N. 116 BRADESCO ASSUME ERRO EM FRAUDE DE R$ 78 MIL CONTRA FUNPREV E ESTADO CONTRATA EMPRESA PARA OPERAR O AEROPORTO BAURU-AREALVA
FRAUDE
A tecnologia trouxe luz à transparência em ações públicas. A ata número 5, publicada no site da Funprev, aponta a identificação de fraude de R$ 78.435,14 contra o caixa da fundação dos servidores, conforme o processo 536/2021. O erro foi assumido por agência do Bradesco, de Bauru, segundo o órgão. A fundação, felizmente, não teve prejuízos. O desfalque foi ressarcido.
CONTADOR
A fraude foi descoberta pelo comprometimento do servidor Andrei Guaggio dos Santos, contador e chefe da Contabilidade da Funprev. Ele cumpriu à risca seu papel de analisar os lançamentos nos extratos bancários da fundação. Gente! Este trabalho é importantíssimo. A fundação opera mais de R$ 550 milhões em aplicações com bancos e mantém uma carteira mensal de milhões, com pagamentos de pensões e aposentadorias.
NA LUPA
O processo foi encaminhado ao Conselho. Este é o típico caso que tem de ser colocado no rol de AVISOS do Conselho Fiscal, cuja função principal é fiscalização as contas, despesas e gastos da fundação… em todos os níveis!
Felizmente, conforme o procedimento, chamou a atenção do chefe da contadoria o lançamento de R$ 78,4 mil para pagamento de “inativo”. Ninguém recebe este valor na fundação! A atenção na conferência levou a imediato pedido de explicação de agência local do Bradesco. Gerentes informaram que a grana foi para uma tal de Juliana, em conta ativa no banco Santander no Espírito Santo. Fraude! O banco repôs a conta.
EMAIL?
O que chama a atenção é como a gerência do banco (Bradesco) pode dar crédito (anuência) a um email que teria sido enviado à agência dando autorização (falsa) para o pagamento do valor. O pagamento de R$ 78,4 mil é dezenas de vezes superior à média mensal de pagamentos a inativos. Conforme o cálculo atuarial, a média em Bauru é de exatos R$ 4.352,78. É claro que servidores com carreiras de especialização, que assumiram postos de chefia, recebem mais… Mas autorizar R$ 78,4 mil? Eita Bradescão!! E com base em email? Putz!
FANTASMA
O aperfeiçoamento nos sistemas de controles e dados, a busca por vigilância e qualificação permanentes, são essenciais no serviço público. O episódio mostra como a importância do olhar atento de um servidor! No passado, a Funprev foi vítima de um servidor interno. Ele “criou” uma conta falsa, conseguiu que saques fossem realizados em nome de uma pessoa com cadastro inexistente (fantasma).
O sujeito foi demitido! Mas até hoje a Funprev não recuperou os valores fraudados… Eterna vigilância! Eis a lição!
AEROPORTO
Não houve tempo hábil, no meio da “loucura” das novas regras do governador para a tentativa de contenção da pandemia. Pedimos desculpas, por isso! Mas vamos atrás para entender sob qual argumento de custeio, orçamentário e de gestão o governo do Estado contratou a empresa Infracea para prestar serviço, em contrato, de controle do tráfego aéreo do Aeroporto Moussa Tobias.
O estado colocou o aeródromo em concessão, assim como outros tantos do Interior, recentemente. E o PSDB, no governo Rodrigo, ainda repassou ao Município a gestão do Aeroporto “urbano”. Um “mico” que custa mais de R$ 1,2 milhão por ano só em manutenção e cuja atribuição (convenhamos) não tem nada a ver com prefeituras. Mas Rodrigo aceitou!
COMO FICA?
A Infracea é uma empresa que atua no controle de tráfego aéreo. Como dissemos, será preciso compreender o contrato, o valor, o factual e o “infinito” nessa história. Ai, sim, damos nosso pitaco a respeito.
Pelo contrato, além da operação do Aeroporto Moussa Tobias, a Infracea assumiu também a responsabilidade de manter todos os equipamentos de comunicação, meteorologia, navegação aérea e demais itens do aeródromo em funcionamento, executando manutenções corretivas, preventivas e preditivas.
Na equipe da Infracea no Bauru-Arealva, conforme a empresa, estão sete operadores de estação aeronáutica (OEA) e um técnico de manutenção eletrônica, sob a gestão local de um supervisor.
