COLUNA CANDEEIRO 25092020 NELSON ITABERÁ

N. 236 Orlando indica que deixa Saúde no início do ano e tabuleiro movimenta outras mudanças no governo Suéllen

N. 236 Orlando indica que deixa Saúde no início do ano e tabuleiro movimenta outras mudanças no governo Suéllen

 

ORLANDO ANUNCIA

O médico Orlando Costa Dias se prepara para deixar a Secretaria Municipal de Saúde no início do próximo ano. O próprio secretário comentou, em entrevista à rádio Jovem Pan na tarde de hoje, que vai cumprir a programação de reformas com parcerias de entidades religiosas e o setor privado e, no início do ano, volta a ser vice-prefeito.

A jornada adicional como secretário, desgastante para um profissional com carreira consolidada no setor privado, exige além do imaginado. E, com a pandemia, o lado ortopedista de Orlando é quem teve o maior prejuízo acumulado. Ele quer e vai continuar participando do governo, mas como vice–prefeito, indica.

REFORMA NO GOVERNO

Não se sabe se o conceito clássico de “reforma no governo” cabe para outras possíveis mexidas em curso no governo Suéllen. Mas que o time escalado para o início do governo terá outras mudanças é fato. Mas as razões são diversas.

Na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedecon), por exemplo, Aline Fogolin confirmou que foi convidada. Ela tem vontade, profissional, de realizar os projetos que elaborou mas não teve espaço no governo Gazzetta. Mas também conta que recebeu, neste mesmo instante, convite da FGV para outro plano. Ou seja, terá de maturar entre sua vontade pessoal, profissional, de tirar da gaveta projetos que elaborou para a cidade e sua trajetória em outro universo.

MDB QUER AJUDAR

Circulou com a velocidade ao cubo das redes sociais, nos últimos dias, a disposição declarada do presidente do MDB, empresário Rodrigo Mandalitti, de colaborar com o governo. Ao CONTRAPONTO, Mandalitti disse que “o partido está disposto a ajudar a cidade”. Rodrigo falou, de outro lado, do “time” (em inglês) para ações decolarem.

O “tempo” da própria gestão (que vai entrar no segundo ano) e a oportunidade junto ao governo do Estado. “O governo Dória preparou o caixa para descarregar investimentos no Interior no próximo ano. E o MDB tem muito bom acessos. Mas a prefeita precisa entender seu papel de executiva da cidade e não perder esta oportunidade”.

AJUSTE DE BANCADA

No cenário de possibilidades, ninguém duvida que a experiência e traquejo de Renato Purini podem ajudar bastante na dificuldade enfrentada por Suéllen Rosim no Legislativo. Além de reforçar o elenco e ajustar a articulação política de bancada na Casa (hoje inexistente, na prática) a já bastante comentada mexida exigiria que Guilherme Berriel colaborasse no Executivo. E o vereador não esconde sua predileção pelo DAE. Ao CONTRAPONTO, Renato Purini, não escondeu que tem desejo de voltar a frequentar o plenário do Legislativo.

Ir, ou não, é fato para os próximos capítulos. Mas a prefeita, mesmo inexperiente no meio político e na gestão pública, sabe que não se livrará de tormentas se não fizer algo!

Mas, nesta hipótese, e Marcos Saraiva? É o coringa de execução mais próximo de Suéllen hoje. E não haveria dificuldade em ser escalado para outra posição.

NA OBRAS?

Há desconforto (que pode ser resolvido, mas existe) na pasta de Obras. Leandro Joaquim tem bom trânsito com empresários locais e experiência na atração de parceiros, do setor privado, para fazer a carroça velha (operacional) da Secretaria de Obras caminhar.

Mas, em uma composição de maior espectro, que exija ajustes de rumo político do governo (se livrar de intempéries de Comissões de Inquérito e pedidos de CP, por exemplo, ao longo do percurso), não seria estranho a reacomodação em Obras.

A questão tem rusgas criadas pela própria dissonância do grupo da prefeita (que é muito heterogêneo e não tem agregação política). Há falta de afinidades evidentes (o que demandaria uma coluna inteira). Mas quer um exemplo certeiro?

Uma procuradora assinaria uma espécie de representação contra um secretário (Obras) sem ter o encaminhamento através da própria prefeita? Ou é evidência clara de inexperiência ou falta de noção do que significa respingos de fritura… (…)

DISSONÂNCIAS

As dissonâncias no governo Suéllen são esperadas. Ela não venceu a eleição, como se sabe, a partir de composições partidárias ou empresariais com a cidade. E aqui não estamos argumentando se isto é bom ou ruim, mas lembrando que é fato. E, portanto, já se sabia, desde janeiro, que o desconhecimento da máquina se juntaria à necessidade de compor para tentar formar um grupo. E não é fácil…

As dissonâncias, assim, incluem várias “pontas”, como o desencaixe de afinidades de linha político-religiosa, da assessoria direta vinda de fora (São Carlos, Ribeirão Preto e Birigui) e de técnicos que ocupam pastas (mas sem vínculo, ou proximidade natural mesmo, com o grupo da prefeita).

E NA EMDURB?

Não há como esconder o descontentamento com a situação da Emdurb. A prefeita até se esforça (evitando falar sobre os temas espinhosos, por exemplo). Mas a gestão de Luiz Carlos da Costa Valle não resolveu os pepinos por lá.

E não se trata nem de achar que seria “da noite para o dia”. Mas, mesmo que o governo não fale, mesmo que o governo discuta pouco os desafios e suas entranhas, as situações clarividentes falam por si. O próprio presidente Valle vive uma situação desconfortável na presidência. Está no cargo, mas a direção administrativa-financeira é, e sempre foi, desde janeiro, de indicado da prefeita. Era Jair Vella e, há pouco tempo, passou a ser Fábio (ex-secretário de Finanças em Birigui, terra natal da prefeita).

