COLUNA CANDEEIRO 25092020 NELSON ITABERÁ

N. 82 Suéllen e Orlando acertam e erram nas primeiras ações para conter Covid

N. 82 SUÉLLEN E ORLANDO ACERTAM E ERRAM NA PRIMEIRA AÇÃO PARA CONTER COVID

 

PRIMEIRO DECRETO

Depois de muita discussão interna (necessária), de horas, a prefeita Suéllen Rosim e o vice, secretário de Saúde Orlando Costa Dias, definiram as regras (a primeira decisão do atual governo) para a Covid-19.

Na visão do CONTRAPONTO, eles acertaram ao corrigir o equívoco estrutural dos decretos anteriores em relação ao tempo autorizado para abertura de estabelecimentos. Se a lógica de contenção da Covid é evitar aglomeração, os decretos que reduziram horários incentivaram, ou no mínimo, reduziram alternativas para que muitas pessoas não se encontrassem em um mesmo intervalo de tempo.

ESPERADO

Em outro aspecto, a prefeita e a vice aplicaram o óbvio: praticamente as principais regras definidas pelo governador João Doria para a fase laranja. Na prática, para o objetivo de “contenção” de transmissão de vírus (sob a informação oficial de lotação alarmante de internações e de constatação de novos doentes) a mexida em “poucos” pontos percentuais tem efeito prático questionável para o que se pretende: conter a escalada da transmissão.

Até porque o crescimento é exponencial e não linear. “Quebrar a cadeia” para impedir que 8 casos repassem para 16 e estes gerem 32 exige além…

Nem o setor empresarial, nem as representações, e nem o governo tiveram tempo (ou se permitiram iniciar discussão) para avançar em escalas de horários distintos para fluxos da mobilidade social setorizada…

FUNCIONALIDADE

Observamos a posição de especialistas, como Carlos Magno Fortaleza da Unesp Botucatu, por exemplo. Eles enfatizam que para “barrar” a evolução rápida de transmissão a medida necessária é ser regras mais duras por 15 dias. “Quebra” o ciclo ascendente, derruba o Rt (taxa de transmissão) e ai retoma atividades em patamar mais seguro.

Ao mesmo tempo, agilidade na vacinação! Claro! Ou seja, para especialistas sem viés político-partidário, os referenciais de percentuais das fases do Plano SP são frágeis, discutíveis. Já dissemos isto aqui. Mas é o que está em uso…

E o governo paulista continua com o mesmo “jogo”: impõe regras por cores, puxando pra lá e pra cá, mas não resolve a oferta de leitos de internação! Não dá!

FISCALIZAÇÃO

De outro lado, a prefeita e o vice erraram ao escalar 1 equipe de fiscalização nas ruas neste final de semana. Há decreto em vigência e não é dado o direito ao poder público de não cumprir sua missão de fiscalização. O tempo todo. Deveria ser operação especial neste momento!

Esta regulação é fundamental e com uma só equipe o governo avaliza a impunidade. A pandemia nesse estágio grave exige atuação fiscalizatória perene, abrangente, na proporção da gravidade deste período. Jogar para frente também é submeter os bauruenses que respeitam as regras ao risco dos abusos deste final de semana. O vírus não espera!

VOLTA ÀS AULAS 

O adiamento da definição para o retorno ou não das aulas na cidade é prejudicial. A prefeita já disse que sua premissa é o de retomar as atividades. Mas “esticar” mais uns dias retira, a cada 24 horas, tempo precioso de empresários de escolas privadas (e das gestões na pública) para planejar, agir.

EDUCAÇÃO 

O CONTRAPONTO registra que alguns poucos integrantes do legítimo movimento (em carreata) pela defesa da volta às aulas precisam se reciclar. Mães, educadoras (poucas, para ser justo) entram nas páginas de redes sociais de outras pessoas enfurecidas, atacando, sem respeito a opiniões divergentes. E olha que o tema é educação!

O “rompante psicológico-comportamental” vai a tal ponto que (se postam conteúdos ofensivos (ou se bombardeiam comentários em revezamento contra opiniões diversa do que ‘acham’) são as primeiras a reclamar pelo “direito” (sic) de manifestação.

Rede tem etiqueta social. É comunicação na página alheia. A “liberdade” de opinar não autoriza ninguém a ofender e nem a “rabiscar” desenfreadamente o diálogo de outras páginas. Para isso, usem as próprias. Oras!

Pra quem enfrenta esse dissabor na gestão de página nossa sugestão é: utilize filtros de moderação, na configuração. Palavras ofensivas caem. E limite número de comentários por cada pessoa. Dois são suficientes! É o remédio menos amargo para oxigenar a socialização de quem não tem noção de convívio em diálogo social, ainda que eletrônico! E por ai vai…

VIADUTO DA CRUZEIRO

Em audiência pública próxima do final do ano passado, tanto o representante da ViaRondon quanto da Secretaria de Obras disseram que estava tudo ajustado para o início da instalação do Viaduto.

Inclusive defenderam “adequações” que reduziram alças de entrada e saída do futuro viaduto exatamente para evitar desapropriações. “Estava tudo resolvido”, segundo eles. Está gravado!

Agora, a Via Rondon diz que acionou o governo para resolver pendência com desapropriação…. O que então não deu certo? O que furou?

ÁGUA ‘BARRENTA’

Lembra quando falamos da necessidade do DAE ter revisão em gestão e governança? Então vai um exemplo didático simples, mas de efeito. Há poucos dias a autarquia anunciou redução na produção de água captada na Lagoa do Batalha por água turva. (Chuvas intensas na cabeceira, perto da lagoa, em afluentes, assoreamento, carreamento, ausência de controle de produtores lindeiros, estradas sem microbacias nas proximidades…).

E ai: se não chove falta água e se chove, também!

E o que isto tem a ver com governança, mudança de postura em setores internos, de comprometimento funcional? O DAE informou às 18h30 já da sexta-feira, em nota, que a produção do Batalha caiu a menos da metade. Pelo menos motivo: água turva!

Bairros inteiros deveriam ter sido informados antes!

Precisa dizer que o barro não desembarcou na lagoa às 18h30 da sexta? Precisa dizer que faltou monitoramento, antecipação e houve falha no monitoramento da lagoa? … Eita!

SINAIS

Servidores comprometidos, preparados e bons trabalhadores do DAE: os desidiosos, os que ficam na sombra, estão pondo seus postos de trabalho em xeque! Prejudicam, e por vezes sorrateiramente, a eficiência e produtividade, gerando prejuízos à imagem e aos resultados na prestação de serviços da autarquia junto aos consumidores…

Um desserviço perigoso… Na rádio peão diria que se esticarem muito essa corda, ou por muito tempo. ela arrebenta! E sabe do lado de quem? Pensem nisso!

Ótimo domingo e semana a todos! No CONTRAPONTO não temos tabu! Dialogar é preciso! Receba avaliações, apontamentos, como sugestões!

ATENÇÃO: LEIA NO DOMINGO ÀS 18h00 AQUI NO SITE: EM BUSCA DA BOLADA MILIONÁRIA PARA ALIVIAR AS CEREJEIRAS! 

 

2 comentários em “N. 82 Suéllen e Orlando acertam e erram nas primeiras ações para conter Covid”

  1. A prefeita tem que se utilizar do convênio com a PM sobre a atividade delegada utilizando-se dos policiais militares para a fiscalização. Deve imporboessdas multas a que descumprir a lei, multando inclusive os participantes das aglomerações. Opinião pessoal

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