Mobilidade Aérea usa estudos do setor automotivo e aposta na IA para avançar

As empresas de mobilidade aérea avançada (MAA) utilizam estudos do setor automotivo com veículos autônomos para desenvolver projetos. E antes que alguém considere que isso estará distante de nós, na geografia, Gavião Peixoto (município ao lado de Araraquara tem o principal polo de “carros voadores” do País).
E a mobilidade aérea avançada (MAA) surge no horizonte como uma nova forma de transportar passageiros ou cargas em distâncias curtas. Ela pode se tornar tão onipresente quanto a Uber e a Lyft, fornecendo serviços econômicos dentro e ao redor das cidades, avaliam especialistas. O tema é abordado em artigo da Aeroflap desta semana.
A chave para conseguir isso é tornar a MAA autônoma, apostam nomes como Todd Tuthill, vice-presidente de estratégias para o setor aeroespacial e de defesa da Siemens Digital Industries Software. 

No artigo, ele cita que muitas empresas de MAA estão empenhadas em tornar suas aeronaves capazes de voar sem tripulação, seja desde o lançamento inicial ou implementando novos projetos posteriormente. A introdução de MAA sem tripulação envolve uma série de desafios e complexidades. Mas, qual o nível de autonomia necessário para essas aeronaves? E como as empresas podem torná-las seguras para operar em espaços públicos?

Aqui entra o setor automotivo. Os carros autônomos já são vistos com frequência em várias cidades dos Estados Unidos. Com isso, há muitos insights do setor automotivo que podem ajudar as empresas de MAA em sua busca por aeronaves autônomas, abordando as preocupações mencionadas acima e a importância da transformação digital para tornar os veículos autônomos uma realidade.

AUTONOMIA

O setor automotivo mensura a autonomia de um veículo em cinco níveis. O primeiro indica um veículo que pode controlar uma única função, como a frenagem em movimento linear. A partir daí, os níveis aumentam, assim como o número de recursos autônomos. No terceiro, o veículo pode ser praticamente autônomo, mas ainda exige um motorista humano, enquanto no 4, o veículo pode operar sozinho sem o motorista humano, exceto em situações de emergência. O nível 5 é o ápice da autonomia do veículo e não exige operação humana.
A boa notícia para a MAA é que o setor aeroespacial já está entre os níveis 3 e 4. Afinal de contas, 95% dos voos comerciais utilizam, em algum nível, o piloto automático. Normalmente, pilotos humanos fazem as decolagens e aterrissagens e monitoram o restante do voo para garantir a segurança. Desta forma, já existe a base para implementar o voo autônomo nas frotas de MAA. As empresas só precisam determinar o que isso significa para suas aeronaves. Por exemplo, a Wisk é uma empresa de MAA que planeja ter supervisores humanos remotos monitorando grupos de aeronaves, prontos para intervir se algo der errado. Isso se enquadra no nível 4 de autonomia.
A questão não é projetar para o último nível ou ensinar uma aeronave de MAA a decolar e aterrissar. O desafio está em como projetar um computador para responder corretamente em qualquer situação ambígua ou inesperada – como o Comandante Sully fez quando pousou sua aeronave no Rio Hudson e salvou a vida de 155 pessoas.
Se um carro autônomo quebrar, na maioria dos casos, ele pode simplesmente parar na beira da estrada e esperar por ajuda. Se uma aeronave de MAA não tripulada transportando passageiros falhar no ar – por exemplo, se a conexão de comando com seu monitoramento falhar – as consequências podem ser muito mais devastadoras. Com isso, as empresas de MAA terão que fazer um esforço extra para introduzir mais redundância antes de obter a certificação para suas aeronaves autônomas. Elas precisam provar aos órgãos reguladores que suas aeronaves podem se controlar sozinhas em situações de emergência ou, em outras palavras, agir com autonomia de nível 5.

 

 

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