COLUNA CANDEEIRO 25092020 NELSON ITABERÁ

16/10 Suéllen é sombra de Gazzetta e TV de Raul não cai bem aos olhos

 

16/10/2020  SUÉLLEN É SOMBRA DE GAZZETTA… E PADRÃO DA TV DE RAUL NÃO FAZ BEM AOS OLHOS 

 

GOVERNO PODE NÃO IR AO SEGUNDO TURNO

O governo municipal corre risco de não estar em eventual segundo turno na eleição de Bauru. Entre experientes políticos ouvidos pelo CONTRAPONTO, a posição majoritária é a de que a candidatura de Gazzetta sofreu revés, ao invés de iniciar redução da rejeição nas ruas.

A partir disso, NESTE MOMENTO da disputa eleitoral, há 30 dias das urnas no primeiro turno, a sensação colhida entre quem conhece o mapa eleitoral local e as circunstâncias do momento, é de que a situação de Gazzetta é desconfortável. Isso não significa que seja impossível ele recuperar essa “energia desfavorável”. Mas é tarefa dura.

O prefeito adotou, até aqui, estratégia nas redes sociais e no horário eleitoral de TV de apostar na apresentação de realizações. Chegou a partir da própria crítica para tentar mostrar ao eleitor contraposição ao estigma de que não resolveu problemas.

Mas, campanha é campanha. E episódios do momento abrem novas frentes. Gazzetta, em certa dose, não deu sorte quando, no momento em que iniciou a apresentação de realizações de sua gestão, na primeira semana na TV e nas redes, teve de incluir no roteiro o enfrentamento ao desabastecimento de água. A exposição da crise hídrica do momento atrapalhou e exigiu do prefeito transpiração adicional para tentar conter “os efeitos” populares das torneiras secas.

O problema é que a desidratação é em escala. Existem fatos em eleição que mudam até a ‘patologia’ psicológica. Fome e sede são golpes duros pra quem é vitrine. Este é o sentimento que se vê, em escala, das redes sociais e nas ruas, grupos.

REJEIÇÃO NAS ALTURAS 

E Gazzetta já sabia que sua rejeição era problema, mesmo antes da campanha iniciar. Combater o estigma de que não enfrentou e não resolveu questões cruciais não é fácil.  A pesquisa da Real Time, divulgada pela Record, só confirmou o patamar da desaprovação. E, com a exploração da crise hídrica, a percepção de experientes políticos ouvidos pelo CONTRAPONTO (inclusive do PSDB) é de que ficou mais difícil remar contra a maré.

Acrescentamos um pitaco nessa empreitada dura do prefeito: ele insiste em elencar listas “generosas” de promessas. É o tal de o peixe morre pela boca, do jargão popular. Gazzetta abusou, também no mandato, da mania de ANUNCIAR ações, obras…. Sei que a palavra soará dura, mas precisa ser mencionada, pela honestidade intelectual da reflexão: toda vez que um candidato de situação diz que vai fazer “X” coisas e não fez “X” menos 1 em seu mandato, fica difícil transformar a mensagem em credibilidade junto ao eleitor. Em tempo, a produção de TV do prefeito é de boa qualidade. Mas…

A SOMBRA: TERCEIRA VIA

Jovem, religiosa, mulher, com domínio de comunicação e capacidade de traduzir, em algum nível, empatia a sua “figura pública”, Suéllen Rosin (Patriota) surge como a sombra de Gazzetta nesta etapa da campanha. E, diferente do prefeito, ela não carrega nem uma pequena porção da rejeição do atual ´mandatário.

Entre políticos calejados mais atirados, Suéllen já engoliu Gazzetta. Entre outros, mais comedidos, o que ouvimos é que a candidata, mesmo sem tempo de TV, está conseguindo converter um rosto conhecido (por sua presença como apresentadora do noticiário da TV TEM Bauru por um bom tempo) em alternativa. Ela pode assumir a posição de terceira via.

Sem demérito aos demais, já comentamos aqui que o eleitor que tem rejeição por Gazzetta e não está animado com Raul pode, naturalmente, buscar uma terceira opção. Entre políticos, esperava-se que o perfil da chamada TERCEIRA VIA incorporasse a experiência em gestão com os atributos naturais; sem DVC, sem condenações, sem picaretagem no currículo pessoal e etc.

Mas é papel das estruturas de campanha “vender” para o eleitor esta “imagem”. Se o pacote não vem com todos os ingredientes, alguém acomoda o embrulho.

