A escalada da violência na periferia de Bauru tem novos episódios nesta semana com a morte de mais dois jovens, no Jd Vitória, em ação do BAEP.
Moradores saíram em protesto pelas ruas. Nas quadras 32 e 33 da avenida Castelo Branco, houve conflito com policiais – levaram pedradas e utilizaram balas de borracha e gás lacrimogênio para dispersar o protesto.
Durante o percurso é possível ouvir vários disparos de tiros em vídeos gravados por populares. Viaturas da Polícia Militar acompanharam o fato.
Antes, durante o dia, policiais militares entraram em conflito com jovens e familiares de um dos mortos pelo BAEP durante velório.
Consta do registro policial que a PM entrou no velório no Jd Primavera após xingamento a uma equipe que patrulhava a região. Moradores criticam o desrespeito ao luto. Jovens reagiram e questionam a ação policial. Nas redes, manifestações são de que as mortes não seriam de confronto e que as vítimas não seriam traficantes. O envolvimento de jovens com drogadição, porém, é latente. E não só na periferia
Dentro do velório, com contenção, agressões e gritos, policiais usam cacetete, uma mãe tenta impedir que seu filho seja levado e um jovem mostra ferimento no rosto.
Vídeos das redes sociais mostram a confusão e a revolta de familiares e amigos das vítimas. Nas redes, reações contestam a posição da PM de que os jovens foram atingidos em reação dos policiais durante confronto, em troca de tiros.
A assessoria do Comando da Polícia Militar disse que abriu procedimento para apurar as condutas. A Polícia Civil recolheu para perícia armas oficiais e revólveres apresentados próximos aos corpos, no local das mortes, em àrea aberta, periférica.
Nos episódios desta semana, um rapaz de 18 e outros de 21 anos morreram na ocorrência envolvendo policiais militares do 13.º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (13.º Baep). O fato ocorreu na noite de quinta-feira, na quadra 1 da rua João Camillo, no Jardim Vitória.
MORTES
A escalada de violência, sobretudo em bairros da região Oeste de Bauru, tem nos registros uma sequência de mortes há meses. A maioria envolve confronto do BAEP com jovens. Outros registros trazem enfrentamento e disputa ou desavenças relacionadas ao tráfico de drogas.
No ano passado, o CONTRAPONTO alertou para a sequência de mortes em casos com atuação policial. Também chama a atenção em todas as ocorrências a rotina de jovens armados em bairros periféricos.
Veja neste link a apuração da sequência alarmante de mortes no final de 2023, situação que persiste neste 2024:
Bang Bang Bauru: mortes e feridos a tiro com revólver ‘disparam’ na comunidade
A vereadora Estela Almagro se reuniu com a presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos Bauru, Thaylise Zagatto (foto abaixo), para discutir o contexto da sequência de mortes de jovens na periferia em ações policiais e os níveis de violência. OAB também foi acionada.
Pois é…
Por que não instalam a MURALHA PAULISTA e o VIDEOMONITORAMENTO em Bauru ?
Os antigos diziam: “Previnir é o melhor remédio”…
Eu sou esposo de uma mãe de perdeu o filho de 21anos
Vice de Nunes já defendeu abordagens policiais mais violentas na periferia
O coronel Ricardo Mello Araújo deu a famosa declaração em 2017 quando ainda era comandante da Rota; Entenda por que PM age de maneira diferente a depender do lugar.
Trazendo ao nosso quintal………………