
A arrecadação mensal da Prefeitura de Bauru deu sinal de alerta em fevereiro (com estagnação), mas o fechamento do trimestre vem com recuperação, com saldo de R$ 17 milhões. Isso significa que o Município recebeu no caixa R$ 396 milhões de janeiro a março de 2025, contra R$ 369 milhões no mesmo período de 2024.
O aumento informado no comparativo acima, a partir dos dados oficiais do governo municipal, está distante dos ótimos resultados dos primeiros meses de receita obtidos pelo governo Suéllen Rosim desde 2021, quando ela assumiu o primeiro mandato. Mas, no trimestre, os números trazem alívio.
O secretário de Finanças, Éverson Demarchi, disse que o resultado está “dentro das projeções”, em uma referência aos valores inseridos na Lei Orçamentária (LOA). Ele participou, nesta semana, de audiência pública, onde apresentou a prévia da Diretriz Orçamentária (LDO) para 2026.
Entre as performances individuais das receitas, os repasses de ICMS (da venda com nota fiscal de mercadorias e serviços em Bauru) foram melhor. De janeiro a março deste ano, o imposto gerou R$ 76,8 milhões no caixa. Contra R$ 68,9 milhôes nos mesmos três primeiros meses de 2024.
Regra geral, a reposição da inflação foi garantida, basicamente, para os principais itens de receita, como ISS (imposto sobre serviços municipais), o IPVA (imposto sobre propriedade de veículos) e o FPM (fundo de repasse da União aos municípios baseado em índices como Imposto de Renda, População, etc.). Uma observação para o FPM do mês de março. O quadro contabiliza R$ 20,9 milhões. Mas disso, metade é correção contábil de lançamento. Ou seja, o resultado está na média do mesmo mês de 2024.
A questão central para o governo municipal será esperar que a atividade econômica mantenha, ao menos, a reposição da inflação. De outro lado, que os custos de contratos de mercadorias e serviços não sofram aumentos exorbitantes. A questão é que o governo está expandindo despesas…
BURACOS
Assim: é preciso dizer que a confirmação das previsões para este início de ano não resolvem carências no Município. O caixa não é suficiente para a continuidade de programas como o de asfalto novo e recape (ações que bombaram em 2024, ano de eleição).
O caixa existente, mesmo que mantenha o ciclo atual, não comporta despesas novas (e elas continuam crescentes). E, ao contrário de cortes, o governo Suéllen Rosim ainda vem anunciando inúmeras medidas (promessas) que não têm orçamento para serem realizadas. Da manutenção e contratação de mão de obra do anunciado Hospital Municipal à Guarda Municipal (inserida em projeto de lei sem estrutura e dotação), o governo não conta com receitas e nem Orçamento para aplicar a propalada revisão do Plano de Cargos e Carreiras (PCCS) e equipar e contar com verbas para fazer funcionar três novas Secretarias (Governo, Comunicação e Habitação). Sem contar os 17 novos secretários adjuntos.
Aliás, como adiantamos nesta semana, o retrato do que foi apresentado para 2026 é sem cores: a LDO não conta com verbas para várias ações previstas pelo governo Suéllen Rosim.
Leia detalhes desses apontamentos neste link: