N; 74 SUÉLLEN MANTÉM REGRAS DE GAZZETTA PARA COVID ATÉ DIA 17. GOVERNO E ENTIDADES VÃO DISCUTIR PLANO CONJUNTO?
PANDEMIA E DUPLA PRESSÃO
Como já divulgamos, a prefeita Suéllen Rosim afirmou que vai avaliar o índice diário da transmissão da Covid para definir as próximas decisões. Como assumiu “em cima da hora”, prorrogou o decreto que havia sido publicado por Gazzetta até o dia 17, mantendo as regras para Bauru na fase amarela para o controle da pandemia.
A cidade passou de 20.724 casos confirmados da doença e atingiu 300 mortos. O HE tem 66% de lotação UTI, nesta fase com 50 leitos para casos graves. A taxa de ocupação regional é de 68%, segundo o Estado.
Como também projetado, a prefeita estreia no cargo com a mesma pressão que enfrentou Gazzetta no início do ano. Em 15 dias, terá de decidir se segue as regras de Doria ou adota medidas mais flexíveis, tendo pela frente cenário esperado de aumento substancial na transmissão da doença e a cobrança de comerciantes e prestadores de serviços para trabalhar e começar a recuperação econômica.
Se a taxa de transmissão der pico bem acima de 1 (Rt), vai lotar as UTIs. E com o fim do auxílio emergencial a pressão social em razão do desemprego será ainda maior (porque no início da pandemia a União pagou a ajuda. Mas ele foi finalizado em dezembro).
A Educação (municipal) vai enfrentar a resistência pela abertura de escolas? Como?
PLANO DE ANTECIPAÇÃO (?)
A convivência com a pandemia até aqui já “ensinou” a especialistas e gestores que é preciso buscar antecipar o que for possível para minimizar o estrago na saúde e na economia. Pois bem! Está posto, de forma urgente, desde esta segunda-feira 04/01 (o primeiro dia útil do novo governo) a oportunidade (e necessidade) de, enfim, chamar, urgente, empresários, comerciantes, especialistas em epidemiologia, etc… para o “diálogo aberto” anunciado pela prefeita.
Ela repetiu a disposição pelo diálogo. Isso é bom! Essencial, na verdade. Mas o retorno provável da fase aguda da pandemia pede PLANO EMERGENCIAL DE ANTECIPAÇÃO.
E, depois de ouvir autoridades (políticas, empresariais e de saúde) por 9 meses, o CONTRAPONTO elenca alguns pitacos observados pelo caminho (não implementados, segundo o empresariado, por ruído no diálogo com o ex-prefeito). Então vamos lá, citar o que for possível, ainda que para o debate premente:
COLETIVOS
. Os horários de entrada e saída de funcionários (pelo menos nos maiores fluxos em Distritos Industriais e comércio central e corredores de alguns bairros) podem ser escalonados.
. As concessionárias do transporte coletivo, junto com a Emdurb, têm em mãos mapas de horários de maior fluxo (e números) para agir distribuindo linhas (e quantidades de carros) de forma emergencial para esses “grandes fluxos” de trabalhadores.
TRANSBORDO
. Os principais pontos de concentração de embarque e desembarque (como o maior Terminal a céu aberto da região, na Avenida Rodrigues Alves) também pode ser redimensionado (com a distribuição dessas linhas ao longo das várias quadras da Av. Rodrigues Alves ou, até, quando for o caso, para descida em quadras de ruas transversais. Pelo menos nos conhecidos picos (com mais carros concentrados nesses intervalos).
. No auge da pandemia, conversamos com gestores da concessionárias. Eles disseram que formaram esse mapa emergencial e que isso foi discutido com a Emdurb. Faltou negociar de forma concreta o aumento de carros no pico (e redução proporcional fora dele), a fim de equilibrar custos, trajeto, escala, etc.
ESCALA para ABRE E FECHA
. Quando os comerciantes não suportavam mais o acúmulo de perdas, o Sincomércio também conversou com o CONTRAPONTO e informou que elaborou um plano de fluxo. Comerciantes e empresários se dispuseram a setorizar horários. O novo governo tem de abrir esse plano e discutir a ação com os setores locais da economia.
. Por que tem de ser agora, já no início da semana o Plano? Porque o aprendizado da Covid mostra que os abusos de feriados (do Natal e Ano Novo) tendem a fazer “explodir” novos casos em poucos dias. E de forma cíclica. Tomar medidas agora para “interromper” este efeito é fundamental para cortar a progressão geométrica da doença.
CENTRO E DISTRITOS
. Há em Bauru, como em toda cidade de porte médio, indústrias com centenas de trabalhadores. Assim como o “Centrão” concentra mais de 60% dos fluxos de passageiros. Haverá de ser discutido (como o foi no plano não executado até aqui) que (entre os maiores fluxos) os horários sejam escalonados.
. Alguns antecipam abertura para 6h00 de turno (e as linhas de coletivos recebem mais carros nessa mesma lógica). Separar os intervalos em 1h cada um, para abrir e fechar, está nesta discussão, desde antes. E quem abre antes, fecha antes, para garantir a mesma lógica no final do dia. O comércio tem condições de discutir isso também para setorização?
. As entidades do comércio e serviços, assim como as plantas industriais, têm os números e fluxos de mobilidade dos maiores contingentes, cruzados com os mapas da Emdurb para os coletivos?
