O cunhado da prefeita Suéllen Rosim, Walmir Henrique Vitorelli Braga (foto), confirma em nota que manteve contatos com o hacker Patrick Brito, mas nega a denúncia revelada por Eduardo Borgo de ter contratado o araponga para atividades ilegais de espionagem da vida pessoal do jornalista Nélson Itaberá e da vereadora Estela Almagro.
A versão de Walmir Vitorelli foi enviada para o repórter Emerson Luiz, da rádio 94 FM, pelo assessor de gabinete de Suéllen Rosim, Leonardo Marcari. Solicitamos a remessa do conteúdo ao assessor e pedido de entrevista com Walmir. Não obtivemos retorno até aqui.
Na nota, Walmir Vitorelli critica exposição de toda a família Rosim no episódio trazido a público pelo vereador Eduardo Borgo ainda na semana anterior. Na denúncia, o parlamentar expôe que teve acesso, por uma fonte, a inquérito policial em Araçatuba onde Walmir Vitorelli é acusado pelo hacker Patrick Brito. “Evitei dar atenção aos ataques e mentiras, mas essa situação passou dos limites, ficar em silêncio diante da proporção que esse assunto vem tomando seria covardia. Sou um pai de família, que se viu (no) centro de um ataque desproporcional a realidade dos fatos. Em primeiro lugar, não fui demitido do cargo de Assessor do Depurado Paulo Correia Jr.. Pedi meu desligamento voluntariamente para evitar qualquer injustiça com quem nada tem a ver com o assunto”, diz Walmir.
O cunhado de Suéllen critica a exposição da família Rosim e diz que a prefeita é alvo de perseguição. Na sessão legislativa da última segunda-feira, Estela Almagro fez duras críticas ao grupo familiar Rosim e os partidos onde atua. “Quanto a suposta invasão em um dos computadores da Câmara de Bauru afirmo não ter absolutamente nenhum envolvimento e jamais compactuaria com algo parecido”, rebate.
VERSÃO DE WALMIR
Walmir Vitorelli confirma contatos com o hacker Patrick Brito. Segundo a confissão do hacker exposta pela vereador Eduardo Borgo isso aconteceu em 2021. Ele atribui o fato a busca de algo para sua esposa, irmã da prefeita, mas não explica o que seria este serviço. “Sobre o inquérito que segue em segredo de justiça, e foi exposto de forma irregular, não compactuo e jamais compactuaria com a invasão de dispositivos, derrubada de redes, entre outras atividades de hacking. Em 2021, período de pandemia, minha esposa estava sendo exposta e perseguida, vítima de denúncias caluniosas, ataques pessoais inclusive com denúncia no Ministério Público”, diz a versão de,Walmir.
Conforme Walmir, seria preciso algum serviço ‘legal’ do araponga. Ele diz que Patrick o contatou. O hacker alega que ligou para o cunhado da prefeita através do policial Pimenta, também de Araçatuba, parente colateral de Vitorelli (que segundo o hacker fez a ponte). Walmir dá outra alegaçäo para a conversa: “O contato foi feito pela pessoa em questão (hacker) para oferecer serviços que da forma com que eram descritos seriam legais. Apesar disso, fui surpreendido com a notícia de que o mesmo era envolvido com atividades ilícitas”, cita.
Vitorelli também diz que não fez pagamento para o hacker. A defesa de Patrick confirmou a confissão contra Vitorelli. Constam emissão de boletos de dois pagamentos via compra de dólar. Patrick está na Sérvia desde então. O hacker, conforme a denúncia, afirma que a quebra do sigilo de Wakmir confirmaria os pagamentos.
Walmir rebate a acusação: “Sou formado em Direito e jamais faria o pagamento do boleto na minha conta pessoal para contratar um serviço que é obviamente ilegal”, diz na nota.
O cunhado blinda Suéllen da ação com o hacker. “Fiz tais contatos por iniciativa própria. Minha cunhada e demais membros da minha família não tiveram conhecimento de nada. No mais, me coloco à disposição para prestar todos os esclarecimentos a polícia e a justiça caso seja necessário”, alega.
Ele encerra a nota dizendo que tomará providências judiciais contra autores das acusações e para reparação da exposição a que foi submetido.
A exposição que ele, ele foi submetido?
A importação de políticos vem sendo desastrosa para Bauru a muitos anos.
Como diria um saudoso jornalista: Oremos!