
O procurador Jurídico Idomeu Alves de Oliveira Júnior está se afastando da presidência da Associação dos Procuradores Jurídicos do Município de Bauru (APJMB) após deflagração da Operação Grileiros nesta sexta-feira pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.
Idomeu teve telefone celular e computador funcional apreendidos pela manhã, quando o Gaeco cumpriu busca e apreensão na sede da Secretaria Jurídica da Prefeitura, na Vila Universitária. Até o momento, o procurador não se manifestou sobre o caso.
Em nota, a Associação citou que a “APJMB respeita o trabalho investigativo do Ministério Público e confia na condução responsável do processo legal, com a observância do contraditório e da ampla defesa. Reiteramos que eventuais desvios de conduta, caso comprovados após o devido processo legal, devem ser punidos com rigor, nos termos da legislação vigente, independentemente do cargo ocupado”.
Nilo Kazan, vice, deve assumir interinamente a associação. “A Associação reafirma seu compromisso com a ética, a legalidade e a transparência no exercício da função pública. A carreira dos procuradores jurídicos de Bauru é formada por profissionais concursados, que atuam com zelo, responsabilidade e dedicação à defesa do interesse público. Confiamos no trabalho do Poder Judiciário e das instituições responsáveis pela apuração dos fatos, certos de que a verdade será esclarecida com isenção e justiça”, traz a nota.
INVESTIGAÇÃO
Conforme divulgado pelo CONTRAPONTO logo pela manhã, “nesta sexta-feira (11/4), com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Grupo Organizado (GAECO) deu cumprimento a mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Bauru, em um movimento que configura desdobramento da Operação Grileiros. Com o prosseguimento das investigações, identificaram-se novos alvos relacionados à organização criminosa destinada à grilagem de imóveis em Bauru”.
Nessa nova etapa da apuração, o “GAECO mira possíveis atos de corrupção envolvendo procurador jurídico da Prefeitura de Bauru, com a participação de um corretor de imóveis e de outro integrante da organização criminosa. Identificaram-se, ainda, falsários situados na capital, que auxiliavam na falsificação de contratos de cessão de direitos possessórios utilizados posteriormente pela organização criminosa em ações de usucapião e adjudicação compulsória”.
A segunda fase da operação foi deflagrada nas cidade de Bauru e de São Paulo e contou com a participação de promotores de Justiça, servidores do Ministério Público, policiais militares e policiais civis. Até agora, a Operação Grileiros já resultou no cumprimento de mais de 40 mandados de busca e apreensão, decretação de diversas prisões preventivas, medidas cautelares pessoais e sequestros de vários imóveis apontados como sendo possíveis produtos de crime. As investigações prosseguem.
MUNICÍPIO
Em nota, o Municipio fala:
“A Prefeitura de Bauru, por meio de sua Procuradoria Geral, informa que acompanha desde a primeira fase os desdobramentos da Operação Grileiros, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). A nova etapa da operação ocorreu na manhã desta sexta-feira, com diligências realizadas na Secretaria de Negócios Jurídicos.
“Desde o início, a Prefeitura tem colaborado de forma ativa e transparente com o Ministério Público e o GAECO, fornecendo documentos e informações que foram fundamentais para o avanço das investigações e para o desencadeamento da operação. No desdobramento ocorrido nesta data, a Administração Municipal reforça que segue à disposição das autoridades para contribuir com o que for necessário.”, encerra a nota.
Assim que é. A ganância imperando sempre!!!