FARMÁCIA E MERCADO
. Todos já estão “carecas” de saber que o problema é aglomerar. Então até farmácias e supermercados têm de “entrar na roda”. Como assim? Tem cidade que adotou registro (para controle) de quantidade de frequência por família (por semana). Se todos os consumidores devem comprar com nota fiscal (como manda o figurino), é praticável supermercados e farmácias realizarem controle pelo CPF? Será que é preciso esperar a Covid “apertar” de novo para cada pessoa, por família, ir 1 vez por semana, alternando CPF com final par e ímpar, entre os dias, também para distribuir o fluxo?
. Gente! A esta altura não temos o melindre de receber comentário de que “tal regra não funcionará”…. desde que por DIÁLOGO (tão repetido) e com argumentos técnicos, logísticos. É a vida coletiva (de saúde e econômica que está em questão). Certo?
SUBSIDIAR DELIVERY
. Então não está na hora dos supermercadistas e donos de farmácia incentivarem a compra com entrega delivery, mas com a taxa de entrega com 50% de desconto para o consumidor. (Os empresários bancam a metade, sem, portanto, reduzir o ganha pão do transporte dos motociclistas). Ora, ora! Esses setores foram muito bem na pandemia. Tudo certo! Todos precisam comer e os doentes tomar seus remédios. Mas se é pra discutir uma saída emergencial, então vamos começar pelo bolso de quem agregou mais no faturamento até aqui?
CORTAR FESTAS (DE FATO!)
. Minha dúvida (leiga) continua sendo para situações (sanitaria e epidemiologicamente falando) sem saída: festas, baladas (ambiente fechado). Nesse caso, o mesmo governo que tem a obrigação de dialogar saídas coletivas (seguras) tem de exercer, com firmeza, seu papel de regulador: turnos especiais de fiscais e Policiais (atividade delegada) para autuar nos horários que importam. (Ou alguém acha que não se aprendeu como se organizam essas festas, os endereços mais manjados e os estabelecimentos que insistem em abrir com lotação de jovens (?)… Se não tem fiscal suficiente, concentra equipes menores para trabalhar só nos dias noturnos? Ou paga hora extra. É emergencial ou não isso tudo?
. Os serviços que forem possíveis de serem realizados em home office têm de ser autorizados. Parece óbvio… mas faz 10 meses que se ouvem lamúrias, reclamações e o tal diálogo não sai… Está nas mãos (e no verbo) de Suéllen a chance de mudar essa história.
. Tem segmento que não vai se encaixar na regra de mínima garantia de não aglomeração. Ai gente! Tem de aplicar o que resguarda a saúde coletiva. Paciência! Temos anotado mais uma série de outros pontos que colhemos com empresários, gestores, comerciantes. (Mas o conteúdo aqui já está muito longo….)
Pra que esperar explodir o contágio?
ELEIÇÃO NA FUNPREV
Conselheiros eleitos pelos servidores e indicados ainda por Gazzetta elegem hoje, às 10h, o presidente da Funprev para 2021-2022. Há reações, entre vários segmentos do funcionalismo, pela oxigenação no comando tanto da Presidência do órgão quanto dos conselhos Curador e Fiscal. Mas Gazzetta fez escolha por vários conselheiros da velha guarda.
A lei 4830, que rege a Funprev, precisa de vários ajustes. Assim como é preciso discussão orgânica (de governança) para o organograma recheado de cargos (como a meia dúzia aprovada ainda no final de 2020 para fugir da rejeição de contas feita pelo TCE)….
O revezamento entre um mesmo grupo nas rédeas da fundação é visível! E isso não é bom em nenhum órgão!
SECRETARIADO
Os secretários do no governo tomam, literalmente, seus lugares hoje na Prefeitura, DAE, Emdurb, Cohab… Suéllen disse que as duas primeiras semanas serão utilizadas para identificar o que é urgente, o que não pode esperar para decidir.
Serviços permanentes vão continuar sendo realizados pelo funcionalismo (que já fazia isso).
Não podemos esquecer da Dengue, Zika, Chicungunya e que no momento, 32 pessoas aguardam por leito. Uma delas, há 88 horas. O período de chuva também não pode ser esquecido em função dos estragos eternos que causam na cidade. Além disso, a Sebes não poderá fazer apenas assistencialismo. Vai precisar inovar. A capacitação precisa ser levada em conta urgente… Eu poderia citar diversos outros desafios que a gestão tem pela frente. Mas, nesse momento, precisamos crer que os antigos problemas serão resolvidos, e que o DIÁLOGO, nessa gestão, funcione de fato.
Excelente, cirúrgico, notável e pq não dizer essencial… Precisa começar agora um plano para evitar o fechamento economico é o contagio do vírus.
Acib, Ciesp e Sincomercio já devem se agilizar em agendar reunião com a prefeita eleita e debater com a sociedade um plano emergencial a fim de conseguir manter empregos e renda para as famílias de Bauru. Lembrando que o governo federal mandou cerca de 47 milhões para Bauru por conta da pandemia (salvo engano) e que o auxílio emergencial acabou em dezembro. Nossa economia não pode parar.
Sou auxiliar de creche e está tudo muito duvidoso.
Será que a prefeitura dará aos funcionários da educação os equipamentos necessários para trabalho, como as máscaras tipo aquelas que médicos e enfermeiros usam? Pois na hora da troca de fraldas infantil, infantil 1 e infantil 2 colocamos as crianças nos trocadores e ficamos em contato direto com as crianças.