Black Friday: será que o modelo cansou?

Por Gustavo Cândido

Ainda é cedo para dizer se a Black Friday desse ano foi tão boa quanto se esperava. Os números das grandes redes varejistas ainda estão sendo processados e – entre as gigantes – apenas o Mercado Livre e a Magalu já anunciaram que o resultado foi positivo.
Uma apuração do jornal Valor Econômico com base em dados da Confi.Neotrust, divulgada no último sábado, não era animadora, mas não trazia informações de vendas no varejo físico e, sem considerar isso, é impossível afirmar que a data foi ou não um sucesso. Ou seja, vamos aguardar. De repente, no fim das contas, deu certo.
Independentemente do resultado a impressão que tive esse ano é que havia menos ofertas reais do que em anos anteriores. E por ofertas reais quero dizer aquelas que realmente agregam valor e despertam o desejo de comprar. Falando aqui como consumidor, descontinhos de 10% não animam!
Nas semanas que antecederam a data, estive com a família em São Paulo e no Rio de Janeiro e não senti que havia uma animação em torno da Black Friday, nem por parte dos consumidores, nem dos vendedores, o que me faz pensar: é apenas uma impressão ou será que o modelo perdeu a força?
Nos últimos anos, as Black Fridays no Brasil parecem ter adquirido uma dinâmica: um mês antes da data, as varejistas começam a prometer grandes promoções; neste mesmo momento, muitas inflam os preços dos seus produtos. Quando chega a data, os pseudo-descontos simplesmente trazem os itens com o preço de antes e as verdadeiras ofertas precisam ser muito garimpadas. Não tem sido assim?
Acabamos comprando alguma coisinha mais pelo impulso do que pela oferta em si.
Esse ano, segundo o Google, as pesquisas na ferramenta apontavam a influência do aumento da temperatura no país nas buscas feitas pelos usuários. Se as vendas de ventiladores e aparelhos de ar condicionado realmente aumentarem a previsão se confirma. Vamos ver.
Como foi a sua Black Friday? Comprou ou vendeu mais? Sentiu que as ofertas estavam boas? Você também acha que o modelo pode ter cansado e as empresas precisam rever a forma de criar ofertas mais atraentes?
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Gustavo Candido é consultor de marketing digital. Também é jornalista e autor de livros sobre Trade Marketing, Atendimento e Multicanalidade, Cadeia de Suprimentos e Gestão de Marcas que você pode encontrar na Amazon.
Instagram/Threads: @gustavocandidomktdig; LinkedIn: gustavo-candido

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