N. 410 Flamboyants da Comendador sofrem poda drástica da própria Semma; Prefeitura inaugura residência inclusiva; juiz marca interrogatório final de Gasparini e demais denunciados no caso Cohab para abril
CASO COHAB
O juiz criminal Fábio Bonini designou audiência para interrogatório dos réus da primeira ação do caso Cohab (relativa a denúncia de desvios do equivalente a R$ 54,8 milhões). Conforme a determinação, os denunciados serão ouvidos nas seguintes datas: – Edison Bastos Gasparini Júnior no dia 14 de ABRIL de 2023, às 14:00 horas; – Paulo Sérgio Gobbi e Miriam Renata de Castro Navarro, no dia 28 de ABRIL de 2023, às 14:00 horas; – Marcelo Nascimento Alba e Thayná Maximiniado Salcedo, ambos no dia 19 de MAIO de 2023, às 14:00 horas.
FASE FINAL
Ou seja, se não ocorrer nenhuma intercorrência, o caso inicial a partir da Operação João de Barro, do final de 2019, encerra a última fase de audiências em maio. Em seguida, o processo receberá as posições finais das defesas dos denunciados e do Ministério Público. Assim, até julho a ação penal estará conclusa (definida) para o juiz apresentar a sentença.
CENA URBANA
Todo ano as flamboyants que sobrevivem ao atropelamento por caminhões com baú e cargas irregulares enfrentam, ainda, a força bruta da cultura da PODA DRÁSTRICA, na avenida Comendador da Silva Martha! A moto serra passa, sem dó, com a mesma falta de consciência com que os governos municipais, inclusive o atual, esquecem dessas árvores ao longo do ano. Muitas são tombadas.
No governo Suéllen segue a ação predatória que decepa galhos robustos, grossos, ao invés da natural poda dos menores. Bauru não tem plano de manejo sustentável de árvores. Nem precisa perder tempo em perguntar se alguém adubou ou cuidou do “fechamento” da ferida aberta pela própria Semma nos troncos grossos.
A diretoria do setor (Dipave) não segue pareceres dos técnicos há anos. Quando a Emdurb fazia este serviço também era assim. É claro que é possível poda técnica sem decepar! Deixam galhos grossos expostos a patógenos.
Vão justificar pelos caminhões que arrancam galhos?
Vão argumentar que o corte de galhos grossos é para “equilibrar” o desequilíbrio de podas drásticas dos anos anteriores?
O que deram os processos anteriores com o mesmo conteúdo? Em nada!
Pode o operador da máquina atuar em desacordo com o parecer técnico?
Ah… a deficiência em drenagem agravou a exposição de árvores tombadas. Se “tombar” alguma não será surpresa.
Ah.. Pra que fazer manejo, cuidar das ‘feridas’, adubar, acertar a proteção a enxurradas no entorno das raízes, podar sim – mas os galhos de excesso…
Pra que… decepem! Mas não contem com a omissão…
RESIDÊNCIA INCLUSIVA
A Prefeitura de Bauru entregou hoje equipamento essencial ao acolhimento da assistência social. A Residência Inclusiva tem investimentos de R$ 50 mil na instalação e mais R$ 451 mil serão destinados para a realização do atendimento – através de convênio com a entidade Aelesab.
O serviço é destinado a jovens e adultos com deficiência, com vínculos familiares rompidos ou passam por dificuldade. Essas pessoas não têm condições de se sustentar, não têm retaguarda familiar permanente e, ainda, estão em período de desligamento de outras instituições para os casos de longa permanência.
Ou seja, não têm para onde ir. A administração não informou quantas vagas o serviço vai disponibilizar.
AGRESSÃO A PROFESSORES
A Polícia Civil registrou dois casos graves de agressão a professores da rede estadual, anteontem e hoje. Mas as ocorrências, em outros níveis de pressão e violência, são infelizmente rotina. Além disso, a redação recebe relatos de pais desesperados, preocupados com a formação de grupos de jovens em frente a algumas unidades, com ações que vão da ameaça velada ao constrangimento ilegal.
