Prefeitura conclui parque linear no Jd. Rosa Branca com equipamentos de lazer. Plano Diretor tem ‘lista de espera’ com erosões e lixão na periferia

Parque linear não é só equipamento que muda a paisagem urbana e colabora na redução de erosões. Traz pertencimento à comunidade. Bauru tem enorme carência desse equipamento, embora tenha vários deles listados apenas no papel – inscritos há anos como anexo no Plano Diretor (PD).

No último sábado, o governo Suéllen entregou as obras de drenagem, esporte e lazer do Jardim Rosa Branca, que servia a lixão e mato na região Noroeste, no quarteirão 15 da avenida Pinheiro Machado, esquina com a rua José Portela Cunha. Um investimento de cerca de R$ 5 milhões e com mão de obra da Prefeitura.

No local, além de tubulação pluvial, galerias e canalização, foram construídas quadra de basquete 3, de vôlei de areia, minicampo society, playground, academia ao ar livre e pista de caminhada.

A erosão no fundo fe vale deu lugar a espaço para uso pela comunidade. A obra de canalização do córrego que passa sob a avenida Pinheiro Machado, afluente do córrego Água da Grama, vai ajudar na contenção de chuva. O córrego foi canalizado, com a implantação de 300 metros de células de concreto com diâmetro de 4,00m x 2,60m, nos quarteirões de 1 a 4 da rua José Portela Cunha e quarteirão 15 da avenida Pinheiro Machado.

Novas bocas de lobo e caixas de centro na interligação de ruas,  direcionam as águas pluviais para o córrego. As intervenções ajustam o talude, evitando danos aos imóveis das imediações. Além da drenagem do córrego foram pavimentados os quarteirões de 1 a 4 da rua José Portela Cunha, uma antiga reivindicação dos moradores do entorno, e recapeadas outras ruas.

MAIS PARQUES?

A ampliação da impermeabilização é defeito crônico de Bauru, de um lado. De outro lado, a falta de parques lineares e a deficiente arborização alimentam calor e processos erosivos.

A instalação ambiental, com espaços verdes, de drenagem e equipamentos de uso comunitário no entorno é uma necessidade pendente de vários governos.

Rodrigo Agostinho fez decretos de “parques de papel” – reservando inúmeras àreas para a finalidade ambiental e de preservação.

Espalhou decretos sem, contudo, implementar parques. E errou ao não conciliar regras urbanísticas que permitem exploração imobiliária com criação bem mais barata de equipamentos verdes e de lazer. A Floresta Urbana é o exemplo recente maus caro (e sem frutos). Bauru pagou R$ 34 milhões por cerca de 93 mil m2 de vegetação cravada no urbano – e até hoje não tem nada lá. Até hoje essas regras aguardam regulamentação através de lei.

Clodoaldo Gazzetta anunciou 10 parques lineares, aproveitando a bolada de R$ 53 milhões da venda da operação bancária da folha de salários junto ao Bradesco. Anunciou, nesta ocasião, fazer o Parque Àgua Comprida. Não fez nenhum!

O fundo do Pq Camélias continua “largado”. A novidade é que a erosão do Sambódromo amplia o ‘esqueleto urbano’ que torna msis feia a paisagem na região.

Suéllen Rosim recebeu recursos de construtora (de graça) como contrapartida para a fase 1 do mesmo parque.  Mas desviou o uso da verba para uma rotatória de acesso para a marginal da Rondon. A mudança de destinação foi questionada (mas “não deu em nada”). E o Sambódromo está, continua abandonado, com demorada contratação ainda do futuro projeto para recuperar o local.

Onde não tem parque, a erosão, o lixão e a drogadição tomam conta. Eis três razões primárias suficientes para exigir dos prefeitáveis neste 2024 compromisso (efetivo) com mais instalações de parques como o do Jd Rosa Branca, sobretudo na periferia.

 

 

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