Hoje, o debate por renda passiva está bastante intensificado. Afinal, quem não gostaria de receber um fluxo de dinheiro para cobrir suas despesas, aumentar os investimentos ou comprar aquele acessório que sempre esteve de olho.
Pensando nisso, uma das formas mais simples de obter este dinheiro extra é por meio da participação nos lucros das empresas. Os dividendos, como são chamados esses proventos, são uma forma prática e isenta de imposto para compor a sua renda, mas vale dizer que não existe apenas esse tipo de participação, é possível que algumas companhias também distribuam juros sobre o capital próprio.
Entendendo melhor os dividendos e juros sobre capital próprio
Os dividendos são o pagamento da parte do lucro, sempre proporcional ao número de ações que o acionista possui. Este pagamento é feito em dinheiro, sendo anunciado e aprovado previamente pelo Conselho de Administração. Já os juros sobre capital próprio (JCP) são um artifício fiscal utilizado pelas empresas com o objetivo de pagar menos impostos.
Como são parte do lucro, os impostos referentes aos dividendos são de responsabilidade da empresa, ao contrário do que acontece com os JCP, que entram como despesas na contabilidade e, portanto, o imposto de 15% é pago pelo investidor final e retido diretamente na fonte. É importante notar que alguns juros sobre capital são mais expressivos do que os dividendos, e algumas empresas optam pelas duas modalidades de distribuição. Assim, não há a um melhor método, mas é válido conhecer os dois.
Conhecendo o IDIV e suas características
Como é de se pensar, algumas empresas possuem um pagamento de dividendos mais recorrente e maior em relação à outras. Assim, continuando a nossa série de indicadores, mostraremos a vocês o IDIV, o Índice de Dividendos.
O IDIV possui como objetivo medir o desempenho médio dos ativos de uma carteira teórica que melhor distribuem seus proventos aos investidores e, assim como os demais indicadores já explicados na série, para compor o índice é preciso cumprir diversas exigências:
- É preciso estar entre os 99% dos ativos mais negociados no período das 3 carteiras anteriores;
- Ter, no mínimo, 95% de presença no mesmo período;
- Precisam estar entre os 33% dos ativos com os maiores dividend yields dos últimos 36 meses;
- E, finalmente, a soma dos dividend yields de cada 12 meses precisa ser maior que zero nos últimos 3 anos.
As maiores posições
Na data da publicação deste post, as cinco maiores posições do índice são:
- VIVT3, com 5,84%
- CSNA3, com 5,19%
- BBSE3, com 4,66%
- TAEE11, com 4,59%
- ITUB3, com 4,30%
Interessante citar que o IDIV, assim como o IFIX, é um índice de retorno total, ou seja, o impacto da distribuição dos dividendos no índice também é contabilizado. Além disso, os ativos são exclusivamente brasileiros, isto é, BDRs não fazem parte, assim como empresas em recuperação judicial e extrajudicial.
Qual o retorno acumulado?
Desde a sua criação já obteve um retorno de aproximadamente 146%, como ilustrado no gráfico abaixo:
Chegamos ao fim de mais uma explicação sobre um dos principais índices da bolsa de valores. Espero que tenham gostado e nos vemos no próximo post!
Vamos juntos?