Por Gustavo Candido
Agora tudo é IA, inteligência artificial, já notou? É no cinema, para rejuvenescer o Indiana Jones, no comercial de televisão, para “ressuscitar” Elis Regina ou nos celulares, nos inúmeros aplicativos que “melhoram” a aparência dos usuários. Se você ainda não se acostumou com a ideia, prepare-se porque a coisa só vai aumentar.
Essa semana o Google lançou no Brasil a sua resposta ao ChatGPT, o Bard. A ferramenta é um chatbot gratuito com inteligência artificial que “entende” 40 idiomas, acessa dados da internet e responde a comandos de voz.
Para acessá-lo, basta ir até o seu site oficial (bard.google.com) no desktop ou celular.
Assim como o chatbot da OpenAI, o Bard é treinado para identificar pedidos feitos pelos usuários e gerar respostas de forma inteligente. Da mesma forma que o ChatGPT, o novo serviço não garante que as soluções que fornece são 100% confiáveis e isentas de erros.
Enfim, é mais um instrumento que pode ser utilizado para facilitar a vida de quem produz conteúdo em texto e planilhas, que está em desenvolvimento e tende a melhorar nos próximos meses.
Opinião pessoal inicial: não fiquei impressionado com o conteúdo, mas vou continuar testando porque suas funcionalidades são interessantes.
Vantagens sobre ChatGPT
Para ir direto ao ponto, analisando apenas as versões gratuitas das duas ferramentas, na minha opinião, o Bard ganha do ChatGPT em cinco pontos importantes:
1. Acessa a internet em tempo real
Ao contrário do concorrente, que acessa uma base de dados gerados até 2021, o Bard é capaz de realizar pesquisas online e fornecer informações atualizadas e relevantes.
2. Identifica e usa imagens
Com a ferramenta do Google é possível enviar imagens nos comandos. Ou seja, você pode fazer upload de uma foto e incluir um pedido relacionado a ela. O Bard também pode enviar imagens nas suas respostas para exemplificar o que traz no texto. A integração do chatbot com o Google Lens deve trazer muitas novidades para o serviço em breve.
3. Aceita comando de voz
O Bard entende mensagens por voz, assim, pode receber comandos do usuário sem que ele tenha que digitá-lo. Isso torna a ferramenta mais acessível para quem tem dificuldade para acessar o teclado comum.
4. Exporta seus resultados para o Google Docs e o Gmail
Ok, você sempre pode copiar e colar as respostas de um chatbot, mas se ele está integrado ao ecossistema que você já utiliza – no caso, o Google Workspace – é só um cliquezinho. Ao trazer o resultado da sua pesquisa, o Bard já oferece a possibilidade de o conteúdo ser salvo como um documento no Docs ou rascunho no Gmail. Ele também permite exportar arquivos de diferentes formatos, como PPT, PDF, XLSX, etc.
5. Aceita diversos códigos de programação
De acordo com o Google, o Bard é capaz de auxiliar na geração, explicação e ajustes de mais de 20 linguagens de programação, como Python, C++, Java, TypeScript e JavaScript, entre outras.
Emocionados vibram, mas eu ainda espero que muitas melhorias venham no futuro, principalmente no quesito de evolução da qualidade das respostas, para começar a ficar feliz. Assim como acontece com o ChatGPT, o conteúdo é, em sua maioria, óbvio e raso, aquele que você bate o olho e percebe a clara falta de alma, de personalidade, que você sabe que ver replicado aos montes por aí por usuários preguiçosos.
Mas eu sou um entusiasta consciente e otimista. Acredito que as ferramentas de IA como o Bard vão melhorar bastante e se tornar grandes aliadas no processo de criação.
O autor é consultor de marketing digital, fundador da Conten Comunicação Digital. Também é jornalista e autor de livros sobre Trade Marketing, Atendimento e Multicanalidade e Gestão de Marcas que você pode encontrar na Amazon.
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