A reforma da Malha Oeste pode naufragar e, com ela, o projeto da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de que algum investidor esteja disposto a por R$ 18 bilhões na recuperação de mais de 1.600 km de trilhos e estruturas complementares entre Corumbá (MS) e Mairinque (SP).
O fracasso da relicitação do ramal é péssimo para Bauru, tanto do ponto de vista estratégico quanto econômico. O mesmo prejuízo envolve 70 cidades paulistas cortadas pelo ramal. A imprensa matogrossense divulga que o governo de Mato Grosso do Sul converge com o de São Paulo e empresas estratégicas no interesse de transporte de grande volumes por ferrovia. A questão é que todos preferem recuperar a outra Malha, entre os dois estados.
A mobilização ocorre após a conclusão de que a retomada da linha Corumbá (MS)-Bauru (SP) demanda investimentos estimados em cerca de R$ 18 bilhões e a concessionária, a Rumo Logística, avalia como inviável o retorno de recursos desse porte. Além disso, o CONTRAPONTO já havia levantado inconsistência no custo exigido para recuperar a Malha Oeste, em detrimento a linha já operacional saindo do Mato Grosso e que acessa o Porto de Santos.
A imprensa do outro estado aponta que o governador Eduardo Riedel (PSDB) disse – como em recente declaração ao Campo Grande News -, acompanhado pelo secretário de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, que é inviável o projeto da Malha Oeste (relicitação). Não por acaso, o governador de SP, Tarcísio Freitas, evita discutir o tema. Há tempos. Ele foi ministro dos Transportes e sabe detalhes da pendência (e conhece todos os interesses do plano). Mas…
DESATIVADO?
A discussão inclui a possibilidade de desativar o trecho entre Três Lagoas e Bauru. O argumento operacional e financeiro é o de outra rota atende ás necessidades. Esse ramal, como se sabe, tem trilhos em uso vindos de Mato Grosso, a Malha Norte, atravessando Mato Grosso do Sul perto da divisa e chegando a Aparecida do Taboado.
No local, a ponte rodoferroviária sobre o Rio Paraná acessa São Paulo, na Malha Paulista. Este ramal já está com renovação de contrato bem avançada. Bauru teria pouquíssimos incestimentos. Alguns ajustes em àrea urbana e viaduto adicional perto do Mary Dota.
O governador Riedel declarou à imprensa de seu estado que não há “sentido logístico” e nem financeiro em manter duas ferrovias paralelas. Para o Estado se conectar a essa rota defendida, está sendo estruturada uma ferrovia privada, de cerca de 80 quilômetros, entre Três Lagoas e Aparecida do Taboado, que atende as empresas de celulose Eldorado e Suzano, instaladas naquela cidade e que manifestaram interesse em fazer a obra, com tratativas em curso”.
Essas mudanças exigiriam investimentos da concessionária de R$ 5 bilhões, mais de 3 vezes menos do que o custo da Malha Oeste que também corta Bauru.
O governador acrescentou detalhes das sções, conforme o Campo Grande News: “Eu não tenho dúvida que ativando esse trecho, Campo Grande até Aparecida do Taboado, o volume de carga disponível e que vai aparecer independente dos contratos de longo prazo, são gigantescos. Estamos falando de soja, de milho, de etanol de milho”, diz, citando a empresa deste setor Inpasa, que vai instalar uma unidade com investimento de R$ 1,2 bilhão em Sidrolândia e poderá utilizar o trecho, ainda, para levar combustíveis.
Experiente e representante dos Ferroviários, o ferroviário Roberval Placce reconhece a pressão dos grandes investidores em celulose, grãos, carne e combustíveis na definição dos “rumos” no setor. Contudo, ele cita que diversas frentes discutem com o governo Lula o plano estratégico nacional de retomada das ferrovias.
A privatização das ferrovias foi um crime.
Gestão de “Bauru dormente”
Com essa prefeita e parte da câmara composta de quem não atua, Ferrovia como um dia foi, nunca mais.
Resumindo tudo isso vamos ficar de Corumbá a Mairinque sem circulação de trens e logo ,logo sem as linhas que com certeza vão ser vandalizadas e roubadas…
Não se trata de Prefeitura e sim de uma Casta Burguesa Bauruense que não deixa chegar investimentos na cidade, para não aumentar seus custos com funcionários, é o modo Coronelismo de governar.
Bauru esteve estagnada por muitos anos. Os mandatários daqui nunca fizeram nada pela cidade e não deixavam que as empresas viessem para cá. Com esse governo dinâmico houve uma mudança significativa. Abriram- se as portas, empresas vem chegando e os petistas, que vão pra cuba e fiquem de boa lá.