QUEM VIVEU, VIU…

Por Antonio Pedroso Junior

 

Envelhecer faz com que vejamos coisas inimagináveis anos atrás.
Quando os movimentos populares realizavam manifestações durante a semana, muitos postavam vídeos dizendo que estes atos eram coisas de vagabundo e que eles, como cidadãos ordeiros, estavam trabalhando. Agora realizam manifestação durante a semana se esquecendo que os que interditam hoje a Rodovia Marechal chamavam os outros de baderneiros.

Mas com uma diferença. Quando os movimentos populares realizam a interdição, a polícia chega para reprimir e no movimento dos engomados ela chegou é antes, para garantir a ‘segurança’ dos manifestantes.
O conhecido Padre Sem Capela, conclamou o comércio a permanecer aberto e enfrentar a fiscalização em claro crime de desobediência civil e nenhuma providência foi tomada até aqui contra o cidadão. Entretanto, se fosse em uma manifestação popular e alguém falasse tal aleivosia, receberia voz de prisão na hora.
Dois pesos e duas medidas?
No mesmo dia em que o STF decidiu a obrigatoriedade do uso de mascaras, outro total desrespeito com a população era registrado. Zé Carioca e Odorico Paraguaçu, sem usar as máscaras em cima de um caminhão de som. Antes, Zé Carioca desfilou pelo Calçadão em companhia de dois capangas.
Os três sem mascaras, demonstrando total falta de respeito para com o povo.
Falando em povo, foi de arrepiar o final da coluna vertebral ouvir os três mosqueteiros do apocalipse gritando em cima do caminhão de som: “O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO”.
Só faltou cantarem “caminhando…. e cantando… ” de Vandré e recitarem João de Pompilio Diniz.
Rodrigues de Abreu continua tendo razão: Bauru é a terra dos espantos.

 

O autor

Antonio Pedroso Junior, o Chinelo. Bacharel em Direito e escritor. Autor de diversos livros sobre a ditadura militar.

3 comentários em “QUEM VIVEU, VIU…”

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