Droga, acesso fácil a bebida alcóolica e estruturação de gangues são informações frequentes vindas de diferentes bairros.
ÍNDICE DE REPOSIÇÃO
Os servidores, com razão, continuam aflitos e perguntando, aos montes, para a redação sobre a posição da prefeita em relação a data base (março). Suéllen Rosim ainda não divulgou nada. Mas, como perspectiva, raciocínio lógico, é improvável que o anúncio contemple algo além da reposição da inflação (quase 6%). Pode até, pode ser… que uma janela se abra no vale-compra. Mas como isso não entra para aposentado… sei não…
Reposição da inflação é batata!
Isso porque este índice, de um lado, ao menos repõe a perda dos últimos 12 meses pela inflação oficial, mas, de outro, repercute no aumento do déficit da previdência municipal em dezenas de milhões de Reais. Ou seja, para garantir aos aposentados o mesmo índice de recomposição dado ao servidor da ativa o Município tem de incluir (por ação fiscal elementar) o impacto nas contas da Funprev.
OS EFEITOS
Até porque se não o fizer, será dar com uma mão e tirar do servidor com a outra. O déficit da previdência recai sobre o funcionalismo, caso a prefeitura não pague o aumento de despesa que a recomposição, naturalmente, gera.
Um pitaco? Grosso modo, bem superficial, sem planilhas? Para repor a inflação, o aumento de despesa na previdência pode alcançar uns R$ 180 milhões…. (a conta é para cenário em 35 anos, lembre-se. Mas o aumento imediato a pagar aos aposentados recai sobre a Funprev).
Olha, faço conta, rabisco, disso há muitos anos. O fato é que governo nenhum fazia análise de impacto da recomposição salarial nestes moldes. E tem de fazer. Todo ano!
COMANDA O PP
Repercute no ambiente político a informação revelada pelo Contraponto de que a nova secretária do Meio Ambiente (Semma), Gislaine Magrini assumiu o comando do PP em Bauru. O ex-deputado estadual Carlos Braga deixa o caminho para a família Rosim por em prática a estratégia de ampliar o apoio partidário à reeleição da jornalista-prefeita Suéllen.
Pra quem não se lembra, Magrini foi vice na chapa com o engenheiro Luiz Carlos Valle, ex-presidente da Emdurb, na última eleição.
BASTIDOR
Este pedido de registro, não simbólico, vem de um empresário local. Ele conta que chamou sua atenção a desenvoltura com que o pai da prefeita, Dozimar Rosim, circula, frequenta, o terceiro andar do Palácio das Cerejeiras… O pai não ocupa cargo na administração.
CAPTAÇÃO DO BATALHA
A captação de água bruta na Lagoa do Batalha tem agora painéis de comando com inversor de frequência. Saem os antigos painéis elétricos. A estrutura da Lagoa também recebeu mais duas motobombas, aquelas robustas. Os investimentos são de mais de R$ 2 milhões em equipamentos por lá.
O que está há muitos, vários, anos na prateleira é a substituição das antigas adutoras, ainda de ferro fundido… Há vários anos compraram tubulação pra isso… Agora, parece, sai a troca…
R$ 1 BILHÃO
Há um bom tempo, ainda no governo Gazzetta, foi apresentado projeto básico para a instalação de nova rede principal e seis piscinões (macrodrenagem) para conter o processo de alagamentos ao longo da bacia da Avenida Nações Unidas. O projeto executivo, conforme a secretária de Obras, Pérola Zanotto, foi contratado para a microdrenagem – o novo dimensionamento com tubulação para coletar das áreas lindeiras as águas e levar para os tubos maiores, ao “longo” do Ribeirão das Flores.
O projeto, segundo o governo, exigiria investimentos de R$ 450 milhões a R$ 500 milhões. Ele contempla da altura do Bauru Shopping, nos dois lados, até o rio Bauru, na Avenida Nuno de Assis.
Hoje, em reunião pública, foi reapresentado que os estudos preliminares indicaram piscinões na região da praça do Líbano, na área do “Parquinho do Vitória Régia” e outros dois mais acima. Mas, conforme a secretária, será necessário projeto executivo também para os piscinões.
