A Secretaria Estadual dos Transportes abre estudo de viabilidade operacional e econômica sobre a retomada do transporte de passageiros por trem no ramal de Bauru a São Paulo.
A informação foi divulgada hoje pelo senador Marcos Pontes, em visita a central de operações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Em nota, a assessoria do senador bauruense divulgou que “em uma reunião produtiva com Marco Antonio Assalve, secretário de Transportes do Estado e Pedro Tegon Moro, presidente da CTPM, recebemos a informação de que o governador Tarcísio autorizou oficialmente os estudos para a ampliação da rede ferroviária na região de Bauru”.
Por telefone, Pontes explicou o estudo. “Acredito no potencial de crescimento e desenvolvimento que esse avanço da retomada da ferrovia trará para a nossa região. Atuo nisso com prioridade, mas tenho evitado divulgar antes das ações avançarem. Na visita a CPTM o secretário informou a abertura do estudo. Pra mim não faz sentido não utilizar esse corredor que já existe no Interior. O secretário informou que o projeto é do ramal em Bauru com estações em Botucatu, depois Sorocaba e São Paulo. Tem corredor com estrutura básica existente e sem custo com desapeopriações. Tem licença ambiental da estrutura. Tem locomotivas a biocombustível. Estou conversando com potenciais investidores ateavés de Comissões do Senado onde atuo. O estudo do Estado vai levantar esta direção”, amplia.
Conforme o senador, o levantamento vai apontar as “condições para retomar o transporte de passageiros entre municípios no corredor, para turismo, até pequenas cargas e ramais urbanos. A CPTM vai avaliar trens metropolitanos. A linha corta Bauru de um lado ao outro e pode ser essencial essa mudança de paradigma no transporte urbano, com os ônibus atuando nessas bordas dos trilhos, conectando os acessos a bairros nas outras regiões”.
No mês passado, durante solenidade na APAE Bauru, o governador Tarcísio Freitas defendeu a reativação do uso ferroviário entre Corumbá (MT) e Mairinque (SP), mas argumentou que a modalidade pela atual lei de autorização é mais rápida do que a relicitação pretendida pela União, através da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Tarcísio disse que vai ao Governo Federal defender este formato jurídico. Enquanto isso, a ANTT está na fase de análise da consulta pública para entrega da operação da Malha Oeste, em 1.625 km, por 60 anos.
O processo na ANTT é distinto do estudo anunciado pelo Estado. A concessão para alguma operadora assumir as sucatas deixadas pela empresa Rumo (que devolveu a malha) é visada para grandes volumes, como celulose, minério de ferro e combustíveis. A China tem interesse no ramal, além de investimentos em andamento em fábricas de celulose em Lençóis Paulista e Dourados, as maiores do mundo.
Ou seja, o estudo de viabilidade terá a missão de apontar se as alternativas de uso da malha no corredor são compatíveis entre si e sustentáveis – operacional e financeiramente.
Carlos Alberto Duarte, jornalista/radialista Lençóis Paulista, Ventura FM. Não quer enviar áudio, ou faço entrevista com vc sobre essa possibilidade transporte ferroviário Bauru, São Paulo. Deve passar por Lençóis Paulista.
Esperança.