N. 400 Pré-corrida às urnas em 2024 tem professor de Direito, médico, empresário, aventureiro, raposa e jornalista
LOGO ALI
Você não achou que o CONTRAPONTO fosse escrever a coluna de número 400 sem instigar, certo? Mas e o que tem demais o caso 400? Nada de mais… nem menos. Mas algo que dê mais do que nossa vã curiosidade.
A eleição é logo ali. Partidos, claro, já se mexem. Interessados em uma das 21 vagas da vereança estão aflitos e as revoadas partidárias sobrevoam bares, cafés e churrasqueiras. Algumas ações são bem intencionadas. E outras, como sempre, são o mesmo do mesmo: cara de santo, voz calma, discursinho de perseguido, conversinha no tom do “agora sou outra pessoa”…
Bom! Quem quiser compre!
PAVIMENTANDO
Vamos a pitacos que importam. A prefeita Suéllen Rosim evidencia seu lado prático, pragmático. Os passos de sua gestão são visíveis. Um olho em 2024 para cada canetada ou decisão tomada agora.
E não é juízo de valor. É descrição. É fato…
Bom… vamos lá registrar.
Em 2020, o CONTRAPONTO deu seu pitaco (desdenhado por uns … sigamos) de que a terceira via podia engolir a apática candidatura do promessão Gazzetta (sentado no poder de plantão) e o marasmo da candidatura com tom de palestra do médico Raul Gonçalves.
Há um ano do início do ano eleitoral, grupos políticos retomam as conversas preliminares.
Mas, até aqui, o que se vê é saliva sem plano.. E este figurino pode favorecer Suéllen.
FORÇA DA RETÓRICA
Sem delongas, o governo da jovem jornalista tem inúmeros quesitos estruturantes não só não resolvidos como ausência de plano para antigas angústias essenciais à cidade.
Mas, no curto tempo do pário eleitoral, a construção de imagens e perspectivas tem chance de valer mais do que textão de jornalismo…
O povo é imediatista. Some a isso que levar asfalto para umas 600 quadras, lâmpada LED para a periferia e resolver a retomada da finalização da ETE Distrito pode ser, como ponto de partida, um tripé que faça mais diferença na cabeça de um colégio eleitoral conservador (na sua maior fatia) no confronto com “forças dispersas”..
Ou seja, Suéllen não resolveu os problemas centrais da cidade. Mas ganhou eleição dizendo, em 59 segundos de propaganda, que ia “arrumar a casa”..
Com mais de R$ 380 milhões de superávit no caixa, carisma e certo espaço no segmento mais conservador, será adversária dura se não tiver contra si nenhum escândalo e encaminhe três ou quatro ações de maior densidade…
PROVOCAÇÃO
E antes que alguém leia como objeto definitivo, pitaco tem a liberdade de por um pé na leitura do cenário com a provocação necessária de indagar: se os adversários forem mofo, ganha fácil mesmo quem nem seja lá essa maravilha… como diriam por ai..
Sejamos realistas… Se alguma liderança tem intenção de por seu nome “à disposição da cidade” terá de ter bem mais do que listar defeitos da prefeita de plantão…
E se for sapato Democrata que aparece a cada 4 anos.. também fica difícil..
Quem terá a combinação entre perfil executivo com empatia de povo? Não dá pra ficar gastando linhas achando que temos lideranças novas formadas..
Temos ciclos vencidos, naturais da política, espetalhões que apostam, de novo, no falso coitadismo, aventureiros e alguns tentando construir algum diálogo. E como é duro chegar até aqui reconhecendo que a rua está muito dividida. E isso piora. Porque a polarização tem servido ao jogo do interesse da despolitização… mas isso é outro tema.
UNS NOMES
A corrida eleitoral tem Suéllen Rosim com seus defeitos, vidraças, personalismo até, mas um oragmatismo com cálculos para nichos (públicos cativos), uso do proselitismo político-religioso e grana, centenas de milhões no caixa para louvar o imediatismo do imaginário do eleitor mais suscetícel…
Não é crítica. É descrição.
E, a sua volta, a definição eleitoral pode passar, até, para arranjo preparatório para 2028. Ou alguém duvidaria que políticos também jovens, como Júnior Rodrigues, não têm planos. ? Natural gente. Toda candidatura com algum senso precisa de vice hoje para dar outro passo adiante…
OUTROS NOMES
O ex deputado Carlos Braga indicou, em algumas rodas, que pode topar estar na lista da urna.
