Hacker obtém asilo na Sérvia e policial acusado por colega de pesquisa ilegal contra jornalista aceita depor à CEI e sem sigilo

Patrick Brito, o hacker

O hacker Patrick César Silva Brito obteve asilo na Sérvia. A Justiça daquele País considerou que o Brasil não lhe deu garantias de permanecer vivo após a sequência de confissões de espionagem de políticos e o jornalista editor do CONTRAPONTO.

Conforme Patrick, a defesa pontuou que “a Sérvia considerou que o Brasil não forneceu garantias a minha vida, que não foi respeitado o devido processo legal no meu caso, que sou ameaçado por autoridades e que as prisões no Brasil são desumanas”.

Com isso, ele está livre, terá de volta passaporte em Belgrado, onde está desde março de 2021, e o nome retirado da lista de buscas da Interpol – Polícia Internacional.

Patrick ficou durante um ano preso, depois de realizar serviços de espionagem ilegal – contratado segundo ele pelo cunhado da prefeita, Walmir Vitorelli Braga. As operações criminosas contra jornalista, 9 vereadores e dois outros políticos foram realizadas entre julho de 2021 e fevereiro de 2022.

Para tanto, afirmou que recebeu cerca de R$ 162 mil do cunhado da prefeita. Nesta etapa, Patrick disse que os pagamentos foram diluídos em aplicações de renda fixa.

Entre as contas, foi utilizada uma em nome de sua avó. Ontem, a CEI informou que obteve a liberação dos extratos bancários que apontam as datas e valores pagos. A soma das quantias, na verdade, superam a R$ 213 mil.

A CEI já solicitou ao Banco Central a origem (quem pagou). Revelamos os extratos, assim como os registros das pesquisas ilegais no Detecta.

Nesta terça-feira, a Comissão de Inquérito também efetivou a intimação do policial Edson Rodrigues – do DEIC de Araçatuba. Ele foi acusado pelo também policial Felipe Garcia Pimenta de ter feito pesquisa ilegal no sistema Detecta do jornalista Nelson Itaberá – nos dias 13,14 e 15 de julho de 2021. Laudo da própria Polícia mostra que a ação foi no computador de Pimenta, com senha de outro policial (Ericson). Ele acusa Edson.

Diferentemente de Pimenta – que exige sigilo e condições para depor -, Edson quer falar à CEI e em reunião aberta.

Para esclarecer este fato é necessário registro da localização deles nas datas do uso do Detecta (por torres de telefonia, por exemplo) para saber quem fala a verdade. É incontroversa aprova pericial: alguém esteve na sala do DEIC e usou o PC de Pimenta naquelas datas. Diz o laudo policial.

Hoje, o hacker disse que seu algoz, delegado Cotait, foi afastado pelo comando geral em SP.

LEIA MAIS:

CASO HACKER: policial acusa outro policial de pesquisa ilegal contra jornalista dentro do DEIC

 

 

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