N. 435 Governador Tarcísio aposta na reativação da Malha Oeste, mas por chamamento público (autorização direta). Ele finalmente falou sobre o tema. Em Bauru, ele anuncia R$ 10 milhões para equipar futuro Hospital Dia Municipal
MALHA OESTE
Em visita a Apae Bauru, nesta sexta-feira, o governador Tarcísio Freitas rompeu o silêncio a respeito da relicitação da Malha Oeste (em andamento na ANTT – Agência Nacional). Em coletiva à imprensa, Tarcísio respondeu que aposta na reativação operacional do corredor entre Corumbá (MT) e o Porto de Santos (Mairinque), passando por Bauru. Mas ele defende outra modalidade de concessão, a autorização direta ao setor privado, prevista em recente legislação para o setor.
“Hoje nós temos a carga ferroviária para sustentar este modelo de negócio. Está havendo crescimento mineral do Mato Grosso do Sul e vamos conversar no Ministério dos Transportes sobre essa demanda. A ANTT abriu audiência pública para relicitação, mas entendo que tem de fazer pelo caminho mais fácil pra viabilizar a Malha Oeste que é, usando a lei de autorizações, fazer o chamamento público. Temos a carga, demanda, e temos o interesse em retomar esta via de transportes ferroviário o chamamento público vai encurtar o tempo para viabilizar este investimento”, respondeu.
Segundo Tarcísio há espaço para (re)potencializar a ferrovia com programa da ordem de R$ 5 bilhões, “algo extremamente viável ao se considerar a carga para ser transportada por ferrovia. Vamos ao Governo Federal e trabalhar para isso ser ajustado e fazer o caminho regulatório possível”.
Ou seja, ele não aposta na relicitação em andamento.
HOSPITAL DIA
Durante a visita do governador foi possível entender um pouco mais do anúncio feito pela prefeita Suéllen Rosim para criar Hospital Municipal. O Estado, e prefeitos da região, cobram que, diante da crise por leitos de alta complexidade (UTI) no sistema, as cidades precisam ter suas unidades hospitalares para atendimento de curta permanência.
Internações e casos complexos é papel do Estado. Municípios têm de cuidar do básico, casos mais simples. Mas Bauru tem enorme deficiência e baixa resolutividade na Atenção Básica.
Dai vem o chamado Hospital Dia, um programa anunciado pelo governo do Estado. Suéllen repetiu, na solenidade na Apae Bauru, que vai criar o Hospital (destinar área e construir ou arrumar o imóvel). O governador anunciou compromisso de destinar R$ 10 milhões para equipar uma unidade local do Hospital Dia.
A unidade teria em torno de 60 leitos, para atendimentos de baixa complexidade, para ajudar a desafogar o sistema. São atendimentos de curta duração. O prefeito de Lençóis Paulista, Anderson Prado, presente no encontro, lembrou que “Lençóis, Agudos, Pederneiras, todos temos hospitais municipais para esta finalidade. E Bauru como a maior cidade também tem de ter, porque não há UTI para atender a todos e sem este serviço na cidade, o pouco que tem das cotas estaduais na região são ocupadas por Bauru”, cutucou…
HC
Na visita, o Estado reafirmou o envio, em parcelas anuais, dos R$ 80 milhões para equipar e custeio inicial do Hospital das Clínicas (HC). Neste ano são R$ 30 milhões. O governo do Estado também está aprovando leitos para pediatria, 9 unidades no centro cirúrgico, leitos complementares, tomógrafo, ressonância magnética para o HC… etc… etc…
O secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, apontou que a aposta para o setor é reabrir leitos fechados. Manoel de Abreu em Bauru e o próprio HC (que nem funcionou há vários, vários anos) são exemplos dessa dinâmica. O HC terá, assim, nesta etapa, 52 leitos.
O ex-prefeito Clodoaldo Gazzetta comentou em suas redes sociais, com razão, que R$ 80 milhões divididos em 3 anos não bancam o custeio do HC.
Segundo o governo do Estado anterior, eram necessários R$ 250 milhões para o hospital funcionar pleno. Sua planta é para pouco mais de 300 leitos. Ou seja, R$ 30 milhões ano para custeio dá para manter leitos iniciais, desde que de enfermaria. Com centro cirúrgico e UTIs pediátrica e etc. será preciso bem mais recursos.
