Interrogatório: Gasparini adota silêncio parcial e para advogado de defesa diz que há empresa de SP contratada para renegociar dívida do seguro da Cohab

O ex-presidente da Cohab Bauru, Édison Bastos Gasparini Júnior foi interrogado nesta sexta-feira no início da fase final da ação penal relativa a denúncia do GAECO Bauru que trata dos desvios de R$ 54,8 milhões na boca do caixa da companhia, entre 2007 e 2019. E trouxe uma tese nova para o caso, ao menos para o público.

Gasparini Jr. falou por pouco mais de uma hora na audiência conduzida pelo juiz criminal Fábio Bonini. Este caso trata somente dos desvios de dinheiro sacados direto em agência bancária, por 13 anos, conforme a denúncia, sob falso acordo da dívida da companhia com seguros.

Gasparini utilizou da prerrogativa legal, em parte, ao permanecer em silêncio à perguntas formuladas pelo juiz e Promotoria. O ex-presidente da Cohab também não respondeu a questões dos demais advogados dos outros réus neste processo.

Mas adotou como estratégia falar somente para seu advogado, Leonardo Magalhães Avelar.

Sem o contraditório, Gasparini Jr. alegou que os saques mensais realizados durante sua gestão à frente da Cohab foram destinadis ao pagamento do suposto acordo. A Cohab Bauru ingressou com ação contra o ex-presidente apontando na mesma direção dos desvios mensais, em espécie, em razão da Caixa informar que a dívida não foi paga.

A tese apresentada no interrogatório de Gasparini Jr. é fato novo no caso. Em síntese, ele respondeu a seu advogado de defesa que os pagamentos foram realizados (do seguro habitacional). Ele alega que contratou uma empresa de SP para atuar nesta negociação. O ex-presidente não revelou o nome da empresa, e não apresentou contrato da Cohab para este serviço alegado.

Segundo o advogado de defesa, a empresa e demais informações serão reveladas em monento oportuno.

“Os valores foram destinados integralmente ao seguro. A empresa tão somente foi contratada para renegociação de dívidas e ficou responsável pela operacionalização do pagamento. E os valores pagos foram devidamente amortizados, conforme se depreende dos documentos enviados pela própria CEF”, diz.

Sobre a evolução patrimonial dele e seus familiares denunciados no caso (em outras ações), o ex-presidente voltou a afirmar que os ganhos vieram de negócios sobretudo com a compra e venda de gado.

Apesar disso, em encontro com funcionários da Cohab ainda no início de 2020, na sede da companhia, Gasparini Jr. assumiu os desvios no caixa da companhia, tentando se desculpar com o grupo.

O caso prossegue com a fase de interrogatórios com agenda até maio próximo.

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