Ei! Não esquenta com a imagem de destaque da coluna hoje não… O coerente é pensar que será difícil instalar a nova sede da Prefeitura de Bauru por lá…
Mas tem tanta coisa incoerente por ai, que inserimos essa, em desagravo…
REPROVAÇÃO EMDURB
Não é novidade alguma, infelizmente, que a Emdurb sofre rombo financeiro e acumula dívidas de dezenas de milhões por calotes em encargos sociais (INSS, FGTS…). O CONTRAPONTO detalha há anos a escalada de insolvência da empresa municipal. Também discutimos, o ano passado, o pacotão de socorro à empresa. O atual governo aumentou o valor de contratos e serviços, mas a empresa perdeu contratos e permanece com receita (e despesa) crescente nos anos anteriores. O Orçamento da Prefeitura cobre.
Ocorre que, mesmo com este cenário acumulado de problemas financeiros, rombos, prejuízos, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) reprovou apenas os gastos da gestão de 2022, no governo Suéllen. Bom. O que anotamos é que faz anos que as contas da empresa vão muito mal. O coerente seria reprovar as contas por anos seguidos…
OSSOS DO CEMITÉRIO
O vereador Coronel Meira questionou deficiências na gestão do cemitério Cristo Rei, com ossadas expostas, com dificuldades de identificação, acesso fácil e a qualquer momento, ao interior da unidade. Já detalhamos aqui que, inclusive em sindicância interna, a Emdurb, no governo Gazzetta, identificou falhas, apurou e apontou irregularidades no local.
O CONTRAPONTO, na ocasião, esteve no local, flagrou entrada de pessoas e um “gerente” informal que atua por lá… há anos… A atual administração da Emdurb – que recebe da prefeitura para a gestão dos cemitérios, não considera que as ossadas estejam irregulares no Crsto Rei, cita que as operações em columbários são de ossadas, em geral, de funerais assistenciais, muitos sem procura por familiares. Após 3 anos sem visitação, as transferências são realizadas.
A situação dos cemitérios, com furtos, insegurança, depredação, problemas com gestão e controle de ossadas também é antiga. O coerente seria a situação ser regularizada…
CEI HACKER
O relator da Comissão de Inquérito do caso hacker, vereador Markinhos de Souza, recebeu inúmeras e contundentes críticas ao seu relatório (que contou com aprovação dos colegas Edson Miguel e Marcelo Afonso e os votos contrários de José Roberto Segalla e Eduardo Borgo).
Não foram poucos os adjetivos (fortes) de colegas ao relatório (avaliado como muito ruim) assinado por Markinhos Souza. O documento desconversa sobre partes importantes dos fatos, subverte lógicas e tenta uma guinada obtusa com espaço para personagem de última ocasião, visivelmente içado por oportunismo casuístico.
O relatório incomodou a ponto de ser sobrestado em plenário. Pode ser para evitar mais dissabor diante da eleição (no domingo). Mas pode ser (quiçá) que seja o tempo necessário para que emendas coloquem o conteúdo ao menos na rota óbvia. Markinhos não viu nem mesmo que o cunhado da prefeita, Walmir Braga, confessou, em depoimento à Corregedoria Civil do Estado, que contratou e pagou o hacker Patrick Brito. Nem com confissão do hacker e recibos dos pagamentos (agência Confidence de Araçatuba).
Não havia, aliás, a menor necessidade de buscar metaverso para escrever que, até aqui, não há mesmo elemento comprobatório que ligue a contratação dos serviços sujos à prefeita. O coerente seria escrever o óbvio...
POÇO PAROU
O governo municipal se precipitou em, oficialmente, lançar, ainda no domingo, suspeição de eventual ocorrência de sabotagem na parada de funcionamento do poço Roosevelt III (segundo o DAE na sexta-feira à noite). Tem câmeras, cadeados, “megafone”, alarme…. e telemetria (controle eletrônico, por sensor, da operação da unidade).
O sensato deveria ter sido anunciar, informar, a ocorrência de que o poço parou de operar (sem queimar a bomba). Alguém pode ter desligado (como se lançou suspeita…)? Mas e se ocorreu “sobrecarga”, oscilação na oferta de energia elétrica?
A questão é que moradores do Jd. Petrópolis, Sta Edwirges e uma série de outros bairros que utilizam esse sistema passaram a ter falta de água há alguns dias. E isso, segundo os moradores, não ocorria… As manobras operacionais, interligações e controle de pressão de rede são fundamentos que exigem ajustes e, nem sempre, podem garantir que a água chegue (com “força adequada) às caixas das casas de regiões mais altas…
Por que o investimento milionário no sistema de telemetria, implementado no atual governo, não registrou que o poço Roosevelt III parou de funcionar na sexta-feira à noite? O coerente seria informar a população da ocorrência de falta de água, mas aguardando respostas sobre o que houve e da telemetria…
QUOCIENTE ELEITORAL
Para os que não sabem, a soma dos votos válidos (excluídos nulos e brancos) dividido pelo número de cadeiras (21 para o próximo mandato) forma o chamado quociente eleitoral – quantidade de votos necessários para que um partido, ou federação, preencha uma cadeira.