COVID
O governo do Estado de São Paulo anunciou, com atraso, ações para a contenção da Covid. A lógica da adjetivação não é nossa. É do próprio governo. Os integrantes do Comitê Covid pediram regras mais duras para derrubar o aumento exponencial de casos graves há dias…
Sem entrar no Fla-Flu das redes sociais sobre as dores e amores em relação ao gerenciamento da pandemia no Estado (e no País), sobram questionamentos técnicos! E estes merecem ser pontuados. Contenção, mesmo, de fato, dá resultado se todos os setores reconhecidamente de maior potencial de circulação entrarem no decreto. Supermercado (não entrou)! Reuniões religiosos (Doria incluiu só agora, a contragosto, pressionado por “lideranças políticas” do setor), transporte coletivo é só aglomeração…
Bom! Como “amostragem” ficamos por aqui… Não vamos tomar seu tempo com notas e notas sobre lambanças governamentais.
MÁSCARA NO…
Os eleitores do filho do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro, devem, pelo menos, pensar se no próximo ano vão enfiar o voto…. no mesmo lugar que este sujeito falou hoje ao se referir, irritadinho, ao uso de máscaras na Covid-19.
É AQUI!
Bauru tem um dilema, até aqui, insanável em relação à necessidade de derrubada na transmissão da Covid. Sobretudo nesta fase! O descumprimento da norma depende, claro, dos cidadãos e do poder de fogo da fiscalização municipal.
E ai, é preciso citar, o contingente (estrutura e ação) da fiscalização é infinitamente inferior ao tamanho do objeto a ser vigiado. Tem menos equipes (e fiscais), na real, do que o dispensado no “pico” da pandemia, em 2020… quando os dados (proporcionais a períodos) eram bem menores que agora… Em suma: do lado do poder público, a contenção da Covid está nas mãos de Suéllen. E ela já disse, mais de uma vez, que não concorda com as regras estaduais…
SOLUÇÃO
No meio desse “tormento” (sem vacina e sem perspectiva de retomar a rotina, mesmo sob adaptação, com segurança sanitária), hoje, ouvi uma questão interessante. Um leitor do CONTRAPONTO disse: “Como está cheio de cientista, especialista, nas redes sociais. Descontando as loucuras, o fanatismo e a ignorância, pergunta-se a alguém, equilibrado, que não concorda com as restrições para conter a pandemia”: Qual então a solução?
Gente! Não estamos aqui, diga-se, discutindo teratologia… Um ano depois de tudo o que você ouviu, leu… Qual a solução para conter a escalada de mortes e transmissão da doença? ….
CARTINHA
Dirigentes sindicais estão uma “arara” com a prefeita Suéllen. É que o governo local enviou ao Sindicato dos Serdivores ofício às 17h45 desta quinta (último dia definido para a comunicação) dizendo, neste, que ainda não tem posição sobre a reposição salarial deste ano…. Está no Jurídico, repetiu a prefeita ao sindicato.
A entidade já tinha adiado o prazo para ter resposta (positiva ou negativa às reivindicações) na semana passada. O Sinserm marcou assembleia para a próxima quarta-feira (dia 17/03). Se tiver posição sobre o salário, eles avaliam. Se não tiver, definem por paralisação.será .. ou não…
ESCOLAS
O novo decreto estadual para a Covid, como se sabe, suspende as aulas nas escolas por 15 dias, a partir do dia 15/03. Mas as aulas continuam na rede particular (com 35% de lotação por sala).
E o Município? O Estado deixou para cada gestor definir. A prefeita ainda não emitiu posição. Mas nesta sexta (12/3), às 9 horas, tem audiência pública na Câmara, previamente convocada, exatamente com o tema “suspensão das aulas”… E é óbvio que a secretária de Educação, Maria Kobayashi, é chamada a responder esta questão…
NOVA ARENA
A Secretaria Municipal de Esportes afirmou, em reunião com vereadores, que é inviável a cxonstrução da Arena Poliesportiva pública com participação do caixa municipal. Isso porque, na melhor das alternativas, a Prefeitura teria de realizar financiamento de R$ 30 milhões para completar a despesa estimada….
A Semel disse que vai estudar (e apresentar) solução para modificar o projeto (com gasto de até R$ 15 milhões – recurso aprovado pela União para a obra), com contrapartida de valor reduzido pela Prefeitura.
O local também será modificado. Ao invés da área onde está a pista de motocross, no Parque do Castelo, a Semel avalia outras opções. Uma delas é construir a Arena no Recinto Mello Moraes, área pública com localização adequada, espaço livre e área para estacionamento ampla.