Autarquizar não andou. E o buraco, que já era milionário, se ampliou por lá. O problema na Emdurb é seríssimo. Proporcionalmente (em percentual de evolução de dívida) é tão grave quanto a insolúvel Cohab…

Bom! Deixemos o tabuleiro se movimentar. Mas é certo que mudanças virão!

CONVERSA DE SEXTA

A prefeita e o presidente do DAE, Marcos Saraiva, apresentaram eventuais medidas emergenciais para o problema de abastecimento. Mas, de prático, quase nenhuma medida empolga, a curto prazo. Canalizar água da represa do Condomínio Lago Sul (cuja capacidade de vazão permanente é discutível), interligar o poço Alphaville ao sistema Batalha, entre outras ideais, foram lançadas.

Mas o caso é que as ações para a resolução definitivas estão, todas, descritas, no já atualizado Plano Diretor de Águas (PDA). Sendo muito pragmático: o esforço da discussão é louvável, mas parece “chover no mollhado”… para a amplitude da crise. Não adianta nem mapear veias de água aqui e acolá. Elas existem. Mas a sustentação operacional é caso de engenharia hídrica, de sistema!

ESCOLA SEM ÁGUA

Agora tem ação que já tinha de ter sido resolvida. E não somente por esta gestão! Um exemplo direto? A pandemia começou em março de 2020, certo! A crise de água na cidade é conhecida de anos, certo! Então o que explica uma escola municipal, como a EMEF Santa Maria somente agora ter sido lembrada para a troca de uma caixa d´água de 1.000 litros para armazenar 5.000 litros?

O levantamento dos reparos e adequações feito pelo atual governo não identificou esta deficiência? O mesmo problema existe em outras unidades? A secretária Maria Kobayashi foi chamada, em reunião da Comissão de Fiscalização e Controle, a apresentar a lista das escolas que precisam dessa adequação.

Mas, gente! Não dá! Depois é jornalista que é chato! Tem milhões, MILHÕES DE REAIS no caixa da Educação! o governo Gazzetta quis sair, às pressas, comprando prédio no final do ano para cumprir o gasto mínimo do setor. O governo Rodrigo recorreu até a distribuição de sobras. O governo Suéllen não viu isto até agora?

REPAROS NA SAÚDE

A Secretaria de Saúde informa as melhorias acertadas para Unidades de Pronto Atendimento, em parceria.

A UPA Bela Vista está recebendo melhorias por meio de contrapartida da Uninove, com valor aproximado de R$ 900 mil. A unidade já recebeu reparos no telhado, aplicação de manta impermeabilizante, reparos em torneiras e portas e em pequenas trincas. No momento, está sendo realizada pintura interna e externa.

A UPA recebeu ainda painéis solares que serão instalados pela CPFL, após parceria. Ainda dentro dessa parceria, a UPA teve todas as lâmpadas substituídas por LED.

A UPA Ipiranga recebeu pintura externa, reforma dos móveis, instalação de sete aparelhos de ar condicionado para as salas que não tinham. A pintura externa está sendo realizada nesta semana. A reforma está sendo realizada pela Igreja Rasgando os Céus, que assinou termo de doação dos serviços para a prefeitura.

Já a UPA do Geisel/Redentor está recebendo pintura na fachada, realizada pela Igreja Restaurar, que também assinou termo de doação do serviço para a prefeitura. Futuramente, outras unidades de saúde serão beneficiadas com pequenas reformas, graças a contrapartidas de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), que são as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Independência, Jussara/Celina, Vila Falcão e Unidade de Saúde da Família (USF) da Vila Dutra.

O secretário Orlando Costa Dais também informou que adiantou liberação de empenho (despesa) na Finanças para antecipar compra de reposição de estoque dos principais medicamentos na rede. Como muitos fabricantes, ou distribuidores de porte, param as atividades no final do ano, a medida visa evitar o desabastecimento que, regra geral, acomete a rede no início de cada ano.

PRAÇA PORTUGAL

A Prefeitura de Bauru vai liberar parcialmente neste sábado (20), às 8h, o tráfego de veículos no entorno da Praça Portugal. A nova ligação entre as avenidas Comendador José da Silva Martha e Getúlio Vargas será liberada para o trânsito, assim como o acesso da rua Gustavo Maciel. O semáforo da rua Rio Branco com a avenida Comendador Martha, na rotatória, também vão entrar em operação.

A quadra 5 da rua Rubens Pagani, entre as ruas Rio Branco e Gustavo Maciel, segue interditado, pois ainda recebe intervenções. Outras melhorias para o tráfego ainda seguirão nos próximos dias, na rua Rubens Pagani e entre a rua José Fernandes e a avenida Comendador Martha. As obras foram realizadas pela Zopone Engenharia, como contrapartida de um empreendimento da região, com o apoio de diversas secretarias da prefeitura e Emdurb.

 

 

 

1 comentário em “N. 236 Orlando indica que deixa Saúde no início do ano e tabuleiro movimenta outras mudanças no governo Suéllen”

  1. Todos sabiam da inexperiência e do isolamento político da Prefeita. Sem articulação política na Câmara, a inexperiência dos novos vereadores, secretários isolados do círculo bauruense custaram caro a prefeita. É impossível não fazer uma analogia ao governo Federal, claramente a falta de governabilidade forçou uma coalizão cara e talvez indigesta. A saída de Orlando Dias, do secretariado, mostra talvez um rompimento prematuro.

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