Racismo contra Suéllen é levado ao Judiciário após denúncia em inquérito

 

Suéllen sofreu injúria racial em 2020 e a mãe Lúcia Rosim vai representar contra comunicadores em ofensa nesta semana

A prática de racismo contra a prefeita Suéllen Rosim em 2020, portanto antes de assumir o cargo, está sendo levado ao Judiciário em denúncia da Promotoria Criminal.

O CONTRAPONTO apurou que o MP embasa a denúncia contra o servidor Luiz Henrique do Nascimento em razão do relatório do inquérito policial que dispõe sobre o indiciamento.

Negro, como a prefeita, Nascimento confirma que foi autor de publicações racistas contra a então prefeita eleita, no final de 2020. Conteúdos com ameaça nas redes sociais foram identificados na investigação da Polícia Civil de Bauru.

Luiz Henrique do Nascimento, morador na região do Núcleo Geisel, apresenta em fase de inquérito que a princípio integrou um grupo com página na Internet e se posicionou para gerar uma espécie de “isca”, segundo ele, com a intenção de que pessoas racistas assumissem postura contrária à condição de negra e mulher Fac jornalista e candidata vencedora nas eleições.

Com base nas investigações restou comprovado – através de informações obtidas com ordem judicial junto à operadoras de telefonia e plataformas de rede social – a ocorrência de prática e incitação de discriminação e preconceito de raça, bem como difusão de conteúdo misógino, fomentando a propagação do ódio e aversão às mulheres e negros, praticado por meio da rede mundial de computadores, por intermédio dos meios de comunicação social, com publicação no Facebook e ampla repercussão nas demais mídias e redes sociais, o que levou, inclusive, a manifestação de outros autores com a prática de discriminação racial e misógina e as graves ameaças contra Suéllen.

Em uma das publicações mais críticas, Suéllen é chamada de “macaca”. e recebe mensagem de que seria atacada (a tiros) por ter sido eleita.

Em nota, a prefeita respondeu que “a Justiça está sendo feita. Que sirva de lição”.

DENÚNCIA

Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

Pena: reclusão de um a três anos e multa.(Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

No parágrafo § 2º – Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza: (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.(Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97).

MÃE REPRESENTA CONTRA ADVOGADO E JORNALISTA

Em episódio desta semana, a mãe de Suéllen, Lucia Rosim, anuncia representação contra o jornalista Alexandre Pitolli e o advogado Cláudio Koffani, respectivamente âncora e comentarista do Jornal da Manhã da rádio Joven Pan.

Em sua rede social, Lúcia diz que precisa “dar basta a ataques e ofensas pessoais a sua condição de mulher”. Conforme o conteúdo, ela posiciona que foi ofendida e com utilização também de comentário jocoso a respeito de seu cabelo.

Os representados foram acionados pela reportagem para se manifestar.

Suellen comentou o caso:

“São 2 anos lidando com a vida pública na política, desde então são ataques, ofensas machistas, preconceito. Por parte de pessoas que acham que a internet é terra sem lei e gente que confunde liberdade de expressão com desrespeito. A minha mãe não foi vítima de um descontentamento de um jornalista com a minha gestão, ela foi atingida como mulher, cristã e mãe. Chega um momento em que é preciso dar um basta e colocar os preconceituosos no lugar deles. A justiça está aí para isso!!”.

3 comentários em “Racismo contra Suéllen é levado ao Judiciário após denúncia em inquérito”

  1. cadê a “militância” em defesa de Lúcia Rosim ? ou será que irão se calar pois a prefeita e sua mãe são de partido de direita ? (não lhes convém néh ?!?!) gostaria de ver o discurso da Estela Almagro defendendo esse absurdo ocorrido com a Sra Lúcia, estou no aguardo! Porém sentado.

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