… “se hoje você espera ler só notícia, não leia! …”
Vamos dar pitaco! Não está “nada bem” … !!!
LIMITES
Não espere “contraponto” trivial nesta circunstância. Fato é fato! Mesmo considerando que “parte dos jornalistas também erra quando acha que sabe de tudo”. E estamos nesse balaio. Mas, veja: O tempo político é de incertezas. E, convenhamos, as indicações são de que “muita coisa não anda bem”.
E, com escusas, pra piorar o que já não está bom, a história do “link” com underline e o pen-drive corrompido ajudam, é preciso, dizer, a esvaziar ainda mais o debate (ausente)… E isso é o pior, de tudo! Perdoe: mas parece um grande “concerto” onde ninguém ouve. Mas, no fim, o som serve a todos…. de uma maneira ou outra.
Ora! Me desculpem. Não se pode afetar tanto o mínimo de racionalidade. Na escrita, underline significa “sublinhar”. E na comunicação informática, o tal caracter é utilizado como uma substituição ao espaço entre as palavras.
Logo, me desculpe. Não faz sentido. Então, por coerência, falemos do que importa.
PROCESSANTE
O plenário do Legislativo não concordou, na sessão desta segunda-feira, por 11 votos ‘Não’ e 8 ‘Sim’, com o arquivamento da denúncia por falta de decoro contra o vereador Eduardo Borgo. Com isso, o processo retorna ao grupo sorteado para a CP, com Estela, Júlio César e Marcelo Afonso.
Vamos repetir o que já escrevemos aqui: o vereador Borgo pede desculpas pelos palavrões que emitiu em sessão plenária. O conteúdo foi gravado por um cidadão.
Ocorre que, tecnicamente, a denúncia é muito capenga. A autora, advogada Mariana Zwicker (anônima até aqui na celeuma), não cuidou de informar quem é o autor da tal gravação. A denúncia que ela assina informa apenas um trecho do conteúdo (gravado por terceiro não identificado). E o processo foi aberto, como manda a lei, sem indicação de testemunhas de acusação.
Do ponto de vista técnico, é muito frágil a acusação. E não se discute o fato. Ele existe. Mas quem escreveu a denúncia não sabe formular uma peça para processo de cassação de mandato… Dizer isso é o óbvio. Mas quem quer reconhecer o óbvio?
UNDERLINE .
Da mesma forma, não parece razoável “esticar” a conversa em torno da validade da prova (por link), anexada ao processo. O pen-drive está corrompido. Fato! Mas o link abre. E, na linguagem de informática, um link sublinhado sobrepõe algo que está em branco (com espaço). “Embaixo” está o underline. Ou seja, o link está lá. E, com ele, é natural o acesso ao conteúdo do trecho da fala do vereador acusado.
Gente! Sem firula. A prova existe. E ela continua sendo falha, editada, e sem identificação do autor que a produziu. Ouvimos vários especialistas, do Ministério Público a Delegados. Professores de Direito…. Todos. Sim! Todos dizem o mesmo: a prova é falha, sem autoria. No “frigir dos ovos”, é mero processo político esticar o que se tem nos “autos”.
POLÍCIA e POLÍTICA
Em nome da mesma racionalidade, temos a obrigação de citar, também, que levar a história do “underline” para a Polícia não nos parece algo razoável. Mais parece um “tiro no pé”. Ânimos assentados (se é que isso é possível nessa histeria política desta fase), esta nova frente implicaria na possibilidade, diga-se, de admitir (é preciso dizer) que a Polícia pouco teria a fazer… Cai, o caso, na questão do “underline”…. E fica o que em pé? Digam ???
Ou seja: assim como apontamos (em contraponto) que a denúncia contra o vereador é ruim, capenga. Também é preciso dizer que a história do “underline”, aplicável ou não, passa longe de suposta “falsidade ideológica”.
Gente! Quem está fora do “vulcão” que não se deixe contaminar pelas labaredas.
Em resumo: a denúncia é ruim. A reação também o é!
E A CIDADE?
Olha! Isto é, ou deveria ser, o que mais incomoda. Com licença, de novo, pelo “apreço ao debate”: essas histórias fragmentadas estão servindo a um propósito, ainda que não seja calculado: ausência do debate, da discussão, dos projetos, sobre os desafios e ações urgentes, imprescindíveis, para a cidade.