Levando em conta a média de ausentes nas urnas, entre os cerca de 235 mil bauruenses aptos a votar, a projeção é de que cada vaga seja alcançada quando um partido ou grupo atingir em torno de 8.000 a 8.200 votos. Assim, quem obtiver uns 16.000 votos preenche (direto) duas cadeiras.
Ah.. se mais gente não for votar, ou anular, a projeção cai… Sem problema… O raciocínio é por ai…
Esta é a tendência de “números’ citados entre experientes “contadores” e estrategistas de diferentes partidos consultados. Para prefeito, lembre-se, o total de votos válidos (ao menos na apuração oficial de domingo) não vai contar os votos de Izzo Filho (impugnação por ainda cumprir condenações até 2031, segundo a Justiça Eleitoral). O processo está sob recurso. O coerente é dizer o que precisa ser dito. Sem melindre.
VOTO DE LEGENDA
Um pitaco: não será fácil um partido conquistar 3 cadeiras como se propaga por ai. É impossível? Não! Mas fácil não deve ser. Eleição também tem surpresas, novidades, claro. Mas os caciques mais acostumados com o jogo matemático apostam que três ou até quatro grupos farão 2 cadeiras cada. Mas a terceira vaga teria de vir da combinação de mais dois componentes:
Um deles é o candidato (a) a prefeito (a) puxar muito voto (legenda). Outro fator é que, após o preenchimento das vagas por quociente, a primeira rodada de sobras tem como “regra de corte” o partido ter condições de eleger alguém ao contar com 80% do quociente (6.400 votos pela simulação acima) e o (a) candidato (a) com ao menos 20% de votos (uns 1.600 votos).
A combinação para esta primeira rodada de sobras não seria difícil de ser alcançada por várias legendas… Mas, ei, não fique aflito. Curta o exercício de possibilidades. O coerente é refletir e votar. Isso é o mais importante.
QUEM ENTRA?
A partir dai a briga é quase livre. Quase… porque entram na disputa das vagas remanescentes todos os candidatos que tiveram ao menos 10% do quociente (820 votos, na média). Esta fatia terá um número expressivo de pessoas, inclusive com mais de 1.000 votos.
Um pitaco? Umas 11 cadeiras (um pouco a mais ou menos está valendo… beleza?) serem preenchidas pelo quociente (os cerca de 8.000 votos para cada vaga), de 4 a 6 cadeiras serem alcançadas na segunda rodada (regra 80/20) e umas 4 ou 5 na rodada livre de sobras (quem tiver mais votos, mesmo fora do quociente no partido ou federação entrar).
Uma questão coerente. Com quatro vagas a mais e boa votação individual, o sindicalista Roque Ferreia (in memorian) estaria eleito com facilidade na regra desta eleição 2024 por exemplo (a considerar os mais de 3.000 votos que teve pelo PSOL lá atrás e ficou de fora)…
PESQUISA ELEITORAL
Gente! Esquece essas tabulações irresponsáveis, listinha tupiniquim… que uns gastam energia para plantar em grupos de wattsapp… Não cai nessa não!
E lá vai Bauru na última semana do primeiro turno como uma das poucas cidades do País com segundo turno com quase nenhuma pesquisa robusta e sequencial, periódica, de intenção de voto. Por várias razões, não temos razões para olhar com carinho o que está registrado… Se é que vão divulgar algo e sob quais condições…
Qual o impacto da falta d água nas urnas? Qual o impacto de recape concentrado nesta véspera de clima eleitoral?
O coerente seria ter vários institutos, com cruzamento de dados, para qualificar as amostragens de acordo com nossa realidade.
APURAÇÃO
Ah. Você curte acompanhar os bastidores, análise de resultados, apuração ao vivo, comentaristas, entrevistas? Então anota ai: vou estar com as equipes da rádio e TV Câmara de Bauru, no domingo, a partir das 17 horas, com tudo isso. Um grupo de cinco jornalistas, convidados e informação na hora! Direto das urnas!
Pelo rádio no 93,9 FM (rádio Câmara) e pelos canais abertos (31.3 UHF digital) e Claro Net (10) na TV Câmara Bauru. Opa! E ao vivo pelo site e youtube da TV Câmara Bauru …
Nos encontramos lá? O coerente é a gente transbordar cidadania… Certo?
Parabéns pelas Matérias, as notícias e informações…O ContraPonto é essencial e já virou um Norte na Política e na vida dos cidadão Bauruense que quer estar bem informado!
Pesquisa Eleitoral.
Será que a TV não vai interferir soltando uma pesquisa (duvidosa, daqueles institutos nunca ouvidos), nos 45 minutos do segundo tempo, fica a dúvida!!!
Ótimos pontos, ótimas observações. Acredito que teremos abstenção na casa dos 25% (pensar que 1 a cada 4 bauruenses não se sentiu motivado a votar em ninguém é algo a se pensar)