Nova secretária de Saúde aponta desperdícios na gestão, quer 60% dos serviços na rede básica em 18 meses e confirma risco na jornada de 15h de médicos

A audiência pública foi longa, mas sob o ponto de vista de dianóstico nem precisava. A nova secretária de Saúde de Bauru, Giulia Puttomatti, disse hoje que o maior desafio será eliminar perda de verbas junto ao Ministério de Saúde em razão, por exemplo, da realização da jornadas “picadas” de 15h ao invés de 20h semanais, ampliar resolutividade e ter mais gente atendida em Unidades Básicas (UBS).

O diagnóstico é o mesmo desde os governos anteriores. A quarta titular da Saúde no governo Suéllen avaliou o mesmo que Orlando Costa Dias, Alana Trabulsi e o interino Ezequiel Santos. As diferenças estão em dados apresentados e o estilo de cada um.

Giulia apontou, logo no primeiro slide, que a cidade perde recursos no setor por pelo menos 4 vias. A jornada reduzida dos médicos, um lobby ajustado no governo Rodrigo. Com 15h, salientamos há tempos aqui, o Ministério não credencia serviços novos (exige 20h semanais). “É um desafio enorme ajustar isso, hoje as jornadas são picadas”, confirmou.

Mas Puttomatti citou defeitos atuais, portanto também do atual governo. “Temos de forma surpreendente para cidade do porte de Bauru a informatização muito baixa na àrea. E temos repasses menores com perda de receitas na gestão. O que entra no Esus é lento e o sistema daqui não conversa com o nacional. Temos desperdício gerencial e dois processos iguais para mesma demanda”, apontou

Ou seja, a nova secretária não passou o pano. Não deixou de apontar falhas na gestão, em procedimentos e controles administrativos frágeis.

PLANOS

A secretária disse que a meta é buscar 60% do atendimento em serviços básicos até o final deste governo. Mas com a reconhecidade baixa resolutividade e falta de equipes é improvável que consiga atingir o objetivo.

Além da cultura de procura por UPAs – e pela falta de profissionais -, Bauru tem apenas 17 equipes da Saúde da Família (precisam ser 70) e 120 agentes de controle de endemias (são necessários 229)…

Mas tem um obstáculo adicional: mesmo sem recursos para investir em UBS, USF e etc, a prefeita anunciou um Hospital Municipal. A secretária enfatizou: “O Município não tem condições de custear um hospital, da ordem de 50, 60 milhões ano“.

Giulia tem razão! A prefeita vai entrar em possível programa junto com o governo do Estado – que disse não ter verba nem para por 300 leitoz no HC…

Vai ser mais uma onda do cobre um cobertor e descobre outro. Continuarão faltando leitos para UTI.

De outro lado, na prática o PS já é mini hospital. Atende urgências de trauma, infarto e o ex-posto Covid tem leitos de permanência, enfermaria e hoje secretária acrescentou serviços de ortopedia por lá.

Enfim. Foram confirmadas contratações em andamento e Giulia não informou o valor do leito dz UTI pediátrica no contrato a ser firmado com o Hospital Beneficência Portuguesa.

Ah! Os dados da dengue, mesmo com confirmação com atraso por causa do sistema nacional, explodiram. Mas, oficialmente dizem que a epidemia não está no nível 3 (quando a nebulização é aplicada, por exemplo)…

Mas citam que vão nebulizar…

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