações de lavagem de dinheiro, por falta de provas. A filha do casal, Mariana Gonçalves Dias Gasparini, e a então sogra de Gasparini, Maria Luzia Giacometo Dias, foram absolvidas da acusação de lavagem de dinheiro.
A decisão conclui, ainda, pela improcedência da denúncia de ocorrência de organização criminosa contra Gasparini, Izabel, Mariana, Paulo Sérgio e Maria Luzia.
O caso conhecido como Operação João de Barros teve condenação em outra ação com comprovação dos desvios no caixa da Cohab. A ação de lavagem trata do uso irregular do dinheiro em compra de propriedades e outros bens, conforme o MP.
Segundo as investigações, a família Gasparini adquiriu propriedades valiosas a partir de 2007. Os desvios foram até 2019.
Somente em propriedades rurais em nome da esposa, sogra e filha, por exemplo, o MP aponta 9 bens – avaliados em R$ 4,6 milhões – sem correção. Carros e imóveis foram levantados.
Tanto o MP quanto os condenados podem recorrer.