Mapa onde Lula venceu no primeiro turno (em vermelho) e Bolsonaro em verde escuro
Bauru e região perderam a representação de Rodrigo Agostinho na Câmara Federal e continuam sem cadeira na Assembleia Legislativa. De outro lado, a região contará com o astronauta Marcos Pontes como senador e a possibilidade de atuação conjunta do ex-ministro nascido na cidade com os agora colegas de Legislativo, Capitão Augusto reeleito federal e Dani Alonso, sua parceira de dobradinha eleita a deputada estadual por Marília.
Em Bauru, o presidente Bolsonaro também foi mais votado do que o ex-presidente Lula, com mais de 110 mil votos contra pouco mais de 72 mil do petista. A totalização dos votos vai identificar o voto conservador e de direita preponderante em Bauru.
Para Capitão Augusto, a eleição do “tripé de bolsonaristas” será favorável à Bauru. “Temos escritório político em Bauru já com a Dani Alonso e agora ficará melhor o trabalho conjunto com o Pontes”, disse.
Para o vice-presidente nacional do PL a vitória de Marcos Pontes sobre Marcio França (PSB) e de Bolsonaro sobre Lula em Bauru e em quase todo o Interior não foi surpresa. “O interior paulista tem perfil de eleitorado mais conservador e nós apostávamos muito na vitória”, avalia.
Os principais institutos de pesquisa erraram feio a intenção de voto para o Senado e também para o governo do Estado paulista. Não detectaram Pontes bem à frente de França e nem a virada de Tarcísio sobre Haddad.
As pesquisas acertaram a votação projetada para Lula, indicaram possibilidade de Ciro perder votos para Simone Tebet, mas não detectaram avanço de Bolsonaro – que reduziu bem a diferença para o petista na reta final no País.
OUTRA ELEIÇÃO
No segundo turno, os votos dados ao governador Rodrigo Garcia farão diferença. O PSDB encerra ciclo de duas décadas no comando do Estado. O partido definhou.
Para a disputa presidencial, além do voto mais conservador do paulista interiorano, Lula terá de buscar votos dados a Ciro Gomes e Simone Tebet no maior colégio eleitoral do País se quiser voltar à presidência.
A eleição das fake news, de conteúdos sobre costumes, moral e fome tende a ter exploração mais pesada da fé e de ataques abaixo da cintura no segundo turno.
Entre os deputados, Rodrigo Agostinho é primeiro suplente do PSB – perdendo a reeleição ao obter pouco mais de 65 mil votos, contra marca na casa de mais de 100 mil em 2018. O deputado teve 42,4 mil votos em Bauru – caiu para pouco mais da metade de 2018.
Rodrigo teve R$ 2,5 milhões de fundo partidário. O ex presidente da OAB, Caio Augusto contou com mais de R$ 1 milhão só de recursos públicos. E votação inexpressiva.
Aliás, a disputa municipal em 2024 terá sem mandato Rodrigo, Gazzetta, Raul, Meira e o ex-prefeito Izzo, além de Suéllen em fim de mandato.
Para estadual, Coronel Meira foi votado por mais de 20,6 mil pessoas e Raul Gonçalves só obteve 27,1 mil votos em Bauru. Ele já foi candidato a deputado e a prefeito. O total ficou longe para conquista de cadeira entre as 94 cadeiras da Assembleia.
MAIS VOTADOS SÓ EM BAURU
VOTAÇÃO DOS CANDIDATOS DE BAURU
A disputa eleitoral é um “jogo bruto” mesmo !
Nesta última eleição pra prefeito mostramos que não estamos de brincadeira quando o quesito e destruir a cidade e nesta eleição de 2022 jogamos a pá de cal sobre uma cidade devastada pelos forasteiros… Parabéns bauruenses… Só não venham reclamar.