Deep fake: cuidado para não ser enganado por ela!

Por Gustavo Candido

Essa semana, o ator Tom Hanks denunciou o uso indevido da sua imagem por uma empresa de planos odontológicos nos Estados Unidos. Segundo o Forrest Gump dos cinemas, a marca usou inteligência artificial para recriar seu rosto e assim produzir um comercial como ele o ator estivesse indicando o serviço.
Hanks não foi o primeiro famoso a aparecer em vídeos falsos. Essa técnica se chama deep fake, não é exatamente nova, mas a cada dia se torna mais perfeita e pode enganar quem não estiver atento. Em resumo: não se pode mais confiar em vídeos de pessoas como se fossem registros fidedignos!
Mais cedo o mais tarde uma legislação precisará ser criada para coibir o uso indevido da técnica. Enquanto isso, é bom saber como não ser enganado por ela.
O que são deep fakes?
Deep fakes são um produto da revolução tecnológica que ocorreu na área de aprendizado de máquina e inteligência artificial. A expressão “deep fake” é uma junção das palavras “deep learning” (aprendizado profundo) e “fake” (falso). Tecnicamente, é uma prática que utiliza algoritmos avançados para criar conteúdo de mídia – como vídeos e áudios – que parece ser real, mas na verdade é completamente falso.
Essa tecnologia é usada no cinema há um bom tempo e, recentemente, foi a que trouxe Elis Regina de volta no comercial da Volkswagen. Ou seja, tem o potencial de ser usada de forma positiva na indústria de entretenimento para criar efeitos especiais de alta qualidade, mas também pode ser usada para fins maliciosos, como a disseminação de informações falsas ou a manipulação de imagens e vídeos para difamar pessoas.
Como não ser enganado por deep fakes?
Assim como acontece com as fake news, o mais importante é sempre desconfiar da informação, principalmente se a fonte não for confiável, por exemplo, o grupo do WhatsApp (qualquer um)!
Quando vir uma imagem que chame muito sua atenção e cause um estranhamento, não repasse para ninguém e siga essas dicas:
1. Verifique a Fonte – Sempre verifique a fonte da mídia que você está consumindo. Certifique-se de que ela vem de uma fonte confiável e legítima. Desconfie de conteúdo que parece sensacionalista ou duvidoso.

2. Analise a qualidade – Preste atenção à qualidade da mídia. Deep fakes geralmente têm pequenos defeitos, como imperfeições na pele, movimentos anormais ou distorções na voz. Se algo parecer estranho, desconfie.
3. Pesquise – Se você suspeitar que um vídeo ou áudio pode ser um deep fake, faça uma pesquisa online. Às vezes, outras pessoas já identificaram e denunciaram deep fakes semelhantes.
4. Mantenha-se informado – Esteja ciente de que a tecnologia de deep fake está em constante evolução. Acompanhe as notícias e atualizações sobre esse assunto para estar preparado para novas ameaças.
5. Use Ferramentas de verificação – Há várias ferramentas e softwares disponíveis que podem ajudar a detectar deep fakes. Considere usá-los para verificar a autenticidade de conteúdo suspeito.
A melhor defesa contra deep fakes é a educação. Ensine aos outros sobre os perigos dessa tecnologia e como identificá-los, especialmente a geração mais idosa, que está online e é mais vulnerável a esse tipo de engano. Os jovens tendem a estar mais acostumados com o uso da tecnologia e serem mais antenados.

Gustavo Candido é consultor de marketing digital. Também é jornalista e autor de livros sobre Trade Marketing, Atendimento e Multicanalidade, Cadeia de Suprimentos e Gestão de Marcas que você pode encontrar na Amazon.
Instagram/Threads: @gustavocandidomktdig; LinkedIn: gustavo-candido

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