O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) acaba de levar ao Poder Judiciário de Bauru denúncia relacionada à Operação Sunset, deflagrada em novembro de 2020 em relação ao jogo do bicho, com o cumprimento de mandados de busca em diversos endereços das cidades de Marília, Ibitinga, Borborema e Dom Aquino, no estado do Mato Grosso.
Esta é a terceira e última denúncia relacionada à investigação, conforme nota oficial distribuída à imprensa. Conforme a ação do Gaeco, o terceiro grupo denunciado exercia controle de praças do jogo do bicho em dezenas de cidade do Centro Oeste Paulista, especialmente em Bauru e Ibitinga. A organização teve nesta conduta o objetivo de levantar quantias expressivas de dinheiro que não possui qualquer lastro lícito.
Para tanto dar vazão ao dinheiro arrecadado com a jogatina, levanta o Gaeco, eles passaram a ocultar e dissimular a propriedade de diversos bens e valores, especialmente automóveis de luxo, imóveis, propriedades rurais e suas respectivas produções.
A denúncia também traz a localização de empresas, onde os denunciados utilizaram diversas técnicas de lavagem de capitais, como a estruturação (Smurfing), a mescla patrimonial (Commingling), a obtenção de atividades rurais de fachada (produções de gado e hortifruti), a reinserção de valores na atividade rural e comercial, bem como a compra, venda e transferência de bens mediante transações fraudulentas.
Neste caso, o Ministério Público obteve determinação judicial para o sequestro de propriedades imobiliárias, como uma fazenda no estado do Mato Grosso, além automóveis de luxo e outros valores. O Gaeco também buscou a alienação (apreensão) antecipada de 7 automóveis que foram localizados durante o cumprimento de mandados de busca.
Os trabalhos de investigação contaram com a cooperação da Secretaria da Fazenda dos estados de São Paulo e Mato Grosso, bem como da Receita Federal, do Gaeco do MT e da Polícia Militar.
As demais denúncias, relativas a outros dois grupos, já estão no Judiciário.