Dando continuidade aos indicadores da bolsa, hoje veremos o IFIX, o índice dos fundos imobiliários.
Com a Selic na mínima histórica, muitos investidores olham para alternativas de investimentos buscando um maior rendimento para o seu capital: é o caso desses fundos.
POR QUE ELE FOI CRIADO?
O IFIX surge, em 2012, como o índice que nos mostra o desempenho médio das cotações dos fundos no mercado. Assim como o Ibovespa, o IFIX é composto por uma carteira teórica de ativos que respeita uma série de critérios.
Outro ponto bastante interessante sobre este indicador é que ele leva em consideração não apenas o valor das cotações, mas também o impacto em sua pontuação devido aos proventos distribuídos por cada fundo.
QUAIS SÃO OS CRIVOS PARA QUE UM ATIVO POSSA FAZER PARTE DO IFIX?
- Os fundos que compõem o IFIX não podem ser “Penny Stocks”, isto é, ativos com cotação inferior a R$ 1;
- O segundo ponto é com relação à presença nos pregões passados. É preciso que os fundos tenham sido negociados em pelo menos 60% deles. Também é importante que tenham um bom volume de negociação, tanto em número de transação quanto em volume financeiro;
- Por fim, o fundo não pode ter sido resgatado em sua totalidade pelo emissor durante o período da carteira teórica.
HISTÓRICO DO IFIX
Neste gráfico podemos ver a evolução do IFIX desde 2012, acumulando um total 92,8%, com base na cotação de 24/02/2021.
OUTRAS CARACTERÍSTICAS
Dentro do IFIX, cada fundo apresenta uma ponderação distinta, ou seja, cada um deles apresenta um peso diferente de acordo com seu valor de mercado. Atente-se, porém, que um mesmo fundo não pode compor mais do que 20% do índice.
Atualmente, o IFIX é composto por 87 fundos imobiliários. Segundo dados disponíveis no site da B3, os cinco maiores fundos, até fevereiro de 2021, são:
- KNPI11 (5,98%)
- KNRI11 (4,72%)
- KNCR11 (3,79%)
- HGLG11 (3,61%)
- XPLG11 (3,45%)
Destacamos que, embora este índice seja uma boa alternativa para avaliarmos como está a saúde dos fundos imobiliários, ele nunca deve ser analisado de forma isolada para uma tomada de decisão. O IFIX compõe uma parte do processo de análise, não a substitui por completo.
COMO INVESTIR NO IFIX?
Entendemos o que é e como funciona o IFIX, porém é válido citar que não é possível investir neste índice diretamente. É preciso utilizar outras estratégias, como buscar ETFs que buscam refletir seu valor. Pensando nesta demanda cada vez maior, a XP foi a pioneira no Brasil, criando o primeiro ETF de fundos imobiliários, o XFIX11.
Reforçamos que os ativos citados neste texto possuem caráter exclusivamente informativo, não se caracterizando como recomendação.
Continue acompanhando nossa série sobre indicadores e índices para entender a imensidão do mundo financeiro.
Até logo!