Na última quinta-feira, Mark Zuckerberg, dono da Meta (empresa que controla o Facebook, o Instagram e o WhatsApp) anunciou, entre outras coisas, que, em breve, vai lançar o modelo de assinatura de selo verificado – o Meta Verified – para o WhatsApp no Brasil. O serviço ainda não tem preço final definido, mas estima-se que comece com um valor próximo a 15 dólares.
O selo de verificação nas redes sociais surgiu em 2009 no Twitter (hoje X) como forma de evidenciar os perfis verdadeiros de celebridades e combater a criação de contas falsas. Logo a marquinha azul se tornou um objeto de desejo e se espalhou por outras plataformas.
Ter um selo de verificação naqueles primeiros anos de criação do conceito era sinônimo de importância e fama. Quando o Twitter anunciou que criaria um plano de assinatura para os selos, basicamente disponível para todos, muita gente chiou. O modelo foi colocado em prática e – mais uma vez – foi copiado por outras redes.
Hoje, seu perfil pode ter um selo de verificação concedido pela plataforma caso ela o considere relevante ou que pode ser comprado por assinatura no caso do X, do Instagram e do Facebook (o Meta Verified). Outras redes, como o LinkedIn, TikTok e Snapchat possuem verificações mas com critérios determinados pelas próprias plataformas, sem comercialização.
Afinal de contas, vale a pena ser verificado?
É claro que ganhar a verificação da plataforma de maneira natural, por produzir um conteúdo de relevância ou se uma personalidade influente na sociedade, é algo positivo. É realmente um atestado que garante que o perfil é real e isso gera credibilidade.
Mas e a assinatura, será que compensa?
Eu acredito que sim, que, no mínimo, não atrapalha e pode trazer resultados positivos. Para ganhar uma verificação, mesmo que paga, você precisa apresentar informações que atestem que você é real, ou seja, uma pessoa que tente se passar por você ou pela sua empresa teria mais trabalho para cometer uma fraude. Além disso ela teria que pagar para continuar enganando os outros. Ou seja, o selo pode mesmo servir como um elemento que comprova a autenticidade do perfil e trazer alguma segurança.
Para empresas, isso significa que os consumidores podem ter certeza de que estão interagindo com a marca oficial, e não com impostores ou falsificadores.
Para profissionais, especialmente aqueles que dependem de sua reputação, como influenciadores, consultores e especialistas de diversas áreas, o selo de verificação serve como um testemunho de sua legitimidade e autoridade no campo. Ele pode tranquilizar o público, reforçando a confiança em suas opiniões e recomendações.
Além disso, ter um selo de verificação também pode influenciar positivamente as percepções de parceiros comerciais e clientes. Ele demonstra que a empresa ou o profissional é sério, estabelecido e reconhecido na plataforma. Isso pode ser particularmente útil durante negociações, parcerias e esforços de captação de recursos.
Empresas verificadas podem ser vistas como mais confiáveis e profissionais, o que pode facilitar colaborações com outras marcas e influenciadores. Para profissionais independentes, o selo pode atrair oportunidades de palestras, colaborações e projetos conjuntos.
Percepção de credibilidade pode gerar mais engajamento
Perfis verificados tendem a gerar maior engajamento se produzirem um conteúdo interessante. Em tese, os usuários são mais propensos a interagir com conteúdo de contas que consideram autênticas e confiáveis. Comentários, curtidas e compartilhamentos podem aumentar, o que, por sua vez, pode amplia ainda mais o alcance das postagens.
Para empresas, esse engajamento aprimorado pode se traduzir em melhores relações com os clientes, maior lealdade à marca e um aumento nas vendas. Para profissionais, fortalece a base de seguidores, aumenta a influência e pode abrir portas para novas oportunidades de negócios.
Ou seja, mesmo sem considerar a questão algorítmica do que as plataformas prometem para quem faz a assinatura, ser verificado me parece um bom negócio.
Agora é preciso definir onde essa verificação pode lhe ser mais útil. Não gosto de olhar para redes sociais como uma coisa só. Cada uma tem um propósito, um formato e – principalmente – um perfil de público específico. Qual é a mais relevante para o seu negócio?
Em breve o WhatsApp também vai ser uma opção. Pense nisso!
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Gustavo Candido é consultor de marketing digital. Também é jornalista e autor de livros sobre Marketing, Inovação e Gestão de Marcas que você pode encontrar na Amazon.
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