Completamos aqui dois meses de ano político (lembre-se que esta contagem tem início com a abertura das sessões legislativas). E, vamos lá:
Depois da medíocre, pobre, rasa, discussão eleitoral de 2024 (onde mais de 115 mil bauruenses, omissos, frágeis, sequer compareceram para votar), qual o momento, até este início de abril, em que organismos locais, a sociedade organizada, as entidades, as representações de bairro, sindicatos, empresariado, cidadãos, representantes eleitos (do Legislativo e Executivo) discutiram, ou apresentaram sobre a mesa (na regra do jogo), temas, projeto estrutural, ação (com começo, meio e fim) sobre a cidade?
É miopia ou cegueira geral? É exacerbação da ignorância (política, social, de senso de comunidade)? Ou é conveniência para uma parte, ou os interessados, esse estado de suposta anestesia política? Suposta porque a ingenuidade nos faz pensar que está bom (para muitos) esse “status quo” de gritos, ignorância, letargia e vazio ….
INGÊNUOS?
O que não falta é esperto nessa “roda viva!”. Alguns donos da terra estão a “mil por hora” nas reuniões do GAE, outros “mandando” no Cadem. Os “amigos do reino” têm “minutas” prontas para a revisão (caseira, com encomenda) do Plano Diretor. Delegados de suas próprias causa… Opa! Acordem!
Os irregulares, idem. Vários deles. Estão “a todo vapor” nas conversações para “acertar corredores” na “atualização” da lei de Zoneamento.
E, para não ficar aqui com jeito de textão de protesto (e não é isso): os calados, os ignorantes (alienados, sem informação, ou vendilhões), estão por ai, nas redes sociais, na mesmice, bancando o “não é comigo”… ou o tipo: “eu não avisei”…. Protestantes de wattsapp! Falsos profetas de redes sociais…
Engolidos pela mesma mediocridade. (vamos admitir, ao menos uma vez, que quem tem proximidade ou sabe lidar com o plantão do poder sempre arruma um jeito de se resolver).
EM CRUZEIRO
Completamos apenas um trimestre de um novo governo. E ai?
Quer um tema? Um único? Ainda que para exemplificar? Vamos lá: o atual governo ficou 4 anos (4 x 365 dias) dizendo que ia resolver a escassez de abastecimento da Captação via rio Batalha. Prometeu desassorear a Lagoa (não fez e não sei se vai fazer!, por várias razões)..
Mas, sem delongas, em apenas dois meses (somente 60 dias): anunciou 4 poços (contando com o Estado em 2 – e o Tarcísio não vai mais fazer!); lançou a ideia de uma “nova reserva” perto da atual Lagoa (depois, em 10 dias viu que “copiar” Curitiba (PR) também não dá); mudou a ação para elevar o aterro da atual Lagoa (alteamento – medida que envolve desapropriar áreas, não se sabe ainda quais e qual o custo…)…
Mas, de prático, o que se tem é a aprovação de autorização de empréstimo de até R$ 40 milhões (cujos custos e alternativas não foram discutidas… porque o projeto entrou e foi aprovado em apenas 7 (sete) dias…)]
Sete dias! Precisa de outro exemplo?
E A CIDADE?
Digam o que quiserem! Discordem! Divirjam (os intelectualmente honestos, claro)… Seria ótimo! Contraponto é, ou tem o propósito de ser, pra isso!
Mas que não venham com “conversa”… Tem muito pavão, maritaca, carrapato e camaleão nessa empreitada. E muito pouco de senso coletivo!
… …
O ano legislativo, o novo mandato, apenas começou. O saldo de dois meses, ou do trimestre, é um desalinho, um tsunami para a depressão!
E a cidade?
….. ……
Hoje (ainda é), dia do jornalista!
Que a coluna seja, ao menos, para lembrar.
Choro por Bauru. Tento em minha pequenez coletiva fazer algo na rede educa Bauru e não somos ouvidos, mas fazemos pequenas ações…enquanto caminhamos para sermos ouvidos…
Partidos políticos, inclusive de esquerda, envolvidos em suas próprias lutas pelo poder. Nossa cidade caminha cada vez mais para um caminho sem volta (logicamente um caminho muuuuito asfaltado…) As rádios e internet mandando bala nos discursos de ultra direita ou religiosos. Você faz um belíssimo trabalho. Viva o jornalismo decente!
Situação esperada para uma sociedade analfabeta politicamente. Este cenário não foge do esperado.
Apenas reforço/repito:
“115 mil bauruenses, omissos, frágeis”
“os calados, os ignorantes”
Parabéns Nelson Itaberá, sempre referência no jornalismo.
O eleitor de Bauru quis e conseguiu, dando ainda mais poderes a quem nunca previlegiou o diálogo. Um rolo compressor em constante pressão para que se forme uma única expressão, a dela.
Deram, além do poder executivo, 16, 17 coleiras, de tamanhos variáveis, do poder legislativo.