Aplicações seguram superávit. Contas até julho indicam 2024 difícil para Prefeitura

 

O caixa está bem. Claro, superávit sobre receita de período anterior extraordinária é sempre bom. Contudo, a questão, talvez, seja olhar para os dados comparativos das finanças do Município indicando cenário mais duro logo ali, em 2024. A indicação é de que o ciclo de bonança não é duradouro. Assim, o superávit acumulado de R$ 43,3 milhões até julho de 2023 precisa ser depurado pensando logo à frente.

Ou seja, a comparação das receitas da Prefeitura de Bauru de janeiro a julho mostram R$ 43,3 milhões a mais do que o mesmo período do ano passado. R$ 830,1 milhões agora contra R$ 786,8 milhões dos mesmos 7 meses iniciais de 2022.

Mas se olharmos os números por dentro observaremos que a manutenção de crescimento neste ano está no resultado das aplicações financeiras. Os rendimentos com os bancos deram R$ 39,3 milhões em 7 meses deste 2023, contra R$ 20,8 milhões no comparativo com o mesmo período de 2022.

Então, isso representa significativos R$ 19 milhões a mais no caixa que, certamente, vão se extinguir. Simples explicar. A gestão Suéllen Rosim também tem crescimento nas despesas fixas e, à medida da utilização da “gordura” com investimentos (como pavimentação), o saldo em aplicações vai caindo.

Veja que isso seria compensado por receitas de ICMS, FPM, ISS. Mas os resultados não estão acompanhando esta dinâmica. O ICMS, na verdade, caiu, como estamos anotando há meses seguidos, neste exercício.

O “ganho” em repasses da União (FPM) e dos serviços locais (ISS) acompanham a reposição de inflação e algum incremento natural (crescimento vegetativo). Mas, como reforçamos, as despesas também crescem. Os insumos e o peso da despesa com toda a máquina pública se torna maior, no mesmo caminho ou até mais que as receitas (se a gestão financeira não “segurar”).

Assim, depois de 3 anos de bonança (incluindo esta oportunidade em andamento de investir com caixa próprio o que outros prefeitos não tiveram no caixa para fazer), o governo Suéllen Rosim terá de se ajustar no último ano, em 2024.

Pode por nesta caderneta uns R$ 60 milhões a mais de despesa com funcionalismo. Isso pra anotar um dos itens mais significativos. Previdência continua sendo desafio, mesmo com o congelamento de salários na pandemia e com o servidor pagando mais (14%). Antecipamos aqui que o governo também assume ter de fazer sua parte, elevando a alíquota patronal de 22% para 28%, sem contar outros itens do ajuste.

Uma questão é certa. O que o governo Suéllen tiver para entregar ou iniciar (em obras) em 2024 será reflexo do caixa com superávits acumulados desta fase ou de alguma remessa de recurso de fora, que podem vir sim, sobretudo em ano de eleição…. (ou seja, podem ser “descolados” neste ano… com reflexos mais perto das urnas)..

REFIS

De outro lado, para ajudar nos acertos de planejamento financeiro, o Município conta com o devedor acertando suas obrigações, com descontos sobre juros e correção robustos.

O Refis ainda está em vigência. O total de créditos parcelados pelo Refis já somou R$ 7.429.809,96, até o último dia 15 de agosto.

O total recebido em parcelamento/Refis é de R$ 327.751,02 e o valor pago à vista já rendeu R$ 2.314.115,19. Ou seja, o refinanciamento para devedores já trouxe a mais no caixa R$ 2.641.866,21. Até agora.

1 comentário em “Aplicações seguram superávit. Contas até julho indicam 2024 difícil para Prefeitura”

  1. Porisso eu como munícipe, eu também como eleitor de Prefeita Suellen Rosin, não me arrependo jamais pela escolha que fiz através do meu voto. Parabéns prefeita! A senhora está como sempre esteve, no caminho certo.É assim que se faz política, com honestidade e competência!

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