Caso hacker: Policial Edison rebate Pimenta e desafia DEIC de Araçatuba a confrontar localizador de seu celular com o do colega que lhe acusa

Secretário de segurança Guilherme Derrite e delegado geral Artur José Dian estiveram no Deinter 4 de Bauru há poucos dias

“Desafio o policial civil Felipe Garcia Pimenta e qualquer outra pessoa, sem fabricar provas, provar que foi eu quem fez as pesquisas (no nome e CPF do jornalista Nelson Itaberá) e repassou as informações para o hacker (Patrick Brito)”.

Esta é a última frase do também policial civil de Araçatuba (SP), Edison Luis Rodrigues, em direito de resposta que este enviou à Comissão Especial de Inquérito (CEI) do caso hacker em Bauru. A comunicação por escrito é de 12 de agosto de 2024.

Neste documento, o policial Edison contesta a acusação recente feita por seu colega Felipe Garcia Pimenta (meio irmão do cunhado da prefeita Suéllen) à Corregedoria de Araçatuba – de que a pesquisa ilegal do sistema de registros do Estado Detecta em relação a Nélson Itaberá (editor deste site) foi feita por Edison.

Laudo pericial e documentos apurados pelo CONTRAPONTO confirmam, de forma irrefutável, que a conduta ilegal ocorreu nos dias 13, 14 e 15 de julho de 2021, na sala da DEIC de Araçatuba, no computador funcional de Pimenta e com uso da senha de Ericson (outro policial que nada teria com os fatos).

O próprio Edison, acusado à Corregedoria  somente 3 anos após estes fatos (agora revelados), desafia a Polícia Paulista a fazer o óbvio: “Basta solicitar, nos dias e horários das pesquisas, os sinais das ERBs (registros de localização de telefonia) do meu celular e do policial Felipe Garcia Pimenta”.

“O policial Felipe Pimenta é meio irmão de Walmir (Vitorelli Braga, cunhado de Suéllen), disso não há dúvidas. Informações periciais atestam que as pesquisas (sobre este jornalista) foram realizadas do computador de uso pessoal dele (Pimenta), instalado dentro do Seccold”, rebate Edison – ao confrontar o comando da Polícia Civil e seu colega.

“Eu nunca tive senhas de acesso aos computadores do Seccold e faltam com a verdade aqueles que afirmam que os computadores não tinham senha”, descreve Edison no documento à CEI.

Edison vai além. “Felipe Pimenta falta com a verdade ao dizer (em depoimento) que não poderia estar nos dias das pesquisas no Seccold (13, 14 e 15 de julho de 2021). Na época ele não fazia escala 12×36 (alegação de Pimenta). Ele morava com a família na cidade de Birigui e, como a mulher dele era funcionária pública municipal em Araçatuba (GCM), eles iam juntos para Araçatuba, onde ele (Pimenta), fazia o mesmo horário de sua mulher e não o horário da delegacia”, escreve Edison.

O QUE FALEI COM O DELEGADO GERAL

 

Exatamente esta confrontação objetiva é que o jornalista Nélson Itaberá (editor deste site) levou ao delegado Geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Artur José Dian, neste mês, pessoalmente.

Dian esteve na inauguração de reforma de estruturas do prédio do Deinter 4, em Bauru, junto com o secretário estadual de Segurança Pública Estadual, Guilherme Derrite.

Apelamos ao Delegado Geral que a Polícia exerça sua missão e a Corregedoria apure (e confronte) o que diz o policial Edison Rodrigues e seu colega de profissão Felipe Pimenta.

A mesma questão abordamos, no mesmo dia, junto ao diretor do Deinter 10 de Araçatuba (SP), Mauro Gabriel.

Assim: há afirmações por escrito de dois policiais que se acusam entre si como autores de pesquisa ilegal via Detecta do jornalista.

Ou seja, a própria Polícia confirma em laudos e computador apreendido que a conduta ilegal ocorreu. A Polícia apurou que houve relação promíscua de integrante de seu quadro com um criminoso confesso em casos de espionagem. E só agora isso foi revelado. E a opinião pública, de outro lado, só tomou conhecimento porque a própria vítima do aparato do “Estado” apurou, via CONTRAPONTO. Já a Corregedoria confirmou as condutas ilegais. Mas o processo foi para o arquivo.

Cabe à mesma Polícia  confrontar a troca de denúncia de autoria entre seus policiais e punir na esfera funcional quem a praticou.

É isto que apelamos junto ao Delegado Geral do Estado e diretor do Deinter 10.

Em Araçatuba, a Polícia voltou a pedir a prisão do hacker Patrick Brito por crime de stalking (perseguição) contra o delegado Cotait.

Patrick está em Belgrado (Sérvia), onde obteve asilo político. A Polícia também denuncia como coautora de crime contra o delegado Cotait a mãe do hacker.

Apuramos que o Judiciário recebeu a denúncia, mas negou pedido de prisão da mãe de Patrick (acusada de proteger o filho nas ações contra o delegado).

 

 

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CASO HACKER: policial acusa outro policial de pesquisa ilegal contra jornalista dentro do DEIC

 

 

 

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