Nubank x Itaú: quando o mundo muda e você nem percebe

Essa semana, o Nubank – por alguns instantes, durante o pregão de sexta-feira – superou o valor de mercado do Itaú, se tornando o banco mais valioso do nosso país em ‘valuation’. No final do dia, o Itaú recuperou a liderança, mas por pouco. Terminou o pregão valendo R$ 290,3 bilhões, enquanto o Nubank fechou o dia cotado em R$ 289 bilhões.
A briga entre as duas instituições deve continuar nas próximas semanas, meses e, talvez, anos, com o Nubank sendo apontado pelo mercado como o virtual vitorioso nessa disputa. Um detalhe para destacar: o Itaú nasceu em 1944 (como Banco Central de Crédito) e esse ano completa 80 anos, já o Nubank foi fundado em 2013, tem apenas 11 anos.
Por que é importante destacar essa movimentação? Porque são essas mudanças que apontam para o futuro e quem quer estar no mercado nos próximos anos precisa ficar atento.
Quem é o Nubank do seu segmento? Já parou para pensar nisso?
Porque o Nubank deve ultrapassar o Itaú (e não deve demorar muito)
O mercado vai responder essa pergunta olhando os números. O Nubank tem cerca de 100 milhões de clientes e é a maior plataforma financeira fora da Ásia. Essa quantidade tende a aumentar e, com ela, as oportunidades para o banco vender ainda mais produtos para os seus clientes.
O Nubank não tem agências físicas, o que deixa seu custo operacional cerca de 85% menor em relação aos bancos tradicionais. Além disso, a empresa está em expansão global, nesse momento ampliando sua operação para o México e a Colômbia. O que virá depois?
Embora o Nubank tenha tido um lucro anual de R$ 5 bilhões em 2023 (contra R$ 35 bilhões do Itaú no mesmo período), de acordo com artigo do Grupo Suno, um relatório recente do próprio Itaú considera o Nubank sua ação preferida entre os bancos para o mês de maio.

Pela projeção dos analistas, a empresa deve lucrar R$ 11 bilhões em 2024, com 33% de ROE.
Como se isso tudo não fosse suficiente, existe uma outra razão para acreditar que o Itaú não tem chances contra o Nubank: a mudança de comportamento dos consumidores.
Quem (ainda) tem conta no Itaú, com certeza, é um cliente mais velho, o público jovem que começa a usar o sistema bancário não cogita a possibilidade de ter que ir a uma agência, ter que conversar com um gerente e – principalmente – pagar taxa para tudo.
Além disso, mesmo os clientes bem mais velhos quando começam a dominar a tecnologia e a entender como funcionam os aplicativos passam a usar menos o sistema bancário tradicional. Contra essa mudança não há o que fazer a não ser aceitar. A evolução está em curso, os sinais estão aí para todos.
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Gustavo Candido é consultor de marketing digital. Também é jornalista e autor de livros sobre Trade Marketing, Atendimento e Multicanalidade, Cadeia de Suprimentos e Gestão de Marcas que você pode encontrar na Amazon.
Instagram/Threads: @gustavocandidomktdig; LinkedIn: gustavo-candido

 

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