A novidade, neste momento, é que a nova lei de licitações (em vigor em definitivo a partir de abril próximo) permite contratar o projeto detalhado (executivo) e a obra, junto a mesma empreiteira.
CONCESSÃO
Mas e a história do R$ 1 bilhão. É que, conforme a Secretaria de Obras, são necessários outros R$ 500 milhões para as obras de macrodrenagem e pavimentação nas outras regiões onde os alagamentos também são caóticos.
Estão finalizados, segundo o apresentado por Zanotto na reunião presidida pela vereadora Chiara Ranieri, os projetos para o Jardim Paulista, Vila Santista, Jardim Primavera, Jardim TV, Niceia e Giansante.
Estão em desenvolvimento os projetos do Jd. São João do Ipiranga, Jaraguá II, Vila do Sucesso (Ferradura), Distrito Industrial III, Novo Jardim Pagani e Perdizes e Sambódromo. Outros 19 projetos ainda terão de ser iniciados, e outras localidades.
“NÃO SE FALAVAM”
A frase é do presidente do DAE, Leandro Dias Joaquim, ao comentar, com boa dose de razão, que vários problemas de afundando de solo pavimentado pelas ruas de Bauru são “obras” da autarquia… Na verdade, Leandro lamentava que a gestão anterior (de Marcos Saraiva) não “conversava” com a equipe de governo da Obras, onde estava…
Agora disse ele, se tem um problema de rede a equipe do DAE vai junto com a de Obras. É uma questão técnica, natural. E tem de funcionar assim.
Muito, mas muito asfalto novo (e recape) foi instalado em ruas de Bauru sem a substituição da rede… E estamos falando, neste ponto, de vários governos!
LIXO ZERO
A discussão presidida pelo vereador Eduardo Borgo, hoje, onde um empresário (Luiz Ramos) afirmou que “faz o tratamento do lixo doméstico e destino final a custo zero para o Município após o sétimo ano de operação em uma usina (de geração de gás e óleo)” causou reações. Lógico!
Na plateia (plenário) estavam o ex-secretário do Meio Ambiente, Levi Momesso, e a atual titular da Semma, Gislaine Magrini, além de diretores do setor e da Emdurb. O projeto contratado por Gazzetta e que foi assumido por Suéllen, elaborado pela Caixa a peso de ouro (cujo pagamento ainda está em aberto), prevê custo total de R$ 380 milhões (lembrou o governo na audiência).
SURURU
E o empresário da Mitima disse que precisa de área para receber o lixo doméstico e cessão para explorar área com instalação de usina de geração de energia por 20, 25 anos. Segundo ele, a Prefeitura pagaria R$ 80,00 a tonelada até o processo de operação da usina (entre 5 a 7 anos). “A partir do início da operação de geração de energia a Prefeitura deixa de pagar, recolhe ISS desde o início como receita e ainda fica com um percentual da receita da produção da energia que vamos explorar”…
A “engenharia” da proposta envolve uma série de itens (técnicos, jurídicos, de licenciamento, de autosuficiência do processo)… Mas que alguém lançar que o custo do tal lixo poderia ser de R$ 33 milhões para o Município (e usuário, claro…) e não os R$ 380 milhões da Caixa causou sururu, ah… causou.
Os representantes do governo, inclusive técnicos, conversam, na audiência, entre si, várias vezes. Mas não foram ao microfone exercer contraditório… Isso é muito ruim! O debate exige transparência e franqueza.
LIXO É GRANA!
A exploração do rejeito, produto final do lixo, envolve muito dinheiro. Sem contar os subprodutos, a reciclagem. Sem contar as receitas acessórias. Portanto, a cidade precisa, evidentemente, definir o caminho, o projeto, e tratar o material (tanto quanto da construção civil)… mas sem a ideia aristocrática que alguns atores tentam passar….
O trem cheira forte, dá chorume e muita, muita grana…. ! A Comissão de Meio Ambiente prometeu realizar novas audiências públicas para discutir as alternativas.
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