A temporada política com uma série de restrições legais para coibir o uso da máquina se inicia hoje para a prefeita e candidata a reeleição Suéllen Rosim. Embora as maiores proibições sejam a partir da campanha eleitoral, o calvário político está aberto. E logo no primeiro dia, com pedidos de Comissões de Inquérito (CEI) pela oposição na Câmara de Bauru: do caso hacker e da compra dos uniformes, como adiantou ontem o CONTRAPONTO.
Mas o governo mobilizou sua base e os dois casos foram para arquivo – sem abertura de CEI.
Base e governo resistiram. Na instalação da CEI da compra de uniformes, a oposição pediu 7 membros. O objetivo era equilibrar a composição do grupo de apuração. O Regimento define 5, o que permite ao governo ter 3 indicações (a ordem dos nomes é pelo total de votos das bancadas).
Assim, o Podemos é quem ficaria de fora, exatamente uma vaga que formaria 3 contra 2 durante o inquérito. PSD, MDB e Republicanos têm indicações governistas e União Brasil e Novo da oposição.
Diante do quadro, a oposição retirou o pedido de CEI. A rigor, a apuração segue na Comissão de Fiscalização, presidida por Estela Almagro.
BANCADAS
A saber, a soma de votos das bancadas usada para indicar membros em CEI tem hoje, com as trocas partidárias, a seguinte ordem:
União Brasil – 7.247 votos
Novo – 6.338
Republicanos – 5.067
MDB – 4.519
PSD – 3.871
Podemos – 2.573
Os membros, na mesma ordem:
Chiara e Segalla
Meira e Borgo
Beto e Edson
Losilla e Markinhos
Júnior, Sardin e Afonso
Bira e Lokadora.
… …
O governo nem tinha percebido que a filiação de Beto Móveis no Republicanos “salva a lavoura” e garante domínio sobre inquéritos no período de maior embate: eleitoral.
CEI HACKER
Na CEI do hacker novo impasse político. Oposição queria aprovar os mesmos 5 membros da Comissão do caso hacker. O governo não aceitou. Oposição manteve CEI, mas decidiu não indicar ninguém.
Governo nomeou Markinhos Souza (MDB) e Marcelo Afonso (PSD). Sessão foi suspensa para buscar saída.
Sem membros suficientes para funcionar, a CEI também foi arquivada.
No primeiro embate, com dois rounds (pedidos de CEI), Suéllen venceu.
Tem veto a reajuste e votação da concessão de esgoto pela frente… ainda sob discussão.
E a situacao salarial dos servidores, como fica?
A prefeita esta adorando a inanição do legislativo. Chegaremos a maio e os servidores sem reajuste.