Vamos acompanhar.
USP
A Reitoria da USP prometeu, de sua parte, dar andamento à transformação do curso de Medicina em Faculdade de Medicina no campus local. A Faculdade de Medicina será o novo “desenho” da universidade paulista via Centrinho – que ficou desidratado com o contrato entre Estado e a fundação de Ribeirão Preto (Faepa), conforme o reitor Carlocci, presente ontem em Bauru. Ou seja, com o HC funcionando, ainda que de forma parcial em relação a sua capacidade plena de até 312 leitos no Predião (12 andares), a USP se comprometeu em criar a Faculdade de Medicina. A atual é Faculdade de Odontologia.
O HC passará a ter 16 leitos de UTI adulto, além de 40 leitos de enfermaria adulto, assim como 10 UTIs pediátrica e 16 leitos de enfermaria para crianças.
NÃO FALA
Se você quiser discurso fácil, de conteúdo trivial (de afagos e pouco conteúdo), chame o deputado estadual Ricardo Madalena. Mas se quiser uma fala dele – mesmo sobre tema relacionado a àrea em que atuou (transportes) – esquece!
Perguntamos ao deputado, presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa e que teve emprego no Departamento Nacional de Transportes (Dnit) – durante o governo Dilma Rousseff -, sobre a preocupação de 70 cidades paulistas que lhe enviaram carta sobre a relicitação da Malha Oeste… Ele respondeu: – “Estou à disposição. Me envia um email com seu relato disso?” …. (sic)
Ah! Madalena, deputado da região de Santa Cruz do Rio Pardo, atuou com o agora governador Tarcísio Freitas no próprio Dnit, no governo do PT. E até não tem problema nisso! Mas eles parecem ter receio que isso se espalhe (sic)… entre bolsonaristas… (rs) … Pode isso?!
Pior é não responder sobre tema da àrea em que ‘trabalhou’…
ÁREA PEQUENA
O secretário de Educação, Nilson Ghirardello, disse que o lote desapropriado no governo Gazzetta perto do Lar e Escola Rafael Maurício “é de apenas 2.500 m2. E precisava ser pelo menos o dobro para uma escola adequada a ser implantada. Por isso vamos desapropriar metade do Rafael Maurício, que está ocioso, e onde tem espaço suficiente”, comentou.
Trocando em miúdos. O atual governo aponta, sob outro ângulo, que a desapropriação de Gazzetta no lote da Vila São Paulo – como informou o CONTRAPONTO – não serve ao objetivo: construir uma escola infantil no local…. !!!
Outro ponto. A CEI de contrapartida precisa incluir em sua lista questionar por que não foi destinado àrea para escola nesta região como mitigação dos loteamentos que já estão por lá?
E como fica esse terreno desapropriado por Gazzetta para uma “escolinha”, segundo o atual governo. Mais dinheiro da educação sem uso?
CONCESSÃO DO ESGOTO
A primeira audiência pública, com a Fipe, Prefeitura e DAE, para apresentação dos números, dados, da proposta de concessão do esgoto confirmou o que o CONTRAPONTO revelou: os dados de projeção de receita e despesa na concessão e a inclusão de construção de nova ETA (ao lado da atual), além de adutora nova até a Praça Portugal.
A nova ETA acrescenta mais R$ 129 milhões como obrigação à pretendida concessão do tratamento de esgoto, sem contar uns R$ 20 milhões para a adutora. Servidores do DAE e representantes populares marcaram posição contrária à concessão do esgoto.
Veja matéria completa dos dados, com atualização e novos indicadores…
PALAVRA CANTADA
Enquanto a visita do governador transcorria, pela manhã, a vereadora Estela Almagro (presidente da Comissão de Fiscalização) fez diligência no almoxarifado da Educação. E encontrou farto estoque dos milhares de kits do Palavra cantada – tema sob apuração da CEI…
Já ta ligado o modo desapropriação da sec. De educação para 2023.
Pergunta que não cala… Porque a escola na mesma região do vargem limpa não foi prevista no EIV de contrapartidas em espaços publicos institucionais dos lotramentos lá em execução. Não conhecem.os instrumentos urbanísricos ??? De conquistas de terras sem.desapropriações?????
Da sobrando espertos nessa cidade…