Debate traz consenso para lei contra ferro-velho ilegal ser severa. Queimada urbana: Bauru permanece ‘terra sem lei’

Dois temas urbanos que afligem, frustram a sociedade bauruense. Em audiência pública realizada ontem, vereadores, secretários municipais e autoridades policiais firmaram consenso pela necessidade de medidas punitivas mais duras contra ferros-velhos ilegais. De outro lado, a população também sofre a anos com a prática criminosa de queimadas urbanas. A impunidade e deficiência na fiscalização contribuem para ambos os desafios.

Sobre ferro-velho, conforme antecipou o CONTRAPONTO, o comando da Polícia Militar ratificou a necessidade de mudar a lei no combate a receptação e prever lacrar quem for pego com material sem procedência. Sem essa medida, a cadeia do crime não se rompe, acreditam especialistas.

O vereador Markinho Souza, que chamou a audiência pública e presidiu o debate, posiciona que será apresentada alteração para a lei ser mais severa.

A PM posiciona que a nova legislação (de 2023) trouxe pontos positivos, como facilitar a fiscalização e proibir o comércio e aquisição do fio de cobre queimado (o fio é queimado para dificultar a identificação). Mas defendeu a revisão da lei para que haja punição de fato para quem já deu todos os indicativos de que não irá cumprir a legislação: “Ou se adequa ou fecha. Não podemos dar oportunidade para quem não quer cumprir a legislação continuar operando”, opinou comandante da?1 Cia. Freitas. Outra sugestão foi regulamentar o horário de funcionamento desses estabelecimentos.

A secretária de Aprovação de Projetos, Rafaela Cristina Foganholi da Silva, que faz a Coordenação de Fiscalização, disse que 6 estabelecimentos foram interditados neste ano. Outros 19 estão sendo acompanhados pela supervisão da fiscalização.

Para Mário Lobo, o problema são os locais que não querem andar de acordo com a lei: “será que não precisa pensar em um meio que um estabelecimento que foi encontrado com produto de furto tenha uma penalidade maior?”, opinando também por punições mais severas.

QUEIMADAS

Com o período de estiagem e o “oportunismo egoísta” de alguns donos de glebas, Bauru vive o drama respiratório e ambiental de dezenas de pontos de queimadas urbanas. O problema se agrava a cada ano, em bairros pobres ou da zona Sul. Para “limpar a àrea”, criminosos continuam a usar o fogo em muitos locais.

Nesta quinta-feira, queimada em gleba cobiçada pelo mercado imobiliário (veja VÍDEO acima) – atrás do condomínio Alphaville, com frente para a rodovia Bauru-Ipaussu, foi o palco de mais uma ocorrência.

O vento propagou o fogo e o Corpo de Bombeiros teve de recorrer a técnica de fogo de encontro para evitar outros danos. A ação iniciada às 13 horas foi controlada por volta das 16h.

A fumaça se espalhou pelas àreas de condomínio, nos Villagios e edifícios. Não foi, nem será, a única ocorrência com cara e cheiro de crime ambiental de negócios na cidade …

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Conteúdo protegido!
Rolar para cima