O laudo biológico da Polícia Civil acerca dos fragmentos coletados em terreno rural aponta que não é possível concluir que sejam de material humano. A investigação relata que as amostras foram coletadas como material que seria de Cláudia Lobo, com confissão do funcionário da Apae Bauru, Dilomar Batista, de que teria atuado na queima e ocultação do cadáver.
O relatório diz que nas 5 amostras não há concentração mínima de material genético que permita associar a DNA. Os fragmentos foram recolhidos em lote rural, atrás do chamado Campo do Ditinho, local que a APAE já utilizou para descartes. O lote fica na saída da rodovia Bauru-Arealva, após a Vila São Paulo.
Para a defesa de Roberto Franceschetti Filho, o relatório da polícia científica reforça a tese de que o ex-presidente da Apae não é autor de homicídio de Cláudia Lobo, ex-secretária executiva da APAE, conforme denúncia formulada ao Judiciário.
Em nota, a defesa de Franceschetti ressalta que “o resultado inconclusivo (do laudo), que sequer demonstra se tratar de fragmentos de ossos humanos, aliado ao resultado negativo do laudo de confronto de material genético de Roberto Franceschetti Filho, com relação a amostras coletadas no interior e nas maçanetas do veículo Spin usado por Cláudia, somente confirmam que os fatos não se deram como narrados pelo corréu Dilomar (Batista) e descritos na acusação”.
A defesa acredita que a análise técnica de todas as provas caminhará na comprovação da inocência de Roberto Franceschetti Filho. Ele continua preso em Guarulhos e tem interrogatório agendado pelo Judiciário para 15 e 16 de janeiro.
A princípio a elevada decomposiçâo das amostras recolhidas e a ideia de que o material teria sido submetido a condições severas de combustão, e por longo período, podem ser fatores que dificultaram a identificação genética suficiente para determinação de DNA.
Contatamos a Polícia Civil para posição a respeito dos laudos.