Você se lembra quando lia uma notícia ou ouvia uma palestra sobre o avanço do e-commerce e pensava “ah, mas isso ainda vai demorar muito para acontecer”? Pois é, no que diz respeito ao avanço do comércio eletrônico, todos os dias a realidade bate à porta mostrando como as coisas mudaram.
Na última semana, o tema foi: as vagas no varejo. Segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), feito pelo economista Fabio Bentes, a pedido do jornal Estadão, a transformação digital do varejo, acelerada pela pandemia, tem mudado o perfil do emprego no comércio.
A figura do vendedor tradicional, por exemplo, está em baixa e não há nenhum sinal de que essa situação vá mudar. Já as funções ligadas diretamente ao varejo online foram as que mais aumentaram as contratações com carteira assinada entre 2019 e 2023, sendo as de maior crescimento auxiliar de logística, expedidor de mercadorias e estoquista.
Na matéria do Estadão assinada por Márcia De Chiara, Fabio Bentes avalia que “o varejo está demandando profissionais com características diferentes do que demandava antes da pandemia”. A crise sanitária acelerou a digitalização do consumo e o movimento – sem volta – não para de avançar.
O que esperar do futuro?
O caminho já está traçado. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), a estimativa de faturamento do e-commerce em 2024 é de R$ 205,11 bilhões, gerados por 90 milhões de compradores, com ticket médio de R$ 490,00. Os números impressionam, mas representam menos de 10% das vendas do varejo como um todo. Ou seja, há muito espaço para crescer.
Todo negócio precisa ter também um e-commerce!
Quem vai investir no comércio eletrônico, além de criar um ambiente seguro para transações comerciais e que permita uma navegação fluída pelo consumidor deve apostar em:
Atendimento humanizado – Embora os avanços da Inteligência Artificial sejam grandes e todo dia surja um sistema novo de auxílio no atendimento ao consumidor, as pessoas querem ter seus problemas resolvidos de forma rápida e eficiente por seres humanos. Não basta colocar chatbots em tudo e achar que a questão está resolvida.
Pagamento rápido e fácil – O cliente deve poder pagar pelo o que compra na forma de deseja, por isso os métodos oferecidos devem ser variados. Pix é fundamental para qualquer negócio. O método de pagamento criado pelo Banco Central é um sucesso entre os consumidores pela praticidade e velocidade e quem vende precisa utilizá-lo.
De acordo com a pesquisa Global Insights, da Serasa Experian, realizada com mais de seis mil consumidores de 20 países, incluindo o Brasil, quatro em cada cinco entrevistados dizem que uma experiência online positiva faz com que admirem mais uma marca. Isso significa que há uma grande chance de voltarem a comprar seu produto.
Você já está investindo no e-commerce? O que está esperando?
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Gustavo Candido é consultor de marketing digital. Também é jornalista e autor de livros sobre Trade Marketing, Atendimento e Multicanalidade, Cadeia de Suprimentos e Gestão de Marcas que você pode encontrar na Amazon.
Instagram/Threads: @gustavocandidomktdig; LinkedIn: gustavo-candido
Sim houveram mudanças significativas no varejo e na relação vendedor consumidor após a pandemia. Mas acredito que para alguns segmentos do varejo, como o de automóveis, motos, mobiliário e outros não perderão espaço para o e-comerce, pois o encantamento do cliente qdo se depara presencialmente com um bom e sedutor vendedor(a) faz toda diferença e impacta muito na decisão da compra.