O médico Raul Gonçalves estará apto e com energia a passar de novo pelo desgaste da disputa? Correrá o risco de ser o nome da classe média (e alta) com os defeitos que fizeram de Caio Coube a caricatura de candidatura com embalagem de gestor (privado) sem cheiro de povo?
Outros nomes, claro, vão se apresentar. Marcos Bilancieri sinaliza por ai, de forma legítima, que tem vontade. Mas como vai erguer tijolos para além de sua pretensão pessoal?
Veja que até agora os pitacos se voltam para nomes porque seria engodo ficar escrevendo sobre plano de governo..
Existem ensaios pela reconfiguração da disputa.. o resto não se sabe.
E O EX?
E Rodrigo Agostinho?
Ah simm… gostem ou não, até os desafetos com o mínimo de noção de realidade política reconhecem que, hoje, ele seria páreo para Suéllen… asfalto e marketing em horário eleitoral são apelos que têm algum resultado.. não há como desprezar.
Por isso, quem tem juízo aposta e louva que ele se apegue ao Ibama… para onde foi indicado presidente.
Ah…. não se preocupe nossos pitacos não são pra você da torcida.. são pra lançar reflexão.. e outras tantas não cabem hoje aqui.
Onde está o José Gualberto da geração milenium pra melhorar esta prosa? Abraços Tuga!!!
Bom! amanhã e depois.. conversamos mais.
Muito bem abordado Nelson mas não podemos nos esquecer que ultimamente o eleitorado bauruense tem pregado algumas peças nos melhores analistas políticos de nossa cidade.
Sem dúvida, se a Suellen conseguir resolver o problema da ETE e a concretização do débito da COHAB nos termos que estão sendo acordados, parte com uma enorme vantagem à frente de seus concorrentes. Essas são duas questões que de há muito preocupa os bauruenses mais antenados.
Os milhões que estão “jorrando” no caixa da Prefeitura ficariam livres para a perfumaria que costuma render votos.
A CONFERIR!!!
Excelente seu texto!!!
Uma visão panorâmica da realidade política local…
Arrisco a dizer que teremos muitas surpresas de última hora… Não é atoa que o salário da vereança irá chamar ou já está chamando muita atenção, tanto para os “novatos”, como para os “macacos velhos” da política bauruense. Afinal, embolsar quase 15.000,00 mil reais mensalmente, não é pra qualquer um… Que o diga alguns profissionais brasileiros, que levam anos e anos estudando e aperfeicoando-se em cursos de pós graduação…🤔😊🙏
Na minha opinião vms ter mais do mesmo, no pleito eleitoral, apenas algumas surpresas na vereança, já que as cadeiras aumentaram, em bauru aquele ardor político de outrora já não é mais o mesmo…
“Nada se é como se lhe parece”.
Frase de Pirandello que para aquecer o tema.
Execelente matéria DEMOCRÁTICA, dando largada em pleito eleitoral, entendo ser do desejo do novo com característica administrativas da iniciativa privada, retirando políticos de plantão tendo olhar para cidade, onde a anos não se resolve assuntos conhecido por todos , área central, FTE, uso do solo, agua e etc …. Basta de “inércia “ vamos buscar representantes com disposição de administrar BAURU, com olhar novo …..
Parabéns pela matéria, pois, ficamos informados do que se aproxima. Não acredito em grandes mudanças no cenário. Mas, em Bauru tudo é possível. Abraços.
Excepcional abordagem… direta e objetiva com “pitacos” a desbravar a memória dos eleitores a fim de refletir sobre a situação atual e futura da Sem Limites.
A política em sua essência de como deveria ocorrer vem se tornando menos atrativa a novos talentos cada vez mais.
Ter uma.visao sistêmica do mundo político é mais fácil que ter uma visão sistêmica do funcionamento de uma cidade. É algo para pouco enxergar com clareza a pluralidade de uma cidade. O que se vê é cobrir um santo e descobrir outro.
Nossa cidade possui muitos desafios de gestão que estão enraizados no modo de operação a anos. Não se trata de ter caixa e nem de bons secretários a disposição ou carisma com a população. Vai além disso se quiser fazer história…