A metade da frota própria da Secretaria Municipal de Saúde está parada. Conforme diretores da área, 52 veículos estão há meses aguardando reparos. Alguns são básicos. Outros não. O problema é que quase todos os 101 veículos da Secretaria tem mais de 10 anos de fabricação, com alta quilometragem diária de uso no transporte de pacientes.
A fila de espera por consertos e veículos sem uso eram fatos conhecidos. O que agravou a situação foi o encerramento do contrato de consertos firmado com oficinas. O último está vencido desde outubro do ano passado. Apesar disso, o processo aberto para nova contratação é de 2021.
Contudo, após o caminho da tramitação na burocracia administrativa, uma mudança de orientação do Jurídico “esticou” a demora na nova licitação. Diretoras e chefes de seção da Saúde informaram hoje, em reunião pública da Comissão de Fiscalização e Controle, que o Jurídico manifestou que a contratação de serviços para consertos deveria ser global, ou seja, para toda a Prefeitura.
A saída para manter serviços básicos foi alugar. Segundo a Saúde, 16 ambulâncias do Samu aguardam reparo (de 32 unidades), das 21 viaturas da Unidade de Transporte de Pacientes (UTP) 16 estão paradas e outros 20 veículos da sede da Secretaria também estão sem utilização.
O novo contrato foi assinado na semana passada. Cinco estabelecimentos estão credenciados. O represamento – e por vários meses -, contudo, não é absorvido de uma vez pelos prestadores de serviços. A escala de início dos consertos está na fase inicial, dizem os servidores.
A secretária de Saúde, Giulia Putomatti, reconhece a situação como caótica. Ela comenta que o planejamento financeiro e operacional leva em conta a substituição, gradual, dos veículos. Enquanto isso, a administração aposta no aluguel.
E a demanda? Segundo os técnicos do setor, a solicitação de serviços para transporte cresceu 20% neste ano.
LOCAÇÃO
Segundo o governo, 51 veículos foram locados para a pasta. Outras áreas do governo também alugaram veículos. Três contratos foram assinados. Na Saúde, os alugueis geraram o envio de 30 carros modelo Gol, além de 16 vans e 5 ambulâncias (Samu). A contratação é por R$ 6.620,00 mensais DE vans e R$ 1.654,00 para o modelo Gol.
11 veículos estão sendo enviados para leilão. Outros foram incluídos na lista de descarte, mas foram reaproveitados pela Emdurb, Semma e Sagra, apesar da indicação técnica é de que não era viável o custo-benefício para reforma ou recuperação.
A vereadora Estela Almagro, presidente da Comissão de Fiscalização, listou um a um os veículos da lista informada pela Secretaria, na reunião. Contudo, o documento “deixou de fora” cerca de 30 unidades. Outras informações foram recebidas pela Comissão, de que alguns veículos (mesmo seminovos) estariam parados por não cumprimento de inspeção preventiva de rotina. A Comissão vai realizar diligência para analisar processo administrativo e outras informações, anunciou Almagro, ao final da reunião.
E Bauruzão, ótimas administrações que temos hein.
Engraçado essa questão que essa prefeita só quer alugar e terceirizar.
A conta vai chegar, esperem.