Servidores que comandam escolas do Município lotaram o Legislativo hoje, em mais uma rodada da Comissão de Fiscalização para discutir o plano de reparos de pequenos serviços e reforma. No encontro, a Secretaria de Educação apresentou ações em andamento e outras a realizar. Mas o encontro acabou se fazendo um grande encontro de síndicas da educação em Bauru. O estoque é enorme. A angústia na rede também.
A definição cirúrgica foi dada por uma das inúmeras diretoras que se manifestaram na reunião presidida por Estela Almagro. “A gestão está me deixando doente. Sou síndica de escola e não diretora. O número de serviços parados e reparos a fazer é o mesmo de anos e não se resolve”, disse.
Não precisa listar nomes. A angústia e lista da demanda é coletiva, se espalha entre mais de 90 escolas da Prefeitura.
Uma escola no Santa Luzia tem avarias de risco na caixa d’àgua faz tempo. “Já foi engenheiro lá 10 vezes. Mas não faz. Tem risco, disseram os profissionais. Eu não durmo”, contou uma gestora.
A Educação abriu licitação, mas deu deserta. Segundo o secretário Nilson Ghirardello, a Secretaria de Obras está revisando a planilha. Mas, como nas escolas, também faltam servidores lá.
O tempo de resposta do governo é “imenso”. Ghirardello aborda que ampliou equipes, hoje com 35 servidores para consertos. Mas eletricista tem só 2. Serralheiro falta. E a lista é gigante.
Se o Município não atende a fila de reparos, também não consegue reformar. Uma EMEI no Centro da cidade (Gasparzinho) tem sede com bom potencial. Mas o prédio na Rua Marcondes Salgado está abandonado. Faz tempo.
DEMOLIÇÕES
O secretário Nilson Ghirardello anunciou que casos, como o do Gasparzinho, vão a demolição. “Tem de demolir o prédio. Esta e outras. Já estão definidos 5 ou 6 imóveis que vão ser postos no chão. E vamos padronizar, com escolas pré-moldadas no lugar”, anuncia.
Mas demolir também não será daqui uns dias. Conforme o secretário, está sendo elaborada licitação para contratar demolição.
Presidente do Conselho de Educação, Masé Bettini lembrou que “quando quer a gestão faz rápido. Levou retro da Obras e derrubou os imóveis na Praça Machado de Mello (também comprados pela Educação)”.
Também serão demolidas unidades no Altos (escola Glória), imóvel ao lado de unidade na Rua Bernardino de Campos e outro na Av. Castelo Branco.
“Nossa vida de diretora é limpar calha, buscar alguém pra consertar torneira, ver trinca, infiltração, correr atrás de material, tentar cotação, buscar pedreiro, eletricista. Ai quando consegue alguém, a luva do cano é 3/4 ou 1/2 polegada?. Isso virou ser diretora de escola”, descreveu outra.
Se tem consertos nas unidades mais antigas, tem problemas em prédios novos. No Jardim Ivone, no Jardim Santana. Trincas, infiltrações, telhado…
A lista não cabe aqui. No Rosa Branca, a Secretaria de Obras tirou terra, aos fundos. O local virou lagoa no período de chuvas. O brejo com mato procriou rãs. E, claro, elas “invadem” a escola no período de geração.
Outra diretora descreveu que comanda um campo minado. “Os consertos agora são registrados. Mas a resposta padrão é a mesma para todas as escolas. E se faltam reparos, as escolas recebem mais crianças e faltam servidores. É terrível. Você não sabe se socorre os bebês, porque tem 1 cuidadora para vários no berçário, ou corre para tirar escorpião, ver a torneira que levaram”, amplia.
Rãs invadem em uma, escorpiões em outra, formigas aguardam dedetização em outro canto. Tem processo em aberto para instalar toldo, registro de preços a fazer para trocar batente, arrumar calha, arrumar piso, tirar trincas..
A Educação vai abrir licitação para comprar e instalar até 30 mil m2 de manta asfáltica. É para tirar vazamento no telhado.
A lista de processos tem bem mais itens. Falta de ajudante geral a merendeiras, serviço de descarte de materiais, retirada de entulho, sucatas. Falta serralheiro…
Boa tarde… Só corrigindo, a Emeii Gasparzinho fica na Marcondes Salgado, em frente ao SESMT e ao lado do antigo bombeiro ( agora acho que polícia militar). Leila.
É bem assim , diretoras tendo q resolver problemas q não são seus pra q haja melhores condições de trabalho nas escolas , e poucos funcionários e os poucos ficam sobrecarregados estafados pelos muitos serviços, e qdo acham q vão ter um dia melhor pois estão em mais no quadro. Vem uma outra escola q precisa e pede funcionários pois estão desfalcados. Isso é muito ruim , É preciso pensar mais no bem estar geral dos funcionários ….
Educação é prioridade nesse país? A propósito, Qual é o montante da verba da Secretaria da Educação. Como está sendo aplicada? E a verba do FUNDEB? Está sendo INTEGRALMENTE utilizada para atender as reais necessidades das unidades de ensino? Ah! Em tempo. O Presidente cortou 1,5bi da educação? Destinou 7,2 bi para compra de votos de deputados no Congresso? Então tá. Abs
Gilmar de Carvalho
É muito lamentável essa situação. Agora cabe aos demais vereadores, além da Estela que está realizando um trabalho incansável para melhorar essa situação.
Comprar escola tem dinheiro, mas arrumar e contratar não tem! Quem não tinha projeto nem para se candidatar, agora muito menos. Temos que repensar a cidade na eleição de 2024.