DIVISÃO DE VOTOS E OUTROS PITACOS

A campanha de Raul Gonçalves na TV é truncada. Parece que os conteúdos foram editados no jeitão em cima da hora. Quem trabalha em  TV consegue ver isso fácil. E, no bastidor, o CONTRAPONTO confirmou que o candidato do DEM levou uma dura (nos últimos dias) para resolver a questão. Não dá para assobiar e chupar cana em uma eleição tão curta e para uma cidade de 400 mil habitantes.

Ah! Ainda sobre Suéllen. Duas coisas. A avaliação a partir dos movimentos de campanha, reação nas redes e conversa entre políticos é de que ela só não estaria no “calcanhar” de Raul até aqui porque o eleitorado evangélico está dividido. Sandro tem “soldados” para defender alguma fatia (qual o tamanho ainda é incerto), Valle sustenta outro núcleo (mas a Covid ainda não o permitiu atuar com efetividade na campanha), a Igreja Universal não abraçou candidato e pastores de diferentes denominações ocupam legendas diversas.

Mas tem uma questão que, em no máximo uma semana, Suéllen terá de enfrentar. Em sala vazia, a bexiga que enche se destaca. (Já falamos dessa metáfora eleitoral aqui). Mas a visibilidade exigirá, daqui pra frente, que ela apresente alternativas aos problemas locais.

FATORES IMPONDERÁVEIS

Outros tantos fatores imponderáveis podem mudar os ventos na campanha. Claro. Tem candidato a vereador eufórico apostando que seu candidato ganha até no primeiro turno. Por isso, insiste que haverá “voto útil”. Tem coordenador de campanha que considera que a tese do “o eleitor está cansado e não vai votar nos mesmos” é que vingará. Tem de tudo! E de tudo se pode falar. Ufa! Felizmente. Mas há uma diferença entre torcida e avaliação.

Na depuração realizada pelo CONTRAPONTO, hoje, por hora, o retrato de 30 dias da eleição municipal indica caminhos tortuosos para Gazzetta.

Memória: na eleição municipal de 2000, a polarização entre Tuga e Tobias (que tinham know how de deputado e trajetórias consolidadas) gerou confronto a tal ponto que o bauruense preferiu o sereno, discreto, e político de voz tranquila, jornalista Nilson Costa.

AS 100 CRECHES DE JORGE

O candidato do PT, Jorge Moura, lançou em seu programa eleitoral a proposta de criar 100 unidades de creches no estilo dos antigos jardins de infância. A ideia, segundo ele, é de unidades compactadas, que abriguem no máximo 25 crianças cada uma. A pedagogia defendida por ele é a Waldorf, o que, por si, exige romper com o modelo atual que reúne faixas etárias distintas e unidades grandes.

Jorge reconhece que a implementação de 100 unidades é uma meta ambiciosa, de capilaridade. Envolve, ainda que em casas adaptadas (imóveis menores portanto), reengenharia de rede, recursos, mão de obra e tudo o mais…

PARA MP, GÉRSON NÃO PODE SER CANDIDATO

O promotor eleitoral Djalma Marinho Cunha Filho mudou seu entendimento em relação ao pedido de registro da candidatura de Gérson Pinheiro a prefeito, pelo PDT. Diante dos elementos trazidos no processo, o promotor se posicionou pelo indeferimento do registro de Gérson. A questão crucial é que Gérson era vice de Clemente e, diante da desistência do titular, o PDT deveria ter realizado nova convenção (já que a aliança com Cidadania e Avante foi extinta). Ou seja, Gérson poderia substituir Clemente, pelas convenções originais, se a aliança tivesse sido mantida.

Mas o PDT optou por realizar reunião partidária que não configura convenção. Neste encontro, extraordinário, o partido indicou Gérson para sair, pela legenda, à disputa majoritária. O julgamento sairá em breve.

SOCORRO AO TRANSPORTE ESCOLAR

O prefeito Gazzetta pede a aprovação de projeto para destinar parcelas de R$ 600,00 a vulneráveis que atuam no transporte escolar. Sem recurso para sustentar a medida em escala, o projeto estipula teto de gastos de R$ 400 mil na distribuição da ajuda, caso a medida seja aprovada. E a ajuda só sairá, ainda, se a verba vier de fundos municipais.

 

7 comentários em “16/10 Suéllen é sombra de Gazzetta e TV de Raul não cai bem aos olhos”

  1. Existe outras categorias de trabalhadores que também necessitam de um aporte financeiro para enfrentar esta terrível ventania fe estamos enfrentando a nmrses, uma delas a do setor de eventos, que foi a primeira a parar e com absoluta certeza será a última a retomar as suas atividades…portanto acho justo eles também terem direitos ao benefício concedido a outras categorias…justiça social seja feita para estes trabalhadores também.

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