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Uma comitiva do governo de Bauru está em Curitiba (PR) para avaliar se o sistema de Lagoas para reter àgua aplicado naquela cidade é viável para as condições da àrea de influência da Captação do Rio Batalha
A ideia é estudar se o caso de Bauru comporta instalar novo represamento acima da Captação atual e, nesta etapa, aumentar profundidade da atual Lagoa, onde já está no cronograma ampliar tamanho de contenção nas bordas.
O presidente do DAE, Renato Purini, conta que “Curitiba retém 55 bilhões de litros no sistema. Em Bauru, tudo o que chove perde fácil com a limitação de 3,20 metros na Lagoa. Vamos ampliar a àrea de retenção nas bordas. Mas viemos conhecer para avaliar se as condições na Captação atual comportam ter mais uma ou duas novas àreas de retenção, acima”, cita.
A prefeita Suéllen Rosim integra a comitiva. Também foram a Curitiba os secretários do Meio Ambiente, Nilson Ghirardello, a titular de Obras, Pérola Zanotto, o diretor Theo Zacharias e a presidente da Emdurb (foto).
Receberam o grupo de Bauru, Antônio Carlos Gerardi, diretor do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento de Curitiba (camisa azul clara) e Sérgio Rui Matheus Rizzardo, assessor técnico (camisa azul escura).
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Conforme Purini, a discussão implica em deixar de “perder reservação natural no período de chuvas e não correr risco de deixar o sistema fora de operação por elevada turbidez quando as máquinas retiram areia e sedimentos na Lagoa – hoje muito rasa em sua maior porção.”
O DAE recebeu semana passada o estudo das condições da Lagoa atual, a chamada batimetria. A questão a ser discutida é se é viável formar uma ou mais Lagoas adicionais, na região. “Se o sistema se aplicar, o que vamos avaliar é se isso permite operar com outra Lagoa e, ai sim, secar a atual para desassorear e cavar mais fundo. Hoje isso deixa a àgua muito suja e o sistema teria de parar. O estudo também envolve saber se esses custos são menores do que os 4 poços e adutora longa da região do Val de Palmas até Reservatório Alto Paraíso. Vamos definir isso”, amplia Purini.
De outro lado, o governo quer abrir outra frente de discussão com Estado (DAEE) e Piratininga. Lembramos Purini que o ex-prefeito Rodrigo Agostinho levantou em sua gestão (2010) que na região da ponte – na estrada velha Bauru-Piratininga – há grande àrea de brejo, com relevo favorável a represar. O local de divisa entre os municípios tem talude da ferrovia próximo e fica perto também da atual Captação.
O presidente do DAE citou “que esta é uma prioridade definida pela prefeita. Estamos trabalhando com Estado no projeto dos poços reserva e vamos avaliar ainda ações como no Córrego Ventura. Temos a princípio condições favoráveis de cota (altura da àgua de superfície na Lagoa em relação aos afluentes)”, conclui.
A discussão é inicial e envolve outros tantos fatores. Desapropriações de àreas a custo elevado e licenças ambientais estão na lista.
Descobriram a pólvora !
O PDA -Plano Diretor de Água de Bauru tem que ser REVISADO E SEGUIDO, SIMPLES ASSIM !
Água existe. É só produzir e preservar. Pra que ir em Curitiba, aqui tem gente capaz de fazer isso.
Paro por aqui. Nunca disse isso.
Não precisa ir tão longe, bastaria visitar nossa vizinha Botucatu que acabou de construir represa que garantirá o abastecimento da cidade pelos próximos 100 anos.